Capítulo 21 - Explosão Culposa

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Publicado em: 18/05/2023

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Assim que terminaram de lanchar, como um bom responsável, Win indagou sobre o primeiro dia de aula do seu pequeno e, logo, Team fez um leve bico queixoso, reclamando da popularidade de seus amigos, além da tortuosidade de ver sua imagem exposta em tantos lugares. Win riu das queixas do menor, reconfortado de que além do incidente com sua ex, nada mais causou desconforto ao Nong, em seu novo começo e, em sua mente ele se prometia a fazer a louca da Sinee deixar Team em paz. As únicas coisas boas que Win podia tirar desse período turbulento que passava, era enxergar a verdadeira face de Sinee e, a chegada de Team em sua vida. O primeiro fato o deixou livre evitando maiores transtorno posteriores e, o segundo trouxe conforto e ternura para preencher o vazio de sua alma.

Mais animado, depois de afugentar as dificuldades daquela manhã, Team pegou seu material para mostrar os assuntos abordados pelos professores naquele dia, debatendo com seu Hia, sobre suas impressões e dúvidas, com uma interação digna de um bom Phi com seu Nong. E, assim que terminaram eles desceram juntos, Win para trabalhar em seu escritório e, o Nong para procurar algo em que se ocupar. Mas quando os jovens desciam a escada a campainha tocou e, logo uma funcionária veio atender trazendo com ela, o CEO interino das empresas Noppanut Sun, junto com dois policiais que tratavam do acidente do trem. Com um olhar urgente no rosto, Sun sugeriu que eles fossem ao escritório para esclarecer algumas questões com os jovens, ao que Win concordou solicitando a funcionária que lhes providenciar chá e café com biscoitos.

Os dois jovens tomaram a dianteira mostrando o caminho aos recém chegados, ansiosos e apreensivos, pelo assunto que iriam abordar, a tragédia do trem que os uniu e levou um ser tão querido. Win indicou para os três convidados se acomodarem nas cadeiras no canto do escritório, onde havia uma mesa de centro para que todos pudessem estar confortáveis. Team e Sun se sentaram, cada um de um lado do dono da residência e, os policiais se acomodaram em frente a eles. Houve uma pequena apresentação feita por Sun, entre os policiais e os mais jovens. O CEO, ainda informou que como os policiais estiveram na empresa, atrás de Win, ele achou por bem levá-los até a mansão para tirarem todas as dúvidas do caso.

- Então, em que pé está a investigação, o que de fato provocou a explosão? - Win questionou assim que a funcionária que lhes serviu o lanche saiu de seu escritório.

- Bem não resta a menor dúvida de que foi uma explosão provocada por uma bomba. - Um dos policiais afirmou deixando os jovens surpresos.

- Oyy?! Uma bomba tipo dessas de filme? Como um atentado? - Team arregalou os olhos chocado com a descoberta.

- Exatamente... - O outro policial confirmou compreensivo com a reação do menor. - Estamos mantendo em sigilo a investigação a respeito disto, já que não houve nenhuma declaração de nenhum grupo terrorista assumindo o ocorrido, temos que seguir todas as possibilidades, além de terrorismo. - Ele explicou calmante.

- Entendo... E, no quê podemos ajudar? - Win questionou preocupado com essa nova informação.

- Jovem Noppanut, averiguando as informações dos passageiros e, verificamos que vocês dois  e a Sra Warut, que veio a falecer no acidente, mudaram seus acentos no último minuto antes do embarque, podem nos informar qual foi o motivo? - O primeiro policial questionou sem rodeios, tirando um caderninho do bolso do paletó para fazer suas anotações.

- Humm... Simples, N'Team e sua avó iam viajar em cadeiras comuns e, como ela era uma idosa, os convidei para compartilharmos uma cabine para obter mais conforto para ela. - Win informou olhando para Team, pois sabia que o assunto mexia com as emoções do menino, assim como fazia com as  dele.

- Vocês se conhecem de longa data então? - O segundo policial questionou.

- Não, na verdade tínhamos acabado de nos conhecer na estação. - Win informou e, Team afirmou com a cabeça.

- Então, o que levou alguém importante como o jovem Noppanut a querer viajar com dois desconhecidos? - O primeiro policial questionou intrigado.

- Eu não entendo o que isso tem haver... Mas, o caso é quê, fiquei com receio pelos dois viajarem sozinhos, já que era a primeira vez que saiam da cidade, ela era uma senhorinha e, tinham alguns rapazes com intenções duvidosas em relação ao Nong que pegariam o mesmo trem. - Win contou deixando Team vermelho de vergonha por entender que, realmente, Hia o quis proteger desde aquele dia.

- Oh... Sim?! E, você meu jovem, por que estavam saindo da cidade. - O primeiro policial continuou se voltando para Team.

- Eu e minha avó estávamos nos mudando para Bangkok... Ganhei uma bolsa de estudos aqui e, como éramos só nós dois, ela vinha comigo. - Team respondeu com os olhos marejados pela lembrança.

- E, agora você mora aqui? Bem... Foi isso que o Sr. Sun nos informou... Grande mudança, não?! - O segundo policial olhou curioso para o menino.

- O que o Sr. está insinuando? - Win encarou o policial. - Eu o convidei para morar aqui... A avozinha morreu em meus braços e, eu prometi cuidar dele! - Ele subiu o tom de voz um pouco aborrecido.

- Jovem Win se acalme, eles estão apenas fazendo o trabalho deles... - Sun pousou a mão no ombro do seu chefe para tranquiliza-lo. - Acredito que os senhores tem um motivo para todos esses questionamentos? - Ele perguntou se dirigindo aos oficiais.

- Certo... - O primeiro policial tomou a palavra. - A questão aqui é que a bomba foi colocada, especificamente na cabine que estava reservada ao Sr. Noppanut. - Ele informou deixando os três de queixo caído. - Então, precisamos definir se isso foi ao acaso ou uma ação direcionada contra ele. - O oficial disse por fim.

- Sr. Noppanut tem algum inimigo, receberam alguma ameaça na empresa ou notaram algo incomum? - O segundo policial foi direto e, Win negou incrédulo.

- Quem iria querer fazer algo de ruim ao Hia?! Ele é uma pessoa boa! - Team ficou aflito.

- Ainda é apenas uma das linhas de investigação, mas não devemos deixar nada de fora. - O primeiro policial falou muito sério. - Por isso, precisamos de todas as informações que puderem nos dar, por exemplo, quem teria a informação de qual seria sua cabine? - Pediu ele.

- Qualquer pessoa da área administrativa ou da diretoria da empresa, as passagens foram compradas com antecedência por lá, para que o jovem Win viajasse tranquilo... - Sun comunicou, quando de repente algo surgiu em sua mente. - Espere... Tem uma coisas que pode ter relação... O Sr. e a Sra. Noppanut morreram em um acidente de carro muito duvidoso, mas as investigações foram encerradas por falta de provas que apontassem diferente. - Ele olhou para Win que concordou com esse ponto de vista.

- Então, teremos que reabrir o caso. - O segundo policial afirmou. - Nós iremos a fundo nessa investigação. - Ele prometeu.

- Eu realmente espero que tudo isso seja esclarecido. - Win desabafou ainda zonzo com as últimas informações.

- Reparei quando cheguei, que vocês tem um sistema de segurança aqui, poderiamos falar com o chefe da segurança para orientá-lo do que esperar? - O primeiro policial pediu, queria cercar todas as brechas e, concordando com isso, Win foi até a mesa e interfonou solicitando a presença de Mork.


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