Capítulo 57- Divisão

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Publicado em: 31/08/2024

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- Ham... Pai, não vejo o seu tablet de trabalho... - Sinee comentou ao olhar para os itens recolhidos, após serem questionados sobre a existência de mais algum aparelho eletrônico. - É, só falta este... - Ela confirmou se afastando da mesa, sem notar o olhar irritado de Tsoi sobre ela.

- Então?- O investigador perguntou encarando ao homem que guardava silêncio de pé ao lado da mesa, com cara de poucos amigos.

- Ah... provavelmente devo ter deixado no escritório da empresa... - Tsoi por fim respondeu. - Passem por lá amanhã que meu assistente lhes entregará. - Ele informou de forma displicente. - Por agora acho que devem todos se retirar... - O homem tentou fingir que nada tinha acontecido antes da chegada dos policiais.

- Escute o que vamos fazer...- O policial responsável pela operação tomou a palavra se aproximando do "anfitrião", bem antes que Nakano ou Win pudessem voltar suas garras para Tsoi. - O Sr irá com estes policiais, neste exato momento, buscar o aparelho. - Ele informou apontando para dois guardas designados.

- Qual a necessidade disso? O que não pode esperar até amanhã?- Tsoi reclamou balançando os braços para expressar sua irritação e falta de vontade de colaborar.

- A vida do meu afilhado está em risco...- Nakano se levantou do sofá onde estava sentado ao lado de Team, de quem não desgrudou desde o momento que foi chamado de pai. - Então, você vai colaborar por bem ou por mal!- O CEO ameaçou chegando a uma distância de um passo, o bastante para alcançá-lo. - E, espero, para o seu bem, que você não esteja envolvido em tudo isso... - Ele trincou os dentes contendo a vontade de socar mais um pouco aquele homem asqueroso.

- Bobagens!!! Vocês são cheios de insinuações e acusações infundadas... - Tsoi se afastou irritado. - Bem... então, já que temos que ir...vou pegar umas mudas de roupa, já que fui proibido de ficar em minha própria casa, vou me instalar em um hotel até que todos esses impasses sejam resolvidos. - Ele bufou e saiu do escritório, escoltado por um dos guardas.

- Vou pedir ao P'Sun para ir à empresa, auxiliar vocês com os vigias noturnos e tudo que possam precisar. - Win avisou ao detetive, se levantando do outro lado de Team e, indo para um canto fazer sua ligação.

- Uma ótima ideia!- O detetive concordou, não confiava na colaboração total daquele Sr. que acabara de sair, então, era bom ter uma pessoa prestativa que está acima na cadeia de comando da empresa.

- O Nong está bem?- Kauhanda perguntou baixinho, enquanto assumia o lugar deixado por Win. - Você parece exausto.- Ela comentou com um pequeno sorriso.

- É que o dia foi muito longo hoje, Phi!- Team se lamentou cansado, parecia que tinha corrido umas 3 maratonas seguidas e seu coração ainda estava acelerado por isso.

- Eu sei como é isso... muitas coisas para processar, certo?!- Kauhanda esfregou as costas da criança quando ele acenou positivo com os olhos marejados. - Mas pode ter certeza de que tudo ficará bem, as coisas vão se acomodar e será mais fácil respirar e tocar a vida.- Ela prometeu, confortando o menino e, olhando firmemente para Sinee que os olhava com receio de se aproximar, mas com o incentivo através de um aceno de cabeça, a outra garota veio e se sentou do outro lado de Team.

- Hum... então, somos primos?!- Sinee comentou sem saber como iniciar a conversa, mas a atenção do Nong se voltou para ela.- Eu... eu sinto muito pelo comportamento do meu pai... nunca pensei que ele fosse capaz de prejudicar alguém de tal maneira... - Ela se lamentou com verdadeira empatia. - Você teria gostado de crescer ao lado do tio Nakano, ele sempre foi amoroso e legal como a minha mãe...- As lembranças fizeram a voz dela embargar. - Agora estou ainda mais envergonhada de tudo que te fiz passar... perdão ... Perdão! - Um pequeno soluço rompeu na garganta da garota desamparada e suas lágrimas logo rolaram.

- Ei... está tudo bem!- Team falou segurando as mãos de Sinee. - O que o seu pai fez, não é sua culpa e eu vou criar novos momentos com meu pai, com certeza!- Ele confortou ela. - Quanto ao restante eu realmente não levei para o coração!- O Nong declarou com um pequeno sorriso. - Podemos começar de novo, o que acha prima?- O pequeno de coração de ouro propôs.

- Sim!!! Eu gostaria disso, primo!- Sinee sorriu entre as lágrimas e se jogou em Team para um abraço.

Os dois jovens se abraçaram com uma emoção renovada sob o olhar amoroso de Nakano, Win e Kauhanda, que estavam felizes que os menores pudessem se entender e virar a página. Para Win e Nakano ainda era um alívio maior, pois era algo a menos para se preocuparem no meio desse turbilhão de emoções que estava remexendo a vida de Team. Kauhanda, também, estava contente que sua pequena estava crescendo tanto ao ponto de reconhecer seus erros e se sensibilizar com os infortúnios do outro, que nesse caso era um primo que acabou de descobrir. Os policiais continuaram fazendo o trabalho deles sem se envolverem no pequeno drama que se desenrolava, a parte, no mesmo espaço, mas Nakano completamente emocionado pegou as mãos das duas crianças e apertou firmemente, se ajoelhando na frente delas.

- Vocês não sabem o quanto estou feliz e orgulhoso por vê-los assim ...- Nakano já tinha lágrimas escorrendo pela face. - Eu prometo compensar por todas as minhas faltas com vocês dois!- Ele prometeu, se enfiando no meio das duas pessoas e recebendo o abraço de volta.

- Tio, agora que meu pai saiu da casa, o Sr. pode vir morar aqui com o N'Team... - Sinee ia propondo depois que os choros terminaram.

- Ahnn... Acho que isso não deve ser pensado assim de  impulso, o Nong já teve muita mudança e está bem instalado em nossa casa.- Win logo argumentou preocupado, ele estava feliz das coisas estarem se ajeitando, de que seu menino encontrou o pai e que Nakano tem um bom caráter para assumir esse papel, mas não estava disposto a abrir mão da doçura que alcançou.

- Ok, ok... vou fingir não saber que está advogando em causa própria. - Nakano riu deixando os meninos vermelhos. - Mas realmente acho que não há necessidade de nos mudarmos.- O CEO concordou aliviando o coração do afilhado.- Contudo, estou firme na decisão de que Tsoi não coloque mais os pés aqui... eu estava protelando algumas coisas que pensei, para dar tempo de você se restabelecer, mas acho que agora é a hora correta. - Ele falou seriamente olhando para a sobrinha. - Irei passar a casa totalmente para o seu nome, você pode vir morar aqui ou fazer o que quiser com ela... - Comunicou ele.

- Mas essa é uma herança que pertence a nós dois!- Sinee apontou entre ela e o primo, que logo levantou as mãos negando.

- Não se preocupe, eu tenho muitas outras propriedades que serão herdadas por ele. - Nakano sorriu amigável. - Mas eu fiz um levantamento e, as propriedades em nome de sua mãe foram praticamente todas vendidas. - Ele revelou deixando Sinee chocada. - E, uma outra coisa... quero que retire a procuração de seu pai sobre as ações das Empresas Noppanut e irei comprá-las para o meu filho. - O bom homem de negócios estava de volta.

- Isso não é necessário! Não quero nenhum bem material, não estou atrás disso... - Team se exaltou.

- Ninguém está dizendo isso, Nong!- Win se aproximou por trás do sofá e colocou a mão no ombro de Team para acalmá-lo. - O que o padrinho quer dizer é que irá cuidar de vocês dois de todas as formas, inclusive, protegendo o patrimônio que lhes pertence por direito. - O loiro explicou com calma. - E, no caso das ações ele irá unificar o controle, uma vez que já somos familiares...- O jovem deu uma piscadela maliciosa para o menor que ficou muito mais vermelho. - Que tal, se os policiais permitirem, irmos para casa e amanhã com mais calma voltamos a discutir essas questões? O dia foi pesado! - Noppanut sugeriu feliz em finalmente poder arrastar seu pequeno para longe de toda aquela confusão.

O detetive responsável, liberou os senhores para regressar com os seguranças, enquanto as duas meninas acordaram em ficarem acompanhando os policiais e para passar a noite, caso houvesse qualquer problema para resolver.


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