Chapter 33 ❤

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#Rita#

Chegados a casa dele, retirei o blazer dos meus ombros, e tentei dar um jeito ao meu cabelo melhor do que o que se mantinha.

(Harry)- Vai tomar banho.

(Rita)- Isso é alguma indirecta?

(Harry)- Não, é só para não te constipares.

(Rita)- Está bem, então arranja-me uma toalha.

Em dois minutos, estendeu-ma e como resposta, sorri-lhe.

(Rita)- Obrigada, Harry. Por hoje...hum, lá teres estado, quando...aquilo aconteceu.

(Harry)- Não precisas de agradecer, não te conseguia ver ali com aquele rapaz a...bem, tu percebeste. Mas estás bem, não ficaste traumatizada, ou algo do género?

(Rita)- Não, está descansado, eu estou bem. Só te peço para não contares o que aconteceu à minha prima, porque ela vai fazer uma tempestade num copo d’água, e não vale a pena.

(Harry)- Claro, se não queres que eu conte, eu não conto. Mas o que é que eu lhe digo, ela deve de ficar preocupada por tu não estares em casa, de manhã.

(Rita)- Acredita, não é a primeira vez que acontece, ela não se preocupa. Mas mesmo assim, eu mando-lhe uma mensagem, porque ela já deve de estar a dormir.

Depois da mensagem enviada, fui tomar banho, como me haviam “ordenado”.

...

15 minutos depois, saí da casa de banho e dirigi-me ao Harry.

(Rita)- Não é por mal, mas as minhas roupas estão todas molhadas, por isso não sei bem o que vestir. Harry? HARRY!

(Harry)- Espera, o quê? Desculpa, não te ouvi.

(Rita)- A essa conclusão já tinha eu chegado, muito obrigada. Eu disse que preciso de uma t-shirt, ou de alguma coisa para vestir, as minhas roupas estão encharcadas.

(Harry)- Oh, ok. Vem comigo.

...

(Harry)- Toma, podes vestir esta.

(Rita)- Obrigada, é bué fofinha.

(Harry)- São não são?

Tirei a toalha –estava de roupa interior- e ia a pegar na T-shirt, quando senti o olhar do Harry em mim.

(Rita)- Sim, posso ajudar-te?

(Harry)- Ah, desculpa, estou à toa.

(Rita)- É, estás mesmo com sono.

Acabei de vestir a T-shirt e ouvi um relâmpago. Todo o pedacinho do meu ser estremeceu, naquele momento. Não acreditava que aquilo estava a acontecer.

Sê forte, Rita. Não te descaias aqui com o Harry, tu...tu és forte. Os pais não ficariam nada felizes se soubessem o medo estúpido que tu tens.

(Harry)- Rita? Rita, o que é que se passa?

(Rita)- Nada...eu, só tenho um bocadinho de medo de trovões, apenas isso.

(Harry)- Já tentaste cantar “The thunder song”?

(Rita)- Já, e não resultou, infelizmente!

(Harry)- Não percebo porquê.

#Sara#

Tinha estado desde a meia-noite a ver filmes de terror, enquanto que as meninas já se tinham ido deitar, menos a Rita que se parecia demorada no bar.

Já ia no quarto filme, quando o meu telemóvel toca a meio de uma das partes mais assustadoras.

(Sara)- AAAAAH! Calma, Sara, é só o teu telemóvel, está tudo bem. Respira, não pode ser nada de mal.

Atendi a chamada, o mais calma possível, mas sem sucesso.

chamada on#
(xxx)- Mata-me, hoje e agora.

(Sara)- Ah...qu-quem és tu?

(xxx)- É o Zayn, não viste no visor do teu telemóvel?

(Sara)- N-não reparei. O qu-que é que queres?

(Zayn)- Porque é que estás a gaguejar? Eu não tenho sono, e estou ao pé de tua casa, por isso, posso passar por aí?

(Sara)- Quão perto?

Alguém tocou à campainha, fazendo-me mandar um outro salto.

(Sara)- O-ok, muito perto, então. Sim, eu já vou abrir a porta.
chamada off#

As minhas passadas eram pequenas e apressadas, enquanto trauteava uma canção aleatória para me abster do que parecia que se estava a passar à minha volta.

Quase conseguia ouvir o murmúrio de alguém a dizer “Não atendas o telemóvel. Não abras a porta!”, mas eu, tal e qual como as protagonistas dos filmes de terror mais tradicionais, ignoravam o que lhes era dito. E era assim que acabavam nas mãos de uma marioneta psicopata.

Quase que podia jurar que a porta havia rangido quando a abri, e um relâmpago passou-me pelos olhos à mesma altura, sendo que só segundos depois é que se ouviu o barulho, no momento em que reconheci finalmente a cara do Zayn pelos traços da noite. Abracei-me a ele e respirei fundo. Pensava que eu não era assim tão medricas.

(Zayn)- Uau, olá para ti também. Agora cumprimentas assim as pessoas?

(Sara)- Não se está a ver que sim? Vá, entra lá porque estou a ficar com me...ah, estou ficar com frio, é isso.

Ele entrou e sorriu ao ver a imagem parada da televisão.

(Zayn)- Bem me parecia que a voz ao telemóvel não era a tua voz normal. Estás a ver filmes de terror, isso explica tudo.

(Sara)- Pois, e isto é mau de admitir, mas preciso de ti.

(Zayn)- À vontade, adoro filmes de terror.

...

O que dantes me parecia assustador, agora tornava-se engraçado, pois o ponto de vista do Zayn fazia-me ver o filme de uma forma que nunca tinha visto. De forma cómica.
Como aquele sangue parecia falso, como aquela marioneta deveria de ser na realidade, entre outras coisas.

A certo momento, tivemos de nos conter pois estávamo-nos a rir demasiado alto, para estarmos numa casa às 4h, enquanto duas raparigas estavam a dormir nos quartos ao lado.

Recebi uma mensagem no meio daquilo tudo, e, mesmo não me criando tanto medo, ainda me fez saltar da cadeira. Era a Rita.

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora