Chapter 26 ❤

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#Niall#

Decidi cantar Be Alright, porque é a minha música favorita dele, mas também a que é mais facilmente cantada apenas com guitarra naquele momento.

À medida que a canção avançava, as pálpebras da Anne iam-se fechando, fazendo com que já no final da música apenas se visse uma pequena parte dos seus lindos olhos e um sorriso nos seus lábios.

#Rita#

(Rita)- HARRY! HARRY! O JANTAR!

(Harry)- O Jantar que por acaso foi tirado há 10 minutos do forno?

(Rita)- Ah...sim, esse. Porque é que não me avisaste?

(Harry)- Eu avisei. Tu é que não me ouviste, estavas mais interessada na televisão.

(Rita)- Desculpa, estava a dar um programa de pastelaria e se eu não lhe tomo 100% de atenção não percebo metade das coisas, porque, desculpa-me se não sou inglesa e não costumo ver programas em inglês sem legendas antes de vir para Londres.

(Harry)- Estás desculpada. Agora vens comer ou não?

...

(Harry)- Então, ainda tens um amor inexplicável por doces?

(Rita)- Dito assim, fazes-me parecer gorda. E fobada. Mas sim, posso considerar que é a única coisa que eu sei fazer na cozinha.

(Harry)- E ainda fazes serradura?

(Rita)- Fogo, ao fim de 3 anos ainda te lembras disso? E por acaso até estou bem impressionada com o sotaque que deste ao nome serradura, não está assim tão mau. Sim, ainda faço. Não, não faço agora. -a sua cara fez um beicinho que me fez desatar a rir- eu faço, mas não agora, que de certeza que não tens natas. Pode ser, menino Harry?

(Harry)- Obviamente que me lembro, não te esqueças que me deste a receita, se bem que nunca foi a mesma coisa. E pode...mas agora fiquei com saudades da serradura que tu me fizeste uma vez.

(Rita)- Ahah, pois claro.

#remember on#
Hoje os meus tios foram passear, provavelmente a Vilamoura ou um sítio parecido. A Sara tinha ficado doente, e por isso eu decidi ficar em casa com ela. Eram 11h quando o Harry me liga.

chamada on#
(Harry)- Olá lollipop!

(Rita)- Tens de parar de me chamar isso!

(Harry)- Porquê? Eu gosto.

(Rita)- Pois, e porque será? Ok, não respondas, que eu acabei de tomar o pequeno-almoço. Queres alguma coisa?

(Harry)- Vais à praia hoje?

(Rita)- Não, a minha prima está doente, e os meus tios saíram. Queres passar cá por casa? E com casa quero dizer, quarto de hotel?

(Harry)- Claro, vou para aí em 10 minutos. Beijinhos, my lollipop.

(Rita)- Beijinhos, e não me parece.
chamada off#

...

(Harry)- Então Sara, o que é que aconteceu?

(Sara)- Acho que "apaghei" um bocado de frio a "bais"....

(Rita)- Querem ver um filme? Eu trouxe alguns de casa.

(Harry)- Quem é a pessoa que trás filmes para umas férias fora de casa?

(Rita)- A pessoa que se irrita com facilidade da praia quando está muita gente e que tem muito tempo livre em que não faz nada.

(Harry)- Ok, podias simplesmente ter dito eu.

(Sara)- Bôstros e Côpagia!

(Rita)- Estás a dizer isso para eu chorar, não estás?

(Harry)- Como assim, chorar?

(Rita)- É o meu filme favorito, e acabo sempre por chorar no final.

(Harry)- Então pôe!

(Rita)- Estás a perceber que vais fazer de almofada, não estás?

(Harry)- Completamente.

(Sara)- Faz serradura!

(Rita)- Vai demorar algum tempo, prima.

(Sara)- "Dão" faz "bal", eu estou "doête" e quero serradura!

(Rita)- Ok, ok, eu vou fazer.

(Harry)- O quê? Parem de falar português.

(Rita)- Cala-te e anda comigo.

...

(Rita)- Vais comer a melhor sobremesa da tua vida.

(Harry)- Feita por ti? Até estou com medo.

(Rita)- Dizes isso agora, mas acredita que mais tarde vais querer mais.

(Harry)- Pois sim, quero ver isso.

...

(Rita)- Passa-me o leite condensado com as natas.

(Harry)- Vem cá buscar.

(Rita)- Harry!

(Harry)- Rita!

(Rita)- Va lá, por favor!

(Harry)- Estou a falar a sério.

Suspirei e lá fui ter com ele. Estava com uma cara de convencido que se notava a milhas e eu estava a ajudar para que isso acontecesse. Estava com a taça do leite condensado e das natas numa mão e a outra estava simplesmente no ar.

Os meus reflexos foram demasiado lentos para o que aconteceu a seguir.
Um dos seus dedos mergulhou na mistura anteriormente feita por mim para a serradura, e deslocou-se para a minha cara, fazendo-me fechar os olhos. A conclusão a que eu cheguei com esta experiência foi que o leite condensado é pegajoso.

(Rita)- Boa, Harold, boa. Agora estou com o nariz todo pegajoso.

(Harry)- Pensa positivo, agora estás muito mais doce.

(Rita)- Estás a tentar insinuar alguma coisa, pessoa que vai limpar a porcaria que fez no meu nariz?

(Harry)- Eu? Nada a ver. E queres que eu limpe? É para já.

Passou o seu dedo mais uma vez pelo meu nariz, desta vez para retirar o excesso de doce que predominava no mesmo. Mas foi tão habilidoso que acabou por deixar cair um bocado mais abaixo na minha cara.

(Rita)- Uau, jeito não te falta.

(Harry)- Quem te disse que eu não o fiz de propósito?

Fez sinal para não me mexer e aproximou-se do local que ainda tinha doce. Ou seja, os meus lábios. A minha respiração alterou-se, acelerando de tal forma que não sabia se era humanamente possível.

Nunca tinha sentido aquilo antes, mas mesmo assim não me mexi um milímetro. Os nossos lábios estavam prestes a tocar-se quando começámos a ouvir uma quantidade excessiva de tosse, Sara. Foi o suficiente para não nos afastarmos um do outro, uns bons metros.

(Rita)- Passa-me o leite condensado, ok?

(Harry)- Toma.

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora