Chapter 47 ❤

22 3 0
                                    

#Beatrice#

Pensei em aparecer sem avisar, mas não sabia se ele estava com a Eleanor, ou não. Apesar de eles terem discutido, podiam já ter feito as pazes, e, podiam ter passado a noite juntos.

De: Beatrice
Mensagem: Podemos falar? Quero contar-te uma coisa, é importante. Beijinhos xx

Não demorou muito até ele responder, o que comprovava que não tinha passado a noite com a Eleanor.

De: Louis
Mensagem: Sim, claro. Encontramo-nos no jardim em frente a minha casa, em 15 minutos, pode ser?

De: Beatrice
Mensagem: Por mim tudo bem, até já xx.

#Rita#

Texting on#
“Ritzz, está tudo bem contigo?”
“Sim, está. Porque, Hazza?”
“Porque estou farto de receber tweets a dizerem que tu és uma má influência, e que me tenho de deixar de dar contigo. Já tinhas ouvido falar disto?”
“Já, as tuas fãs fizeram o favor de me contar pessoalmente, obrigada. Mas eu estou bem, tu é que tens uma carreia a manter, e cenas como estas não devem de calhar muito bem.”
“Não te preocupes comigo, eu estou bem. Eu preocupo-me é contigo, princesa.
“Eu estou bem,  a rapariga é que deve de ter ficado com um ódio meu ainda maior do que tinha, antes de falar comigo.”
“Se elas passarem dos limites, fala comigo, por favor. Bem, queres passar o dia comigo?”
“Adorava, mas o Nuno obrigou-me a marcar um dia só para falar com ele no Skype.”
“Quem é o Nuno?”
“Vamos começar com isto outra vez? Lembra-te que foi assim que me chateei contigo, há 3 anos. O Nuno é o meu melhor amigo, que vive em Portugal.”
“Ah, esse Nuno. Está bem, então tem um bom dia.”
“Tu também, Haz. Beijinhos xx”
“Beijinhos, linda xx.”
Texting off#

#Beatrice#

Quando cheguei ao parque combinado, ele já se encontrava lá, de pé. Era impossível não se reparar nele, pelo menos para mim, pois parecia que a sua figura se atraia, se mostrava, de cada vez que eu o via. Aproximei-me o suficiente para ser apenas ele a ouvir, e contei-lhe tudo.

(Beatrice)- Ele chamava-se Andrew e era da minha turma. Sempre foi o meu melhor amigo, desde a segunda classe, quando eu mudei de escola. Eu era considerada uma espécie de maria-rapaz, pois nunca andava com raparigas, à excepção da minha irmã. Dava-me com todos os rapazes da escola, mas era diferente com ele. Ele era o meu melhor amigo, como já tinha dito. Dormia em minha casa todas as semanas, e eu contava-lhe coisas que não contava a mais ninguém, muitas delas, nem á Anne. Mas apartir de uma certa altura, comecei a vê-lo de forma diferente, da forma que eu menos queria vê-lo. Como um namorado.
Sempre que estava junto a ele, borboletas formavam-se na minha barriga, e eu, uma rapariga de 13 anos, não percebia bem a razão pela qual isso acontecia. No dia em que fiz 14 anos, ele beijou-me. Disse que gostava de mim e que queria namorar comigo. Eu aceitei, e o namoro durou cerca de 2 anos. Mas tudo acabou um dia.

Flashback on#
(Beatrice)- Não, não vou fazer isso! Tu sabes que eu odeio a Steph, porque é que me obrigas a ir à festa?

(Andrew)- Vá lá, vai ser divertido! Lá por a odiares, não quer dizer que tenhas de faltar à festa do ano! Ignora a Steph, e assim passas uma boa noite.

(Beatrice)- Ignorar a Steph, har-har-har, essa é boa! Desde quando é que eu consigo ignorar a Steph, se ela tem um ego maior que a minha casa? Além do mais, a festa é em casa dela, e tenho a certeza que ela não vai descansar até me conseguir irritar, até parece que não a conheces.

(Andrew)- Parece é que não te conheço a ti. Tu costumavas ser divertida, alinhavas em tudo, agora nunca queres fazer nada, por causa de coisas estúpidas.

(Beatrice)- Estúpido é eu ter começado esta conversa contigo. Queres ir á festa, vai à festa. Mas vai sozinho, porque eu não vou.

(Andrew)- Tudo bem, eu vou. Liga-me quando a minha melhor amiga, aka namorada, estiver de volta. A antiga, de preferência.

(Beatrice)- Entao fica a festa toda sentado, porque vai começar a doer-te as pernas.

(Andrew)- Ótimo, adeus.

(Beatrice)- Adeus.
Flashback off#

 (Beatrice)- Foi a última vez que eu o vi. Pelo menos vivo. Nesse dia embebedou-se, e quando ia para casa de mota, falhou um sinal vermelho, e foi atropelado por uma carrinha de gelados. Depois disso, só no funeral.

Esforcei um sorriso, mas não consegui evitar que uma lágrima escorresse pela minha cara.

(Beatrice)- Sabes o que é que é irónico? A carrinha de gelados que o atropelou, levava em carga o nosso sabor, caramelo com nozes. E eu sei que, se tivesse ido à festa com ele, estaria agora no mesmo estado que ele, no entanto, continuo a pensar que a culpa foi minha, eu é que o enervei. Se eu não tivesse sido tão bruta com ele naquele dia…

(Louis)- Nem sequer penses em dizer tal coisa. A culpa não foi tua, ele é que não devia de ter conduzido bêbedo, além do mais, a escolha foi tua, e sempre será, se tu não querias ir, ele não devia de te ter pressionado. Não te culpes, nunca. Além do mais, se tu estivesses no mesmo estado que ele, eu nunca te teria conhecido, a rapariga mais espantosa de sempre.

Comecei a chorar impulsivamente no seu ombro quando disse isso. Abracei-me a ele com todas as forças, e repeti para mim várias vezes que a culpa não tinha sido minha, não tinha sido minha.

(Beatrice)- A culpa não foi minha…

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora