Chapter 75 ♥

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#Beatrice#

Deixaram-nos sozinhos, e eu já estava à espera disso, porque a Inez simplesmente não sabe mentir. Queria ripostar, queria reclamar com eles por se terem ido embora e nos terem deixado ali, à espera de que algo entre mim e o Louis aconteça, mas não consegui, aqueles olhos postos em mim, na expectativa de que eu fique, matavam-me por dentro.

(Louis)- Gosto de ti. De facto, amo-te. Sim é verdade, eu amo-te.

Eu olhava-o surpreendida e no entanto confortada, aquela palavra ficou presa no meu estômago, à espera de ser digerida. Sabia dos seus sentimentos por mim, e ele sabia dos meus por ele, mas ainda nada tinha sido feito em relação a isso, decidimos apenas pô-los em "standby", à espera de que algo mude, algo nos faça um clique e finalmente nos faça avançar na relação. E ao que parece, o Louis teve esse clique.

(Beatrice)- Mas eu tenho medo, medo de que as coisas não resultem entre nós, medo de que deixemos de ser amigos se algo correr mal, medo de te perder por finalmente te ter tido.

(Louis)- Também tenho medo, mas não podemos viver a vida fugindo às coisas que mais queremos, apenas porque temos receio de fracassar. Estou certo de que és a pessoa para mim, neste momento. Não digo que seremos o casal perfeito, que não discutiremos, que não tenhamos os nossos problemas, nem digo que isto dure para sempre. Porque pode haver contratempos, e poderá acabar. Mas temos de pensar no presente, e deixar de desperdiçar a nossa vida com medos, quando afinal, as coisas podem até correr perfeitamente. Não sabemos, mas temos pelo menos de tentar.

(Beatrice)- Uau, afinal até tens jeito para convencer uma rapariga...eu sei que vou sentir estes receios, mas também sei que te amo, captaste-me a atenção na primeira vez que nos vimos, que realmente nos vimos não apenas como tu sendo famoso, e sei que quero estar no presente e, se possível no futuro, contigo. Por isso, se essa for a tua forma de me pedires em namoro...sim, eu aceito.

(Louis)- Que despachada! Pronto, parece que namoramos, afinal...pffft, que convencida.

Revirei os olhos mas tinha um sorriso nos lábios. A seguir ao meu ex-namorado, o Louis foi a primeira pessoa que me fez sentir aquele calor na barriga, e eu sabia que isso era um bom sinal.

#Rita#

#remember on#
(agora é que é o remember que coincide com o capitulo 72)

O nosso último dia completo juntos foi passado na ilha do Farol. Depois daquele dia apenas teríamos a manhã a seguir, pois ele ia-se embora ao meio-dia do dia seguinte. Era horrível pensar sequer nisso, e pensar que estava tão perto de o perder não ajudava para que as lágrimas se mantivessem nos olhos.

(Harry)- Hey não chores, princesa. Temos de aproveitar os últimos momentos juntos, e não nos queremos lembrar deles contigo a chorar, certo?

Beijou-me carinhosamente e sorriu para que eu o imitasse.

(Harry)- Vá lá, vamos divertir-nos.

(Rita)- Tens razão, sou patética.

(Harry)- Não és patética, és a minha namorada, a minha namorada perfeita.

E tudo o que fizemos nesse dia foi conversar. Conversar sobre assuntos aleatórios, sobre as nossas vidas aparte do verão, dos nossos problemas, de tudo. Intercalávamos com umas idas à água, onde ele tinha sempre a ideia de inventar uma nova maneira de me afogar e fazer rir ao mesmo tempo, mas a base do dia deu-se na toalha, onde nos ficámos realmente a conhecer.

Ficámos afastados do resto das pessoas que ali estavam para aproveitar a praia, para só nos concentrarmos em nós, e nem por um segundo se falou na despedida, no dia de amanhã. Pois não era necessário estar a sofrer antecipadamente, quando podíamos aproveitar o momento.

Quando finalmente se pôs a noite, e os banhistas se foram embora, ficámos com a praia para nós. Jantámos à luz de umas velas que o Harry decidiu trazer, e mesmo não estando frio decidi tapar-me com uma manta.

(Harry)- Mas estás com frio?

(Rita)- Não, mas adoro mantas, por isso é que a trouxe.

(Harry)- Tens-me a mim para te aquecer, para que precisas de mantas?

(Rita)- As mantas são muito mais fofinhas.

Ele olhou-me com um ar surpreendido mas gozão. Aproximou a sua cara da minha e beijou-me até sentir as bochechas dormentes, no entanto, a forma como ele fazia, dava-me ainda mais vontade de o beijar.

(Harry)- As mantas continuam a ser mais fofinhas?

(Rita)- Elas não me beijam assim, nisso tens razão.

Voltou à posição onde estava anteriormente, a beijar-me, e senti-o cada vez mais próximo de mim, do meu corpo. Eu sabia o que ele queria, pois era de facto o que também eu queria, e naquele momento estava segura de que era com ele que queria dar este passo importante. Por isso deixei-o avançar.

Ele ao aperceber-se da minha igual vontade, ficou mesmo a meu lado e retirou-me gentilmente a manta, pondo-se no lugar dela.

Os seus beijos eram quentes e reconfortantes, tal e qual o que eu queria, e as suas mãos despertavam emoções novas no meu corpo levemente arrepiado. Era extremamente lento nos movimentos que fazia, na remoção do sutiã, nos beijos no pescoço, de certa forma queria ser perfeito, e mostrava algum nervozismo tal como quase tanta inexperiência quanto eu,
mas nenhum de nós se importava com isso.

Era apenas eu e ele, ali.
Finalmente postos sem roupa interior, ele olhou para mim de forma quase encantada, e decerto apaixonada, e sorriu angelicamente.

(Harry)- Vai tudo correr bem, prometo.

Esta jura da parte dele funcionava para o que iria acontecer a seguir, mas também para o resto das coisas entre nós, em geral. Tapou-nos com a manta e fez o que deu início de uma longa noite.
#remember off#

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora