Chapter 20 ♥

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#Rita#

Deitei-lhe a língua de fora e entrei no carro dele. A primeira coisa que fiz foi olhar para o meu telemóvel, que apesar de estar quase sem bateria, ainda estava ligado.

Tinha 3 chamadas não atendidas: duas da minha tia e uma da Bia. As da minha tia eram de há um dia, mas as da Bia eram de há uns minutos. Mas não liguei, porque provavelmente seria apenas para me pedir para eu ir comprar pão. O Harry entrou igualmente no carro e arrancou.

...

A meio do caminho notámos que havia um acidente. O problema é que era super perto da minha casa, o que fazia com que não houvesse lugar para estacionar lá ao pé, pois a quantidade de fila que se seguia ao acidente era enorme, mais a ambulância que lá estava provavelmente para levar a pessoa ao hospital.

Não sabia porquê, mas aquilo trouxe-me um aperto no coração, como se a pessoa que tinha entrado naquela carrinha, fosse alguém que eu conhecesse.

(Harry)- Estás bem?

(Rita)- Sim, foi...foi só uma espécie de mau pressentimento. Não foi nada.

Esperava eu que não fosse nada.

...

(Rita)- Queres entrar comigo.

(Harry)- Não, não é preciso, obrigada.

(Rita)- Não era bem uma pergunta, era mais um pedido.

(Harry)- Bem, se é assim, claro que entro, acho eu.

Peguei na chave e abri porta o mais lentamente possível, como se quisesse que aquele mau pressentimento desaparecesse. Mas bastou-me uns segundos dentro de casa para perceber que o tal pressentimento era real. Algo tinha acontecido.

(Rita)- Bia, Bia, o que é que se passa?!

Ela estava com os olhos cheios de lágrimas, de pé e com os joelhos a tremer. Ao lado dela estava o seu telemóvel, que provavelmente tinha caído, visto que eu não me lembrava daquele risco.

Reparei que a Inez e a Sara ainda se encontravam a dormir, na sala, e que a única pessoa que não estava em casa, era a Anne. Ou seja, ela ainda não tinha voltado.

(Rita)- Onde é que está a Anne? Bia, o que é que aconteceu?!

(Beatrice)- A Anne...a Anne...

Não conseguiu continuar a frase, porque desmaiou.

#Niall#

Hoje não tinha dormido muito bem. A razão era-me desconhecida, apenas sabia que mal tinha pregado olho naquela noite. Sempre que olhava para o telemóvel, apenas alguns minutos tinham passado, e já me estava a irritar com isso.

Quando vi finalmente alguma luz na rua, decidi ir dar uma volta, também porque a comida do meu frigorifico estava a chegar a limites perigosamente baixos, e isso era mau.

Saí à rua e estive basicamente a “vaguear”, pois não me ocorria nenhum local para onde ir. Decidi ir ao supermercado, e depois de ter comprado o que queria, encaminhei-me para casa.

Já pelo caminho, reparei numa rapariga que estava a andar de mota. A rapariga era-me familiar, mas não sabia de onde. Aquele cabelo loiro...conhecia-o, eu sabia disso.

Segui a mota com o olhar e surpreendi-me quando a vejo perder o controlo da mesma e bater contra um carro. Ou uma outra coisa qualquer, não sei, eu apenas congelei nesse momento.

Fiquei sem saber o que fazer, se a ir ajudar, se ficar onde estava. Mas que parvo, claro que tinha de ir ajudar! Mesmo que não a conhecesse de lado nenhum, ela ainda continuava a ser uma pessoa, por amor de Deus! Corri na sua direção, e quando cheguei, ela encontrava-se inconsciente. E agora o que é que fazia?

(Niall)- Acorda! –disse enquanto lhe dava chapadinhas na cara, para ver se ela acordava- Por favor, acorda, não me faças isto!

Estava a ficar mais emocionado do que devia, para uma pessoa que me parecia que não conhecia de lado nenhum. Como vi que nada resultava, liguei para o 999 (aka 112 português) que me disse que chegava em pelo menos 10 minutos.

Não sabia o que fazer durante aquele tempo.

Ela já estaria em segurança, mesmo que eu me fosse embora, mas algo me prendia àquele local. Era aquela rapariga, que mesmo estando no estado em que estava, tinha uma beleza extraordinária.

Eu conhecia-a. Era a rapariga que eu encontrei no dia em que fui a casa das amigas do Zayn e do Harry. Sim, era daí.

...

O tempo parecia passar muito devagar, tal como de manhã. Finalmente chegou uma ambulância, que a entubou, e todas aquelas coisas médicas que eu não entendo. Ao fim de alguns minutos, uma provavelmente médica, veio ter comigo.

(xxx)- Desculpe, foi o senhor que ligou para nós?

(Niall)- Sim, fui. Ela está bem? Eu queria ter perguntado isto antes, mas pensava que ia apenas estorvar o vosso trabalho. O acidente foi muito grave?

(xxx)- Sim, foi um pouco, pois apesar da mota não ir a muita velocidade, a forma como ela caiu é muito perigosa. Mas eu não quero dar já noticias que depois se venham a contradizer.

(Niall)- Ah...e acha que eu posso ir dentro da ambulância?

(xxx)- Sim, penso que sim. Mas conhece a rapariga?

(Niall)- Mais ou menos, esta é basicamente a segunda vez que eu a vejo.

(xxx)- Então pode vir, mas fazia o favor de tentar comunicar a alguém que a conheça melhor?

(Niall)- Sim, posso. O telemóvel dela?

(xxx)- Está ali. Mas agora tem de entrar já na ambulância que ela já está pronta para entrar.

...

Ao olhar para o seu telemóvel, reparei que a pessoa para a qual ela ligava mais, é para a sua irmã, que eu achava que se chamava Bia, –sou horrível com o nome das pessoas- por isso foi para ela que liguei.

...

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora