Chapter 36 ❤

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#Beatrice#

Ele costumava dizer que eu era a princesa dele.

Era a princesa dele e mais nenhum rapaz se poderia aproximar de mim, pois uma princesa como eu apenas poderia pertencer a ele.

Não que ele achasse que era bom o suficiente para mim, pelo menos segundo ele, que me perguntava todos os dias a razão pela qual eu tinha escolhido ficar com um rapaz como ele.

Pois a resposta era óbvia. Porque era ele e não mais ninguém.

Eu podia corar com os seus elogios, podia rir-me com as suas piadas, podia adormecer nos seus braços, mas nunca, mesmo nunca, duvidei que ele fosse perfeito para mim, fosse O tal.

Estávamos apaixonados, estávamos felizes, estávamos juntos.

Muita gente não percebia, nem apoiava, a nossa relação, mas eu sempre soube que eram ciúmes, ciúmes de ser eu a ter aquele rapaz a meu lado, e não eles. Não me importava com os comentários que me passavam aos ouvidos enquanto passava na escola, não me importava com os boatos que eram lançados sobre nós, não me importava com nada. Apenas porque estava com ele. Até tudo acabar.

Já não aguentava mais aquilo. Era noite, após noite, após noite, a acordar com a respiração acelerada, com gotas de suor na testa, e nos olhos. Não aguentava mais.
No entanto, não havia nada que eu pudesse fazer para mudar, nem o que me estava a acontecer, nem o que me havia acontecido no passado, pois tinha acabado. Está acabado.

Decidi ir beber um copo de leite à cozinha, para ver se pegava o sono outra vez, e surpreendi-me ao ver a Sara a dormir no sofá. Mais o Zayn.

Estavam os dois realmente apertados naquele sofá tão pequeno, mas mesmo a dormir, não pareciam incomodados. Pelo contrário, pareciam felizes por estarem os dois ali.

Deixei-os estar e 5 minutos depois, a seguir a aquecer o leite e tudo o resto, voltei para o meu quarto, onde mesmo que quisesse, não conseguia adormecer.

Eram 6:45h, e lá estava eu, acordada.

#Rita#

Já me tinha remexido no sofá uma data de vezes, e não me via a adormecer. Tinha sono, mas a minha cabeça parecia demasiado cheia para sequer pensar em descansar.

Para não ajudar, tinha começado a trovejar outra vez. A cada som proveniente de lá de fora, um novo arrepio me preenchia, e fechava os olhos, apertando as mãos com demasiada força, já como instintivamente. As lágrimas já me escorriam pela cara, indo algumas parar a um outro local qualquer, provavelmente o sofá. Os soluços também me haviam aparecido, e o frio parecia querer-se juntar ao grupo. Já não sabia o que fazer.

Após estar uns 10 minutos a tentar resolver a situação, decidi fazer uma coisa. Levantei-me, enrolada ao edredão, e dirigi-me à divisão mais próxima do sítio de onde me encontrava.

Ou seja, o quarto do Harry. Ainda pensei em bater à porta, mas depois lembrei-me que ele estava cansado, e além do mais, ainda nem das 6:30h passava, por isso abri a divisão o mais silenciosamente possível, onde depois fiquei a olhar para a cama que se encontrava à minha frente.

Sem o querer acordar, dirigi-me à parte da cama que se encontrava vaga, e enfiei-me lá dentro o mais lenta e calmamente possível. Pelos vistos, o Harry tinha ficado com um sono mais leve com o passar do tempo, pois virou-se na minha direcção rapidamente, abrindo os olhos.

(Harry)- Rita?

(Rita)- Não perguntes...abraça-me simplesmente.

Ele fez o que lhe pedi e eu quase que me senti bem. A vontade de chorar parou e os soluços, igualmente. Ele, em contraste comigo, estava quente, mas mesmo sentindo a diferença, ele não se queixou, apesar de estar sem camisola. Na realidade, até que foi fácil adormecer assim.

#Louis#

Acordei bem-disposto.

Liguei à Eleanor, para ver o que é que ela queria fazer hoje, visto que devido a ela ter de estudar para os exames, o tempo que passamos juntos é muito pouco, e tudo o que o telemóvel fez foi tocar. Tocar. Tocar.

Tentei uma segunda vez, e quando estava prestes a desligar, uma voz sonolenta atende-me o telemóvel.

chamada on#
(Eleanor)- Estou?

(Louis)- Olá minha pequena! Não me digas que estavas a dormir?

(Eleanor)- Estava a dormir...estava a dormir...pois, se calhar, adormeci, enquanto estava a estudar...espera, fogo, adormeci! Ah, ah, obrigada por me teres acordado, estou super atrasada, tenho de estudar. Um beijinho, amor, eu depois ligo-te. Adeus!
chamada off#

Fiquei a olhar para o visor do telemóvel, incrédulo. O que é que tinha acabado de acontecer?

Encolhi os ombros, um tempo depois, ainda triste, pois descobri que não era desta que eu passava a tarde com a Eleanor, e continuei a fazer o que estava a fazer, antes de lhe ligar. A tomar o pequeno-almoço.
Os cereais já estavam postos na tigela, só faltava o leite. O leite...o leite...o leite que parecia que não existia em minha casa.

Dei um longo suspiro e peguei nas chaves para ir ao supermercado, buscar leite, ao que parecia. Já sentado no acento do carro, verifiquei se tinha todos os elementos da carta por baixo do banco do pendura, pois já não tinha muitos pontos na carta, e à próxima falta, retiravam-me a mesma, o que não dava muito jeito. Nisto, piquei-me numa coisa qualquer. Era uma picada pequena, como se de um...brinco. Procurei melhor e tinha razão: era um brinco da Beatrice, que pelos vistos tinha caído quando cá esteve da última vez.

Comecei então o percurso que tinha planeado, mas com uma pequena mudança no seu final. Ia a casa da Beatrice.

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora