highly improbable ♠ h.s

Chapter 68 ♥

#Zayn#

A Rita e o Harry já tinham voltado do almoço com os quase-noivos, e a tarde rolou quase sem grandes momentos. Quando chegou a hora de ir dormir, eu e o Harry tivemos de partilhar o quarto de hóspedes, tal como na noite anterior.

Só que eu sabia que ele se ia embora. Iria esperar que os tios dela adormecessem e depois ia ter com ela. Tal como eu faria se eu e a Sara estivéssemos bem, coisa que não estamos, por minha causa.

Porque fui demasiado burro e imaturo por reagir mal a um facto de que eu já sabia estar presente, porque era óbvio. Ela já teve uma vida além de mim, tal como eu tive uma além dela. Mas agora a nossa vida é junta, e é por isso que eu não percebo porque é que simplesmente não aceito o nosso passado, e não sigo em frente. Possivelmente por causa dela. Da Perrie.

Abri os olhos de repente e sinto uma mão sobre a minha. E aí sei que está tudo bem. Solto um pequeno “desculpa” por entre os lábios, e ela apenas sorri e me dá um beijo de onde o som proveio.

(Sara)- Não faz mal, eu sei pelo que passaste. A Perrie foi um momento difícil da tua vida, tal como alguns rapazes foram na minha. Mas tudo mudou. Estamos juntos, sim?

(Zayn)- Sim.

Foi tudo o que consegui dizer. Abracei-a com força e esforcei-me para que aquele momento fosse guardado na minha mente, todos os pormenores.

(Zayn)- Eu amo-te, sabes disso, não sabes?

(Sara)- Sei. Mas não tanto como eu te amo a ti.

#Rita#

Aquele era o dia, o meu melhor amigo vai casar, vai passar a pertencer a alguém, oficialmente. E eu estarei lá para ver. Estarei lá, perto do altar, a segurar as lágrimas para não chorar naquele momento. Porque estou feliz por eles.

(Sara)- Mas quanto tempo é que temos de ficar cá fora à espera? Está frio.

(Tia)- Eles dizem que a porta da igreja abre às 14h.

(Rita)- Ainda faltam 15 minutos, vou passear.

Os meus tios olharam para mim, sabendo que isso era uma desculpa para “vou fumar”. Eles sabem que eu o faço, no entanto, eu não gosto de fumar à frente deles.

(Harry)- Nós vamos contigo.

Descemos uma rua e parámos num quiosque para eu comprar. Eu sabia que o Zayn tinha, mas queria comprar à mesma. Sentámo-nos então nuns bancos um pouco afastados do quiosque, mas abrigados o suficiente para não tirarem fotografias. Acendi o cigarro e senti o olhar do Zayn preso a mim.

(Zayn)- Então era isso que a Sara quis dizer, que tu fumas.

(Rita)- Apenas quando estou nervosa. Em tempos não foi assim, mas agora é apenas em casos extremos. Como hoje.

...

Eram 14:30h, quando fomos chamados para dentro da igreja. Estava tudo adornado, como qualquer igreja católica, mas aparte das cadeiras, encontrava-se vazia. Não havia sinal dos noivos.
Sentei-me numa das primeiras filas, do lado do Nuno, tal como outras pessoas.

Aos poucos, a sala foi enchendo, com pessoas a dividirem-se entre as cadeiras da noiva, e as do noivo. Mas não havia sinal dos principais. Só 15 minutos depois, é que uma figura masculina entra na igreja, acompanhado pelos pais.

(Rita)- Sinto-me como uma avó babada, no dia do casamento dos filhos.

(Nuno)- Lá nisso tens razão, rugas não te faltam.

Mesmo estando nervoso, não deixava o seu humor habitual de lado, reparando-se, no entanto, numa ponta de nervosismo ao dizer aquilo. Mas não houve mais momentos para falar, porque ela entrou.

Estava linda. Num vestido não muito extravagante, mas o suficiente para evidenciar os melhores lados da sua silhueta. No rosto, expressava uma alegria nunca antes vista. Tal como ele.

...

Num segundo estavam a namorar, noutro, eram noivos. Passou tudo tão depressa. Apenas quando o padre mandou o noivo beijar a noiva, é que me apercebi da alegria de estar casada, de ter um homem todas as noites na sua cama, o mesmo homem, a mesma cama, duas alianças.

No entanto, a imagem dos meus pais juntos, felizes e casados, e depois ver como tudo acabou, dá-me dúvidas em relação a quase tudo. Mas  de uma coisa eu tenho a certeza: se alguma vez me casar, será com o Harry.

(Harry)- A cerimónia já acabou, vamos para o copo-d’água.

E assim fomos nós. Não antes de ouvirmos comentários de metade da população inserida naquela igreja, dizendo-me que ficava muito bem de vestido. E o pior é que tinham razão.

(Rita)- Todos sabem que a culpa é do Nuno, ele é que me obrigou a trazer este vestido.

(Sara)- Mas isso não quer dizer que não fiques bem.

(Harry)- Sim, ficas linda.

(Rita)- Obrigada, mas sinto-me demasiado apertada neste vestido para falar.

A festa de noivado já estava a meio, já tínhamos jantado, e agora dirigíamo-nos para a pista de dança. O Harry fartara-se de mandar comentários em relação a eu estar a usar um vestido, pois apenas me vira uma vez, por isso eu decidi ignorar os comentários dele, e ignorá-lo a ele, em geral.

(Harry)- Bem, agora ignoras-me por comentar o quão bem ficas de vestido?

Não respondi. O que desencadeou ainda mais risos da parte dele. Pouco tempo depois, o Nuno aproxima-se da nossa mesa e faz aquilo que eu menos queria que ele fizesse.