Chapter 6 ♥

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#Rita#

(Inez)- Vou tentar, mas vai ser difícil!

(Beatrice)- Ditto!

Desde que tinha chegado àquela casa ainda só me tinha rido. Elas estavam com uma cara de tão espantadas com a notícia que eu lhes dei que dava-me uma vontade de rir tremenda. Mas no fundo, eu sabia que podia contar com elas, e ter-lhes contado o que aconteceu entre mim e o Harry fez-me perceber que elas eram de confiança.

No meio daquilo tudo, a Beatrice cochichou alguma coisa à Anne, e ela simplesmente encolheu os ombros. Mas quando fez a mesma coisa à Inez, a reação foi completamente diferente. Sorriu de uma forma que me levou a pensar que elas estavam a tramar alguma.

(Beatrice)- Dizes que as coisas do passado acabaram, certo?

(Rita)- Sim, mas---.

(Inez)- Pronto, o passado acabou, mas isso não quer dizer que não haja futuro.

(Rita)- Com o Harry? Não, não vai haver futuro, o que havia entre nós acabou.

(Beatrice)- Nós não partilhamos a mesma ideia.

Nesse momento olhou para o meu telemóvel, e eu percebi de imediato o seu plano.

(Inez)- Posso ver as horas no teu telemóvel?

(Rita)- Não é preciso, eu digo-tas já. São 21:33h.

(Inez)- Mas assim é me mais fácil, a partir do teu telemóvel, acertar o meu relógio.

(Rita)- Nem penses que vais procurar o número do Harry no meu telemóvel. É que nem penses.

(Inez)- Mas posso tentar.

Deu uma corrida para o pé do meu telemóvel e começou a procurar. O único problema, e a razão pela qual eu não a travei, é que ele se encontra escrito em Português, por isso ela não conseguia perceber nada do que lá estava.

(Inez)- Porque é que não tens o teu telemóvel em Inglês, hein?

(Rita)- Para casos como este, querida.

A Sara, que se encontrava muito quietinha a meu lado no sofá, levantou-se e dirigiu-se à Inez. Quando eu pensava que ela lhe ia tirar o telemóvel e mo ia entregar, ela simplesmente se pôs a procurar nos meus contactos.

(Rita)- Traidora de um raio. A minha própria prima? –disse enquanto corria atrás dela para lhe tirar o objeto.-

(Sara)- Eu disse que vocês os dois ainda iam ter alguma coisa, e se eu tiver de ajudar, então ajudo. Anne, Inez, Beatrice, tentem que ela não venha ter comigo para me interromper. Eu vou fazer uma chamada.

(Rita)- Esse é o número dele de há 3 anos, já nem o deve de ter.

(Sara)- Não sabemos se não tentarmos, não é?

#Zayn#

O ensaio tinha acabado, e estávamos a prepararmo-nos para irmos jantar, pois o Niall já estava a reclamar com tudo e com todos, quando o meu telemóvel tocou.

#chamada on#
(Zayn)- Estou, quem fala?

(xxx)- Estou, Harry?

(Zayn)- Não, deve de ser engano.

(xxx)- Espera, és o Zayn?

(Zayn)- Depende, quem és tu?

(xxx)- Sou a Sara.

(Zayn)- Fiquei na mesma.

(Sara)- A rapariga que encontraste hoje de manhã na cozinha da casa da Inez. A que, basicamente, te deu uma tampa.

(Zayn)- Acho que gostaria mais de não ter sabido quem és.

(Sara)- Ouve, é mesmo importante, faz isto pelo Harry.

(Zayn)- -mas ela conhece o Harry, e não me conhece a mim?- Ok, o que é que foi?

(Sara)- Bem, não tendo tempo para explicar, tens de dizer ao Harry que a Sara, a prima da Rita e a melhor amiga dele quando tinha 16 anos, está ao telefone, e quer falar com ele.

(Zayn)- Só faço isso com uma condição.

(Sara)- Qual?

(Zayn)- Jantas comigo, amanhã às 19h.

(Sara)- …ok. Agora já me podes passar ao Harry, por favor?

(Zayn)- Claro, bebé. Vou-te buscar à casa onde te vi hoje, pode ser?

(Sara)- Sim, está bem. Agora tira essa orelha do telemóvel, e passa-me ao Harry, tipo, rápido.

(Zayn)- Eu não vou lá com ordens, princesa, só passa desta vez porque concordaste em sair comigo.

Ouvi-a reclamar e dirigi-me ao Harry, a rir-me.

(Harry)- Passa-se alguma coisa, mano?

(Zayn)- Mais ou menos. Conheces uma Sara?

(Harry)- Algumas. Alguma informação em especial?

(Zayn)- É ruiva e diz que foi tua melhor amiga quando tinhas 16 anos.

(Harry)- A Sara, a prima da Rita?

(Zayn)- Acho que sim. Ela pediu-me para te passar a chamada e para ser rápido, “não tenho tempo para explicar” –fiz a voz mais esganiçada possível-.

(Harry)- Está bem, passa para cá o telemóvel.

#Sara#

(Harry)- Estou?

(Sara)- Primeiro, eu não falo como esse rapazinho me está a tentar imitar. Segundo, tive tantas saudades tuas!

(Harry)- Sara, és mesmo tu?

(Sara)- Não, é o pai natal. Quem é que achas que é?

(Harry)- Eu não te vejo há 3 anos, tenho tantas saudades tuas! Como é que estás?

(Sara)- Pronto, agora que tenho o teu contacto, podemos encontrar-nos, mas este momento não é o melhor para falarmos de como têm sido as nossas vidas, apesar de saber que a tua está bem mudada.

(Harry)- Porquê?

(Sara)- A Rita está a ser agarrada por 3 pessoas para não vir aqui desligar esta chamada. E é bom que sirva para alguma coisa, porque só para falar contigo tive de concordar com um jantar com o teu amigo “Zayn. Zayn Malik” – também o imitei, e deu o resultado que eu pretendia, pois ouvi uma voz secundária a queixar-se que aquela voz era completamente diferente à dele.

(Harry)- Está bem, diz lá o que é que queres?

(Sara)- Quero que tu e a Rita falem ao telefone, como pessoas normais, achas que pode ser?

(Harry)- Nós somos pessoas normais.

(Sara)- Essa frase nunca me soou tão mentira em alguém, senhor que agora é famoso e que tem uma banda chamada One Direction, que é adorada por todas as jovens do mundo.

Enquanto falava com ele, aproximava-me da Rita, que ainda se estava a espernear para fugir daquele local. Pus o telemóvel ao pé dela, e disse uma última coisa ao Harry.

(Sara)- Tive saudades tuas, Curly.

(Harry)- Eu também, Ginger.

...

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora