Chapter 51 ♥

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#Rita#

(Rita)- Deixa-me ser eu a planear o dia, para ser diferente.

(Harry)- Ui, cheira-me a esturro.

(Rita)- Pois, devias de deixar de pensar, esse cheiro a porco queimado dá cabo dos neurónios.

(Harry)- Hoje viraste comediante, foi? Tudo bem, hoje estou por tua conta. Vamos aonde?

(Rita)- Achas que te vou dizer? Depois das vezes que me deste negas? Nem penses! Mas...és tu que guias, que eu não queria acabar a minha vida na prisão por ter atropelado alguém. Vá, eu dou-te as direcções.

...

(Rita)- Vira à esquerda.

(Harry)- Mas nós virámos há esquerda há bocado. Se formos por ai, vamos voltar ao sítio de onde partimos. Admite que estás perdida. Que estamos perdidos, aliás.

(Rita)- Não nos perdemos nada! Só estou, bem, um pouco confusa. Então vai em frente.

(Harry)- Nem penses, não vou acatar mais coordenadas de ti. Que tal ligares o GPS?

(Rita)- Tens GPS? E não me dizes nada? Confias nos meus instintos horríveis de orientação? É a Bia que é escuteira, não eu. Vá, vamos lá ligar essa cena.

...

(Harry)- Sabes que eu sabia o caminho de cor para o Bowling, não sabes?

(Rita)- E só me dizes agora? Vamos deixar de falar nisso que eu ainda te arranco cabelos dessa tua cabeleira linda.

(Harry)- Não eras capaz.

(Rita)- Vê-me tentar.

...

(xxx)- Boa tarde, números de calçado, por favor.

(Harry)- 43 (8).

(Rita)- 42 (7½)

(xxx)- Aqui estão, bom jogo.

(Harry)- Obrigado.

...

(Harry)- A minha Pé Grande está pronta para levar uma abada?

(Rita)- Tenho um pé normal, para que conste. E se alguém vai levar uma abada, esse alguém és tu.

(Harry)- Estou à espera de ver isso. Queres apostar?

(Rita)- Por mim tudo bem. Quem perder tem de por uma foto numa rede social a agarrar duas bolas de bowling a fazer de mamas.

(Harry)- Isso é injusto em muitas formas. Primeiro, se eu puser a foto, o que não vai acontecer porque eu não vou perder, ela vai ser vista por mais pessoas do que se fores tu a pô-la. Segundo, mamas já tu tens. Fazemos assim, se tu perderes, muito provável, postas a foto, eu retweeto e beijas-me.

(Rita)- Isso é tudo vontade que eu te beije?

(Harry)- Não, foi apenas a primeira coisa que me veio à cabeça.

(Rita)- Está bem. E se empatarmos? (descobri que é possível, difícil, mas é possível)

(Harry)- Se acontecer, visto que teoricamente perdemos os dois, fazemos os dois, acho eu.

(Rita)- OK. Então, estás pronto para apanhares a abada da tua vida?

(Harry)- Não me parece, Rita, não me parece.

...

(Harry)- Não acredito que empatámos! Como é que isto foi possível?

(Rita)- Não sei, mas ao que parece, foi o que aconteceu. Vai lá tirar a foto que eu vou a seguir.

...

(Rita)- Ficaste tão lindo na foto, que nem sabes. (ele tem duas fotos a fazer isto, acho que sabem isto idk)

(Harry)- Quase tão bem como tu, meu amor.

Estava a tentar evitar a outra parte da aposta, mesmo que soubesse que, no fundo, queria aquilo mais que outra coisa, e pensava que não era a única. Comemos um gelado num café ao pé e fomos para casa dele.

(Rita)- Estou cansada como tudo.

(Harry)- Também eu. Vou dormir no sofá.

(Rita)- Sabias que és bué gordo? É que estás a ocupar o sofá todo.

(Harry)- Cada um tem o que merece.

(Rita)- Sabes que eu me vou mandar para cima de ti, não sabes?

(Harry)- Podes tentar, mas não sei se consegues.

Levei aquilo como uma aposta, por isso mandei-me para cima dele como se a minha vida dependesse disso, fazendo-o inclinar-se um pouco como resposta. Cruzei as minhas pernas à sua cintura, e ri-me com a cara que ele estava a fazer.

De súbito, juntei os nossos lábios e beijei-o devagar, apertando mais as pernas em seu torno.

Borboletas.

As minhas mãos foram de encontro à sua t-shirt, onde pararam durante um tempo, antes de subirem. Encontrei, tempo depois, a sua mão a subir pelas minhas costas até chegarem ao sutiã. Estava a desapertá-lo até que alguém toca à campainha.

#Harry#

remember on#
O bar estava muito confuso, já não conseguia estar lá sem quase hiperventilar. Por isso fui para a praia, e sentei-me lá, sozinho. Sentia-me tão mal por lhe ter feito aquilo, por ter tentado fazer ciúmes à Rita simplesmente por ela não ter respondido ao meu pedido de namoro.

Se calhar aquela não tinha sido a melhor altura para lhe perguntar, se calhar a culpa até tinha sido minha. Olhei à minha volta, não se encontrava ninguém na areia, aparte de umas roupas. Procurei o dono delas, e reparei que se encontrava na água. Não liguei.

Apenas uns segundos mais tarde constatei que essa tal pessoa, que eu desconhecia a identidade, estava com uns movimentos irregulares enquanto nadava. Parecia que se estava a afogar.

Não queria saber quem era, nem que horas eram, nem que a água parecia fria. Como tinha estado o dia todo entre o bar e a praia, ainda não tinha tirado os calções de banho, por isso tirei apenas a camisola, descalcei os chinelos, e entrei dentro de água.
Não estavam propriamente muitas ondas na água, mas com a pressa de entrar, e os movimentos desajeitados, a visão tornava-se difícil.

Quando finalmente encarei a rapariga, agarrei-a, mesmo não lhe vendo a cara. Com o toque, virou-se para mim, e eu não podia acreditar no que eu estava a ver.

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora