Chapter 22 ♥

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#Beatrice#

Foi um alívio ouvir o médico dizer aquilo, mas apenas irei ficar 100% aliviada, quando trouxer a Anne comigo para casa, e não saio daquele hospital antes de isso acontecer.

(Beatrice)- Vocês não precisam de cá estar, podem ir para casa, se quiserem. Eu fico, passo cá a noite, mas vocês não têm necessidade disso.

(Rita)- Mas o médico disse que não era necessário passarmos aqui a noite, pois é pouco provável que o estado dela se altere.

(Beatrice)- É pouco provável, mas possível. E eu quero estar aqui se isso acontecer. Mas estou a falar a sério, vocês podem ir para casa, eu ligo logo que tenha uma novidade.

(Sara)- Pronto, nós voltamos amanhã logo que acordemos. Mas sinto-me mal por te deixarmos aqui sozinha.

(Niall)- Ela não fica sozinha, porque eu fico com ela.

(Beatrice)- Não é preciso, a sério, tu já foste muito simpático ao passares aqui o dia. Tu e o Harry.

(Niall)- Mesmo assim, eu quero ficar. Não vou conseguir dormir de jeito sem saber que ela vai ficar melhor, por isso aproveito e faço-te companhia.

(Beatrice)- Sendo assim, obrigada. Agora já não precisam de se sentir mal por me deixarem aqui, fico com o Nialler.

(Harry)- Então vemo-nos amanhã. Eu levo-vos a casa.

...

Já tinham passado 3 dias e o estado da Anne continuava o mesmo. Os médicos diziam que era normal, que a dose de morfina e outras coisas ia diminuindo de quantidade todos os dias, mas mesmo assim era pouco provável que acordasse ainda com aquela quantidade.

Eu já dava em louca por não saber nada. Mas admito que teria sido pior se o Niall não estivesse comigo. Ele esteve sempre presente, e foi mau ter criado uma amizade com um rapaz tão espectacular como o Niall, num momento como aquele.

O resto das pessoas vinha igualmente, todos os dias –não tive coragem de contar aos meus pais, e espero que não seja preciso- e eles também têm sido uma grande ajuda a nível emocional. Apenas não gostei quando eles nos obrigaram –a mim e ao Niall- a ir dormir a casa, porque “tínhamos cara de zombie”. Ao fim de 20 minutos a insistirem, lá desistimos e fizemos o que eles nos pediram.

...

Como era óbvio, quase não preguei olho. Vesti-me e quando achei que eram umas horas razoáveis, apanhei o autocarro e dirigi-me ao hospital, um sítio que infelizmente andava a conhecer de mais. Sentei-me na sala de espera, e 30 minutos depois, um médico veio ter comigo.

(Médico)- É familiar da menina Anne Pheobe?

(Beatrice)- Sim, porquê? Ela está pior?! –disse, já a pensar no pior dos casos-.

(Médico)- Não, ela está bem. É mesmo por isso que cá vim, porque estivemos a reduzir a medicação, e é provável que ela acorde hoje. Se quiser, ela já pode receber visitas.

Não respondi, simplesmente corri para o quarto dela e abri a porta o mais depressa possível. Assustei-me de imediato. Ela estava tão...branca. E entubada. Lágrimas começaram a cair-me no rosto, era horrível ver a minha irmã tão...frágil.

(Beatrice)- O que é que te aconteceu, gémea? Como é que isto pode acontecer? –peguei-lhe na mão e esbocei um sorriso- Vou matar os pais, por te terem comprado a porcaria da mota, só para te avisar.

Sentei-me numa cadeira perto da cama dela. Ela estava cheia de arranhões na cara, mas mesmo assim, continuava linda. Uma beleza que sempre me meteu inveja, no fundo.

Sempre tive inveja daquele sorriso maravilhoso, que encantava os rapazes, daquela confiança que arrasava, enquanto que a timidez se sobrepunha a qualquer qualidade que eu tenha. Sempre tive inveja de eu não ser ela.

#Niall#

Eram 9h da manhã, e já eu estava acordado. Aquela rapariga tinha-me tomado a maioria do tempo, e toda a cabeça, porque naqueles últimos dias, ela era o único assunto que me interessava.

chamada on#
(Niall)- Hello, Boo Bear da vida do Harry! Ah, e da Eleanor, já agora. Estás bom?

(Louis)- Uau, este deve de ter sido o princípio de chamada mais animado que alguma vez me fizeste. Menos quando recebeste o cartão do Nando’s, mas pronto...diz lá o que é que queres?

(Niall)- Bem, podes vir buscar-me à paragem de autocarros em frente ao metro? Preciso de boleia.

(Louis)- Tens sorte de me encontrar vago, meu caro.

(Niall)- Pois, estás sempre com a namorada, não é?

(Louis)- Ah...passando à frente antes que haja um ataque de ciúmes, por causa do Nouis. Vou-te buscar em 5, então. Até já, Nialler.
chamada off#

...

Depois do interrogatório de onde íamos, –onde expliquei que não, não era uma visita de emergência ao Nando’s- lá chegámos ao hospital, onde nos deram a notícia de que a Anne poderia acordar naquele dia. Isso despertou em mim uma alegria, uma felicidade imensa, que acho que assustou o Louis.

Quando chegámos ao quarto, já lá estava a Beatrice, que sorriu ao nos ver.

(Beatrice)- Olá Niall! Olá Louis, prazer em conhecer-te, sou uma fã incondicional.

(Niall)- Eu adoro quando as nossas fãs nos tratam como a Rainha de Inglaterra. –ficámos os dois a olhar para o Niall. Aquele rapaz não tem emenda-.

(Beatrice)- Niall, já soubeste da novidade? A minha irmã pode finalmente acordar!

Sorri e olhei para a Anne. Estava um pouco mais pálida do que quando a havia achado, mas a beleza simplesmente não tinha desaparecido.

O meu coração bateu mais depressa, quando a vi mexer-se e, lentamente, a abrir os olhos.

#Beatrice#

(Anne)- Onde, onde é que eu estou?

(Beatrice)- ANNE! Tu...tu, estás no hospital, mas...mas estás bem, estás a ser tratada, tu estás bem. Eu, ah, eu tive tanto medo de te perder, o que é que eu faria sem ti? Nunca mais me voltes a fazer isto, ouviste? Não te vou deixar conduzir a mota durante um bom tempo, para que saibas, e... –fui parada pela mão do Niall no meu ombro, que me disse, por gestos, para me acalmar- Desculpa, é que estou muito nervosa.

(Anne)- Mas, ...quem és tu? Quem são vocês?

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora