Chapter 18 ♥

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#Sara#

(Sara)- É mais ou menos da cor do da Rita, um bocadinho mais escuro.

(Beatrice)- Por acaso parecia-me mesmo a cor real.

(Sara)- É por isso que tem de ficar entre nós, eu quero que ainda haja pessoas que pensem que este ruivo é natural!

(Inez)- Está bem, nós guardamos segredo. Agora sou eu...ah, ok não sei o que ei de dizer, ahah. Ah, eu era para me chamar Agnes.

(Beatrice)- Ainda bem que não te chamas, Ne, porque se não sei o que te faria.

(Rita)- Sim, também não gosto muito do nome Agnes, Inez é muito mais lindo, por amor de Deus.

(Beatrice)- Agora digo eu. Bem...eu ainda sou virgem.

(Sara)- A sério? Quero dizer, não há mal nenhum nisso, acho que mais vale esperar pela Pessoa, do que fazer com qualquer um.

(Inez)- Com que idade é que foi a tua primeira vez e com quem?

(Sara)- Ah...foi no 11º ano com...com o meu melhor amigo.

(Inez)- Sim, porque essa é A pessoa!

(Sara)- E a tua Ne?

(Inez)- Foi o ano passado, com o meu ex-namorado, Kevin.

(Sara)- Gosto do nome. E a tua primeira vez, Anne?

(Anne)- Pois...eu, eu ainda sou virgem, também. E tu Rita?

(Rita)- Pois...foi, foi...com uma pessoa quando tinha 15 anos.

(Inez)- Não...tu, ah...não...foi com o Harry?

(Rita)- Pois...ah, sim.

(Beatrice)- God, eu quero ter uma primeira vez com um rapaz desses!

(Anne)- Eu dispenso, obrigada!

(Sara)- Passando à frente, falta a Anne e a Rita dizerem alguma coisa.

(Anne)- Posso dizer eu. Bem, eu quando era mais nova praticava ginástica de aparelhos, trave, mais especificamente, e quase que ia ser federada, mas tive uma lesão no pé que me fez desistir.

(Inez)- Porque é que nem eu sabia essa?

(Anne)- Pois...nunca calhou contar. Faltas tu Rita.

(Rita)- Eu não sei o que dizer!

(Beatrice)- Diz alguma coisa, a coisa que mais te marcou na tua vida, por exemplo.

(Rita)- Bem...a coisa que mais me marcou, foi...foi a morte dos meus pais.

Fez-se um momento de silêncio, pois nenhuma delas sabia o que dizer. Felizmente, a Rita começou a rir-se, com um riso mais ou menos forçado.

(Rita)- Tenham calma, eu não vou começar a chorar ou algo parecido. Eu estou bem, já quase consigo falar disto. Mas pronto, não vamos contar isto como uma confissão, é deprimente. Ok, deixem-me pensar em alguma cena.

Dez segundos depois, a sua cara ilumina-se e por isso começa a falar.

(Rita)- Ok, então quando tinha 14 anos namorei com um rapaz e tal. Um dia, estavamos na garagem dele a curtir e estava super escuro e por isso, quando nos fomos embora era-nos difícil notar o que estávamos a fazer.

Ela riu-se para si própria, provavelmente a lembrar-se do momento.

(Rita)- Então quando chegamos ao elevador, porque eu precisava de ir para casa, começamos a ouvir a voz de uma mulher. Eu só tive tempo para olhar para ele e o ver fazer uma cara esquisita. A porta do elevador abriu-se e eu percebi porque é que ele estava tão surpreendido. Era a mãe dele.

A história não tinha acabado. Obviamente eu já sabia a história, mas era engraçado ver a reação das raparigas.

(Rita)- A mãe dele estava a olhar para mim com uma cara esquisita, mas eu não sabia porquê. Só quando saí é que vi que a minha camisola estava do avesso, era para isso que estava a olhar.Como estávamos a curtir no escuro não conseguia ver o que estava a fazer! Foi a coisa mais embaraçosa de sempre porque ela lhe perguntou o que é que estivemos a fazer na cave e tal...yah, é isso.

...

Vimos mais um filme e conversámos até serem 2 da manhã. Aí, o sono falou mais alto e decidimos ir dormir.

(Sara)- Parecemos umas criancinhas. Primeiro, foi a luta de almofadas. Agora, é o sono. Em vez de crescermos, estamos a “decrescer”.

(Anne)- É esse o objectivo das festas de pijama: sermos aquilo que não podemos ser quando a “vida real” fala mais alto. Agora, falem é mais baixo que eu quero dormir!

(Beatrice)- Boa noite, pessoal!

#Anne#

O dia de ontem foi mesmo muito divertido, exceto o facto do Niall ter aberto a porta do meu quarto, enquanto eu me estava a arranjar.

Ia gritar, mas ele fechou a porta tão rápido que nem eu tenho bem a certeza que tenha sido o Niall a fazê-lo. Eu tenho alguma coisa contra ele, uma coisa que irrita imenso a minha irmã e a Inez, porque cada vez que elas falam dele, eu fico de mau humor.

É impressionante, mas isto acontece-me mais com ele do que com os outros quatro. Deve de ter sido o universo que nos separou logo desde o principio. Mas aparte desta pequena interferência, o dia foi mesmo espetacular, apesar de manhã ter acordado com um sono que era raro sentir. Decidi levantar-me porque, como sei de casos anteriores, quando fico a engonhar na cama, acabo por ainda ficar com mais sono, e não consigo adormecer.
Tomei banho, tomei o pequeno almoço, e em vez de me ir sentar a ver televisão, decidi ir dar uma volta de mota, porque não me apetecia estar a fazer pouco barulho –o resto das raparigas ainda estavam a dormir-. Peguei na chave e saí de casa.

...

Sentir o vento na minha cara à medida que a mota andava é uma das melhores sensações que eu já senti. É sentir que sou livre, livre de fazer o que eu quiser. É por isso que eu escolhi a mota ao carro, porque não se tem esta sensação quando se anda de carro.

Naquele momento apercebi-me o quão cansada estava quando senti as minhas pálpebras a fecharem, repetitivamente. Deviam de ser umas 8 da manhã, e eu não estava habituada a acordar a esta hora. Tentei-me concentrar na condução, mas era impossível, o sono era demasiado.

Por uns segundos, juro que foi por uns segundos, perdi o controlo da mota, e a última coisa que eu me lembro de pensar foi que me tinha esquecido de por a loiça na máquina no dia anterior. De um momento para o outro, só vi preto.

#Rita#

Acordei com o som de uma porta a fechar. Não sei ser era a abrir ou a fechar, só sei que a porta tinha feito barulho. Olhei para o meu relógio e percebi que nem oito da manhã eram. “Maldita a pessoa que acabou de sair” – resmunguei para mim mesma.

Levantei-me, pois já tinha despertado, e quando ia tomar o pequeno almoço, reparei que já não havia pão. Eu, preguiçosa como sou, não me apeteceu lá ir, por isso decidi ligar à pessoa que tinha ido à rua, que depois descobri que era a Anne. Só que o único problema era que, eu não sabia do meu telemóvel.

Procurei por todo o lado e ele não aparecia. Tentei lembrar-me da última vez que o usei e cheguei à conclusão que já não lhe punha a vista em cima há algum tempo. Ao fim de alguns minutos a pensar, lembrei-me de onde o deixei: no carro do Harry. Bolas.

highly improbable ♠ h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora