Capítulo 34

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Felizmente um mês passou mais rápido do que todos imaginavam. Nesse meio tempo, Luna e Heitor aproveitavam alguns momentos juntos, como tomar sorvete, andar de bicicleta embora o jovem ainda tenha que praticar um pouco, e, claro, trocar alguns beijos e carícias.

Luna conseguiu criar um pouco de confiança em relação ao discurso graças à sua família e ao namorado, mas ninguém sabia o que ela falaria pois era segredo.

No dia que saíria o resultado dos vestibulares, os alunos do terceiro ano do Colégio Veranense estavam amontuados nos corredores para verem as listas dos aprovados. Luna e Heitor estavam juntos e ficaram extasiados quando viram que foram aprovados para a Universidade de Verano nos cursos de Psicologia e Engenharia Civil, respectivamente.

Eles se afastaram da pequena multidão e, por mais que fosse proibido beijos e outros tipos de carícias dentro do colégio, se abraçaram e deram um leve e rápido beijo.

— Finalmente a espera acabou! -Heitor comentou emocionado enquanto acariciava o rosto da namorada.

— Pois é, vamos estar juntos de novo, dessa vez na faculdade.

— Viu só, não é fácil se livrar de mim.

— Bobo... -ela deu um leve tapa no braço dele. — Precisamos avisar nossos pais.

Antes que pudessem pegar seus celulares, o casal viu Carol e Caio vindo em direção à eles com uma expressão animada no rosto.

— Passamos no vestibular! -os quatro falaram em uníssono e se abraçaram em conjunto.

— Eu tô tão feliz, tão aliviado que parece que eu vou explodir. -Caio comentou e todos riram.

— Relaxa aí, professor de Educação Física. — Heitor respondeu com um tom brincalhão e o amigo retribuiu com uma careta.

— A gente pode fazer alguma coisa depois do colégio para comemorar, o que vocês acham? -Carol sugeriu.

— Eu topo, a gente pode ir naquela hamburgeria que inaugurou esses dias. -Luna disse e todos concordaram.

Beleza, só vou ligar pra meus pais pra dar a grande notícia. -Heitor comentou pegando o celular e os demais fizeram a mesma coisa.

O jovem ligou primeiro para o pai, já que por ser enfermeira a mãe não podia estar com o celular durante o expediente, e ele atendeu depois de dois toques.

— Oi filho, aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu sim, pai. Aconteceu que eu sou o mais novo futuro engenheiro de Verano.

— Meu deus, Heitor! Que maravilha! Eu sabia que você iria nos dar esse orgulho!

— Valeu, pai. Saiba que você e a mamãe foram minhas grandes inspirações, estou fazendo isso por mim, mas por vocês também.

— Sabemos disso, meu filho. Já ligou para sua mãe?

— Ainda não, mas com a correria do posto acho que ela não vai atender.

— Tem razão, mas quando chegar em casa você avisa à ela.

— Pode deixar... -ele olhou para Luna, que conversava animadamente ao telefone com Dalila, e falou. — Então, pai, depois do colégio o pessoal queria comemorar que todo mundo passou na faculdade.

— E esse "pessoal" inclui a filha do Bellini, certo?

Heitor revirou os olhos, suspirou e falou com um tom paciente.

— Pai, somos namorados, é meio óbvio que sempre faremos coisas juntos.

— Tá bom então, Heitor, hoje é o seu dia de comemorar, então não vou me opor a isso.

— Sério? -ele estranhou o tom compreensivo do pai.

— Sério, você tem dinheiro?

— Tenho, sempre levo um dinheiro extra.

— Tudo bem então, qualquer coisa me liga.

— Pode deixar, até mais pai.

— Filho...

— Oi.

— Estou orgulhoso de você.

Heitor sorriu com o elogio de Benício, agradeceu e eles desligaram. Em seguida, Luna se aproximou dele e falou.

— Meus pais estão trabalhando, mas mandei mensagem para eles falando que passei no vestibular e que a gente vai comemorar.

— Você me incluiu nesse "a gente", certo?

— Para bom entendedor, meia palavra basta. Falei com a Lila já que ela estava no intervalo da faculdade, ela ficou super feliz por mim.

— Isso é ótimo, conversei o meu pai e ele também teve a mesma reação.

— Que bom, você falou que iria sair comigo?

— Sim, e por um milagre divino ele não encrencou.

— Sério?

— Sim, acho aos poucos estou conseguindo domar a fera.

— Bom, espero que o meu pai faça a mesma coisa.

— Não se preocupe, meu amor, não há nada que eles possam fazer já que estamos envolvidos demais um com o outro.

— Você tem razão, e também não estamos fazendo nada de errado.

Heitor assentiu com o comentário de Luna, a abraçou fortemente e acariciou o seu cabelo, apreciando o doce cheiro que exalava. No fim, assim que as aulas terminaram oficialmente naquele dia, o casal junto com Carol e Caio foram para a hamburgeria e se divertiram muito naquela tarde que era uma das melhores de suas vidas.

***

(Não) se apaixoneOnde histórias criam vida. Descubra agora