CAPÍTULO DEZOITO
O caçador de Vampiros.
(Parte I)
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O Diário de Edward Kaspbrak XXI
7 de Junho. Diário novamente, assim que a tarde caiu, Drácula cumpriu com o que disse: retornou ao castelo, então finalmente pudemos sair para o nosso passeio. E só então não havia me dado conta do quão ansioso fiquei, não só pelo passeio, como por sua volta também. (...)
— Sei que as torres são pontos de vigilância para caso de invasão, porém as suas estão sempre desabitadas, para quê servem?
Eu questiono enquanto estamos caminhando para fora do castelo, indicando uma das torres, eram muito altas, só daqui de baixo percebo isso, quando estive em cima de uma delas, meu medo de altura me anestesiou de saber o quão feia seria minha morte, se caso ele tivesse me jogado de lá.
— É aí que se engana Sr. Kaspbrak, elas não estão desabitadas, apenas “programadas” para funcionar quando necessário, ou acha que meus castelos são totalmente desprotegidos, e a mercê de qualquer um que quiser adentrá-los? — Levantou uma só sobrancelha.
Eu olhei novamente para a estrutura, tentando avistar algum tipo de sinal de segurança, porém não havia nada, não aos meus olhos, então suponho que deveria ser um sistema muito moderno de segurança, ou... Sobrenatural, que nenhum humano fosse capaz de enxergar.
— Então, tem outros castelos além desse? — O olhei novamente, ele assentiu com um “sim” e logo indaga:
— Há um em Rasnov e outro em Bran. Porém eu prefiro este aqui na Valáquia, é meu favorito, justo por ser o mais distante possível da cidade, os outros também são, porém ainda ficam bem visíveis, e sempre têm os curiosos que tentam espionar, por isso não fico neles com tanta frequência.
Agora, estamos passando pela ponte que atravessa o lago, e ronda o castelo.
— Como consegue manter três castelos sem que não haja problemas com o governo?
— Pelo simples fato de que: eu sou o governo, Sr. Kaspbrak. — Me dera um sorriso de canto.
— O quê!? Como assim?
— A Transilvânia inteira rege sobre os domínios de minha família, não permito que hajam estudos muito aprofundados sobre meu país, para que assim mantenha nossa identidade reservada, e possamos continuar vivendo em paz. Já imaginou o caos que seria, os governos de outros países descobrirem que a Romênia é regida por vampiros? Iriam nos perseguir, guerras iriam acontecer, e tentariam invadir nosso território como sempre fazem. — Olhou para a frente, firmando a vista no horizonte. — Estou cansado de guerras, todos por aqui estamos.
— É compreensível... — Novamente relaxo os músculos da face. — Embora que as disputas por território sejam consideradas “divergências políticas” por toda a Europa, não acredito que seja apenas por isso, guerras ao meu ver, não fazem o menor sentido, veja: você não concorda com algo ou faz inimizades, daí coloca inocentes em um campo para batalhar contra outros, para que se matem e no fim, o lado que mais tirar vidas inocentes é aquele que está certo?
— Sim, é exatamente isso. — Sorriu. — Porém, além da enorme disputa por um poder que sequer existe, mas há muitas coisas envolvidas numa guerra: ego, ganância, inadimplência, mentiras, traições, falsas esperanças, e muito, muito mais além... — Ergueu a mão para me ajudar a descer uma pequena ladeira, que nos levaria ao lado norte do castelo. — Dê ao homem uma falsa sensação de poder, e veja-o libertar todos os demônios que estão aprisionados no interior de seu ser.
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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...