EPÍLOGO
Drácula Para Sempre (III)
★ ★ ★
Eddie abriu os olhos e já não estava mais em meio a uma tempestade violenta e assustadora, aquele cenário era o completo oposto, ele tinha a impressão de que já havia o visto antes, porém não conseguia pensar em nada no momento, estava confuso demais e tentando entender como e quando chegou ali.
— Eddie?
Seu nome foi chamado por uma voz doce e que soava como um eco, e que também lhe era totalmente familiar, o fazendo olhar para trás imediatamente e quase cair para trás de espanto.
— Lucy? – Respondeu aturdido.
A mulher de porte médio, de cabelos ruivos-cereja, e um sorriso que parecia resplandecer, agora estava parada em sua frente; o vestido branco e longo que arrastava na grama, delicado e lindo, assim como ela, mais parecia um anjo, e talvez realmente fosse, Eddie chegou a essa conclusão no momento em que questionou:
— Eu estou morto?
— Ainda não, há um limite entre os dois mundos, onde oscila entre a vida e a morte, e você está no meio dos dois, aqui.
Abriu um poucos os braços, indicando à sua volta, onde Edward pôde observar melhor, e agora as coisas começaram a fazer sentido, e aquele lugar tão familiar, foi se tornando cada vez mais reconhecível: era o jardim da família Von Arco, lugar favorito de Leonora, e onde ela e Eddie passavam as tardes jogando xadrez e conversando sobre a vida (ou pelo menos o que pensavam que sabiam sobre ela) e depois que ela se foi, ele havia retornado lá algumas vezes, mesmo para ficar sozinho com seus próprios pensamentos, e se tornou um dos lugares mais importantes no qual ele pensava frequentemente.
— Lucy, eu não entendo. – Disse depois que terminou de observar. — Por que estou aqui? Por que você está aqui?
— Uma resposta de cada vez, querido.
Disse ainda sorridente, e passou por ele, segurando em seu braço, e indicando com a cabeça para que ele a acompanhasse, o mesmo assim fez, e aguardou pacientemente até que chegassem ao grande gazebo no qual ficava bem no meio do jardim, ele não conseguia ver a mansão da família, era como se não existisse ali, apenas aquele espaço do qual ele tinha as melhores lembranças da melhor amiga.
— Você se lembra da primeira vez que nos vimos?
Ela lhe perguntou assim que se sentaram em um banco largo de madeira que ficava de frente para a fonte que jorrava água, mas não haviam pássaros se refrescando como de costume.
— Sim, claro, o jantar de apresentações logo que voltei de viagem. – Respondeu e em seguida olhou para as próprias mãos. — Você estava linda e bem arrumada, certamente não fui apenas eu quem reparei, todos os cavalheiros presentes faziam questão de me dizer o quão sortudo eu era por ser o pretendente ideal a tê-la como noiva.
Ela deu uma pequena risadinha, e ele acabou sorrindo um pouco também.
— Sabe qual foi a primeira coisa que pensei quando o vi? – Ele negou. — Este rapaz a qual minha mãe me apresenta, é tão bonito e charmoso quanto um galã de cinema, mas é tão tímido e recatado quanto um devoto cristão. Eu tive certeza que você era o príncipe que havia saído dos contos de fadas que eu costumava ler quando menina. – Eddie tirou os olhos dela, fitando as próprias mãos unidas. — E foi por isso que me apaixonei por você à primeira vista.

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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...