CHAPTER XXXIX

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CAPÍTULO TRINTA E NOVE
  

Uma Carta-surpresa.
 

★ ★ ★

 
Eddie o acompanhou até o corredor que ficava à esquerda da escada, e nela ele abriu uma porta que sempre ficava trancada, e que Eddie até então não sabia do que se tratava, e era justo lá que ele guardava seus artefatos e objetos valiosos, também havia um estoque inteiro de rosa silvestre e essência de Verbena, ele abriu um armário, tirando dela dois frascos de vidro, balançou um pouco, e depois estendeu para si, Eddie estava olhando em volta, quando se voltou a ele, e olhou para os dois frascos, por mania, ia perguntar, no entanto Tozier já estava irritado o suficiente, e agora aparentando estar preocupado.

— Beba uma, e o outro passe como se fosse perfume em todas as áreas vitais do seu corpo.

Eddie abriu a tampinha do primeiro frasco, cheirou e tinha realmente um odor de planta, então virou de uma vez, sentindo um amargo horrível, que quase o fez regurgitar tudo de volta.

— Isso... – Ele disse lhe entregando o outro. — Respira pela boca, assim não sente muito o gosto.

Obedeceu, e logo abriu o segundo frasco, e começou a passar o líquido transparente em si mesmo, no pescoço e nos pulsos.

— Está bom assim? – Disse assim que terminou.

Richie se aproxima, o segurando pelos pulsos, ele ficou totalmente imóvel e seu corpo rígido, ainda mais quando o mesmo se curvou e aproximou o rosto de seu pescoço, de modo que Eddie fechasse os olhos  na mesma hora e esperasse pelo pior, mas tudo que ele disse, foi:

— Está, não consigo sentir seu cheiro, então ele também não vai sentir, e se caso tente qualquer gracinha, há rosa silvestre no seu sangue, e vai ser o mesmo que veneno a ele. – Se afastou novamente.

— Me permite perguntar agora?

— O que é?

— O Sr. Denbrough está vindo pra cá, certo?

— Sim, deve chegar daqui a pouco.

— Mas por que está tão apreensivo, Conde? Ele com certeza não tentaria nada contra mim tendo o senhor aqui.

Richie balançou a cabeça em negatividade.

— Você não o conhece Edward, e certamente não deve nem imaginar as coisas que o Denbrough já tentou fazer contra mim, todo cuidado é pouco, e existe um problema ainda maior agora... – Engoliu saliva e se afastou, assim continuou: — Stanley morreu nas minhas mãos, e ele sabe que foi por minha causa, assim como sabe que eu poderia tê-lo salvado.

— Mas você ia, não ia?

— Sim, porém o Denbrough não aceitará isso tão fácil, acho que... Ninguém aceitaria saber que o amor da sua imortalidade se foi nas mãos de alguém que poderia ter feito algo, eu com certeza nunca me conformaria, e ele pensa exatamente como eu, por isso eu estou me precavendo, sei que aquela simpatia toda dele é montada, ele está sofrendo, e quando ver você... – Passou a mão pelos cabelos — Eu sei que ele vai pensar em algo, já tentou antes sem nenhum motivo, quem dirá agora.

— Posso me esconder, ficarei quieto, ele nunca saberá que estou aqui.

— É uma péssima ideia se esconder, e se caso eu fizer isso, só vai dar ao parecer que tenho medo dele, ou que você ainda é alguém muito importante pra mim, o que não é verdade pra nenhum dos dois. – Eddie abaixou o olhar — Então continue fazendo seu trabalho, e nem pense em responder qualquer provocação vinda dele.

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