CAPÍTULO VINTE E OITO
O Humano.
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Drácula havia adormecido, e sequer havia se dado conta disso, só sabia que era bom aquela sensação, não precisava pensar em nada, agir, falar, existir...
— Chee? – ele lhe balançou — Chee, acorda! Acorda, por favor! – abriu os olhos de repente, se deparando com ele em cima de si, lhe sacudindo fortemente.
— H-Hum? O que foi? – Piscou várias vezes seguidas.
— Acho que tem alguém aqui, eu ouvi barulhos, e-
— Ssh! – pediu silêncio, aguçando os sentidos, Eddie saiu de cima de si, assim ele levantou, sentando-se na cama.
Houve um silêncio ensurdecedor, que se estendeu por quase um minuto, quando Richie olhou na direção da porta, agarrou Eddie fortemente, no mesmo momento que ela foi escancarada, fazendo o mais novo pular de susto, em seguida, Egon Björn Orlok passou por ela, seguido de mais três vampiros: Samwell Domhnall, Agnes Rowena, e William Denbrough, claro, afinal, quem os levaria até ali, senão ele?
— Ali está ele, eu disse, um humano. – William aponta com a voz carregada de ironia, e um sorriso maldoso que até o diabo se orgulharia.
— Mas o que está havendo aqui?! Como invadem minha propriedade sem nem ao menos serem convidados? – Richie disse em um tom de irritabilidade, mantendo Eddie contra si.
— Nós recebemos uma denuncia grave ao seu respeito, Drácula, e viemos ver pessoalmente, para que não houvesse engano. – Disse o Nosferatu, em seguida olhou para o rapaz. — Estás mantendo um humano em teu castelo, e estás se relacionando com ele, indo contra todas as leis! Infelizmente não há o que fazer, o pegamos em flagrante.
— E o que vão fazer? Me prender? – gargalhou totalmente irônico, depois olhou para cada um ali, principalmente para quem denunciou, e sua raiva duplicou: — Considerando quem sou, desejo sorte a quem tentar!
Ele respondeu:
— Não tentaremos nada, sabemos muito bem de sua força, e resistência, mas confiamos que estejas ciente do crime que está cometendo e se entregue por ti próprio, não terás outra alternativa, este humano, aquém tanto proteges, sabe sobre nós, soubemos até mesmo que enfrentou Denbrough, isso nos mostra claramente que ele não nos teme, e sabemos também que, há uma explicação para isso, e tu, conde Drácula, sabes muito bem o que devemos fazer com ele.
— Richie, o que está acontecendo? – Eddie perguntou com a voz trêmula.
— Ninguém tocará nele... – Sua voz soou ameaçadora, ao mesmo tempo que os olhos ficaram quase negros, nesse mesmo instante, um relâmpago clareou no céu através da janela, seguido de um trovejar enfadonho, e nesse instante, Richie se pôs de pé, em alerta, mantendo sempre Edward atrás de si, bem longe do alcance dos demais. — Porque se fizeram isso, meus caros senhores, terão que lidar comigo primeiro, não tenho medo dos meus iguais, não há nada do qual eu não saiba também, se for preciso enfrentar qualquer um de vocês, eu farei!
Orlok por sua vez, riu-se, respondendo-o da maneira mais neutra possível, os olhos que possuiam centanas de anos amais que Richard, o fitavam intensamente, no modo que qualquer um ali presente soubesse que, caso houvesse realmente um conflito, teria o mesmo impacto que uma guerra civil, visto que, isso dividiria totalmente os vampiros de todos os clãs do mundo, e não importa quem vencesse, isso apenas seria o início de uma longa e sofrida batalha sangrenta.
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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...