CHAPTER XXVII

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CAPÍTULO VINTE E SETE

 
A decisão Final.
 

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Edward levou cerca de trinta segundos para que sua mente pudesse completar o carregamento daquele pedido, mesmo assim, não conseguia acreditar, Drácula, com seu impenetrável coração, estava ali, confessando que lhe teve um “imortal e absoluto” e mais, estava pedindo para lhe transformar em vampiro. O que lhe levou a crer que:

— Espere, você quer que eu me torne que nem as garotas? Seu “noivo”? É por isso que quer me transformar?

Tozier deu uma gargalhada sem muito exagero, balançando a cabeça em negatividade, adorava tanto a ingenuidade dele. Segurou o rosto choroso do rapaz com as duas mãos, de modo que as bochechas ficassem salientes, dando-lhe um selinho, e respondendo:

— Não, Eds, não quero que seja meu noivo... – Abraçou sua cintura, o trazendo pra mais perto ainda. — Quero que seja meu marido, primeiro, e único.

Eddie arregalou os olhos, sentindo o coração bater descompassadamente.

— Mas... Como? Dois homens não podem se casar!

— No seu mundo sim, no meu... Bem, o que eles vão dizer? Que é pecado? – disse irônico, rindo em seguida. — Se aceitar, o tranformarei assim que pisarmos na América, infelizmente não é mais seguro aqui, e o processo leva um certo tempo, não temos tanto tempo assim. – Uniu as mãos, entrelaçando os dedos. — Se me aceitar, Eds, não terá que se preocupar mais com nada, porque terá tudo que quiser... – O beijou novamente — Tudo que me pertence, o pertencerá igualmente, terá de mim o que desejar, tudo que precisar, principalmente minha confiança e lealdade, serei para sempre seu.

Eddie ainda estava embasbacado, com certeza jamais passaria pela sua cabeça que um momento como aquele aconteceria, sabendo de todas as coisas que Richie pode perder com aquilo, estava confuso, é claro que grande parte de si queria aceitar sem nem pensar duas vezes, em contrapartida, uma pequena parte ali do seu cérebro — a mais racional, ou talvez influenciada por sua proteção — o fazia pensar melhor, sem contar que, havia outra coisa que precisava resolver, afinal de contas, ele ainda está desaparecido para a sua família, e se caso deixar sua humanidade para trás, terá que sumir para sempre, principalmente quando forem para a América, e Eddie não queria ir sem antes se despedir deles, por isso, disse-lhe o seguinte:

— Chee, espera, eu... – Afastou-se, saindo do colo dele e olhando para baixo. — Eu preciso pensar um pouco, okay?

— Como assim? Você não quer? – as sobrancelhas ficaram retas, e uma pequena ruga se fez na divisa entre elas.

— Não é isso, olha, eu também quero ficar com você, para sempre, mas...

— Mas...?

— Mas preciso resolver algo que ainda está entre nós.

— O que seria?

— Minha vida em Munich, e minha família. – Olhou pra ele, Richie travou a mandíbula, desviando o olhar.

— Pensei que já havíamos resolvido isso, você já não os pertence mais, o que ainda temos que resolver sobre isso?

— O fato de que nunca mais mandei notícias...? De que embarquei a trabalho, e já fazem meses que não voltei? Eles devem estar muito preocupados, minha mãe então? Não quero nem pensar! E eu também quero notícias do meu pai, afinal, assim que vim, ele estava muito doente, preciso saber se melhorou.

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