CHAPTER XXIV

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CAPÍTULO VINTE E QUATRO
 

A Declaração
E a Visita Indesejada.
 

★ ★ ★
 

Edward não conseguiu encontrar uma resposta, que fosse boa o suficiente, para aquilo que Richard havia dito. Desse modo apenas sorriu, levantando-se um pouco mais, e unindo seus lábios no dele, já se sentia bem à vontade para tomar a primeira iniciativa de beijá-lo.

Ele retribuiu no mesmo momento, segurando sua cintura e lhe puxando para cima de si, agarrou atrás de sua cabeça, fincando os dedos em seus cabelos, ao modo que Kaspbrak aprofundasse o atrito entre as bocas, transformando o selar em um beijo mais intenso e muito bom. Este durou muito mais que todos os outros que deram, agora o fôlego já não era mais tão limitado assim, ele conseguia manter por mais bem mais tempo, e ao finalizarem, Eddie o abraçou fortemente.

— Hey? O que foi? — Richie questiona após ficarem um tempinho assim.

— Não é nada... É que eu senti sua falta, parece um sonho você estar aqui.

Richie sorriu.

— Eu também senti sua falta.

— Sério? Sentiu mesmo? — Eddie o olhou de cima.

— Sim, com certeza. — Acariciava as bochechas rosadas e fofas.

— Chee, quero te dizer uma coisa. — Mordeu os lábios nervoso.

— Diga.

— É que... — Ficou em silêncio quando a coragem se esvaiu, não conseguia manter a postura quando Richie ficava o encarando tão de pertinho, sentia que nunca se acostumaria com o olhar intenso dele sobre si, como se lhe lêsse por dentro. — Ah, esqueça.

— Não, o que houve?

— É besteira...

— Diga mesmo assim, por acaso é algo que vai me deixar bravo?

— Não sei...

— Pois você vai descobrir agora, anda, fale logo! — O instigou, porém Eddie ficou quieto. — Eddie, o que foi? — Já estava começando a ficar nervoso. — Edward-

— Eu te amo!

O calou, houve um silêncio considerável, tais estes que fizeram o rosto dele enrubescer novamente.

— O quê?

— Viu? É besteira, eu disse... — Suspirou.

— Não acha que é um pouco cedo pra isso? Considerando o tempo que nos conhecemos, é praticamente nada.

“Praticamente nada...” sua mente repetiu, foi como levar um golpe por cima do estômago.

— Pode ser, mas não é como se pudesse evitar, me desculpe.

— Hey, não precisa se desculpar, eu não tô bravo, é só que... — sorriu um pouco sem graça — Acho que ainda é cedo para definir o que sentimos, no meu ver.

— Eu li nos livros que não existe tempo para sentimentos, eles simplesmente acontecem no momento que devem acontecer. — Deu-se de ombros.

— Livros em sua grande maioria são fictícios, Eddie, eles contam histórias lindas, porém na maioria das vezes, não são nada parecidos com a realidade... Não se ama uma pessoa em tão pouco tempo.

— Então acha que estou alucinando esse sentimento?

— Não! Não disse isso, é só que... Não pode esperar que eu diga que sinto o mesmo, como eu disse, é muito cedo para pensar nisso.

DRACULAOnde histórias criam vida. Descubra agora