CAPÍTULO TRINTA E CINCO
“Felizes Para Sempre.”
★ ★ ★
O incêndio do Castelo Drácula ficou conhecido por toda a Europa, cinco corpos apenas foram encontrados, porque o resto foram todos carbonizados junto com tudo que ali havia, e principalmente chegou a conhecimento de todos os outros vampiros, e abalou as relações e tratado de paz na Ordem do Dragão.
Porém a pergunta que não queria calar era: O que houve com o Conde Drácula?
Os boatos que corriam, era que ele estava entre as vítimas, outros diziam que seu corpo foi tão afetado pelo fogo, que se desfez em cinzas, por isso não o encontraram, outros mais supersticiosos diziam que ele era tão perverso e cruel, que foi diretamente para o inferno com o corpo físico mesmo. A tragédia foi apelidada de “A Noite Cinzenta Da Transilvânia” devido a fumaça e cinzas que foram encontradas no dia seguinte em meio aos destroços e ruínas do castelo.
Ainda no 5° dia de setembro, Eddie estava debruçado sobre sua cama, havia sido levado de volta após a tentativa de fugir daquele lugar, o jornal que continham algumas dessas informações — pelo menos as que foram divulgadas para a impressa — estava ao seu lado, ele lia e relia o tempo inteiro, desacreditado do que estava escrito ali, os olhos fixos na imagem de péssima qualidade, estavam molhados por lágrimas incessantes.
Seus dias naquele lugar consistiam em: ser submetido a exames rotineiros básicos, e descer até o andar mais inferior de todos para que a Bruxa presa lhe avaliasse com mais precisão, eles estavam lhe tratando como louco, queriam fazê-lo recuperar uma consciência que simplesmente não existia, Eddie sabia sobre tudo que estava sentido, e sabia que nada daquilo era ilusório, ele amava Richard, Drácula, ou chame como quiser, ele era o amor da sua vida, e era com ele que queria passar a eternidade, mas agora estava perdido, sem nenhuma direção a seguir.
Quando o medalhão se rompeu, e a Pedra Dos Vampiros desapareceu, ele sabia que algo de muito ruim havia acontecido com Richie, era o seu sangue e o dele que estavam ali, mas escorreu entre seus dedos, e alguma coisa dentro de si mudou naquela noite. Antes de desmaiar, conseguiu ouvir a voz de Richie, e ter uma visão bem rápida dele em meio aos destroços, seus olhos vermelhos-carmin refletiam as chamas, ele estava deitado em um chão escuro e faíscas acesas caindo contra seu rosto, ele não se movia, e Eddie não tinha certeza se aquela foi a visão de sua morte.
Ele era assombrado constantemente por aquela imagem, e cada hora que passava, só desejava ainda mais atirar-se de qualquer ponto alto e morrer de uma vez por todas.
A porta se abriu.
— Eddie? – Ouve a voz do Dr. Seward, era ele quem estava responsável pela sua recuperação, ele não viu Jonathan Harker desde que retornou da caçada, nem os demais, nem quer, saber que foi ele quem causou tudo aquilo, lhe fazia se sentir ainda pior. — Está na hora de descer.
Ele limpou o rosto, e ergueu a cabeça para trás, o homem mais velho, de aparência mórbida e cansada estava lhe esperando, com as mãos no bolso, e com a mesma paciência de sempre. John Seward não era um sujeito ruim, nenhum deles era, a intenção dos caçadores era até boa – Eddie sabe que sim, uma parte de si, aquela regida pela marca do Sagrado Cordeiro – entende perfeitamente todos eles, mesmo que ele não queira, ele ainda faz parte dessa associação. Ele odiava tudo isso. Odiava cada segundo que passava ali.
— Bateria de exames de novo? – Perguntou ainda se levantando.
— Serão poucos, apenas os rotineiros, queremos ver como os antídotos estão se comportando no seu corpo, ainda está se recuperando, e precisa estar saudável.

VOCÊ ESTÁ LENDO
DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...