CHAPTER XLVII (FINAL)

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CAPÍTULO QUARENTA E SETE

  

(PARTE II - FINAL)

  

A Última Viagem do Deméter.

   
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Diário de Bordo do Capitão Eliot.

  

De Hamburgo para Trieste.

Escrito em 30 de Agosto. Terminamos de trazer a carga a bordo, areia branca e caixas de terra. Partiremos amanhã às 4:15 da manhã, no primeiro horário comercial do dia. Vento leste, fresco. Tripulação: cinco homens... Dois imediatos, um cozinheiro e eu mesmo (capitão).

   

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Ainda na madrugada do dia 1 para o 2 Setembro, ouvi barulhos estranhos vindo do porão em que estão as mercadorias, mandei um de meus imediatos ir verificar, e por enquanto está tudo bem.

  

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2 de Setembro. O segundo imediato até agora não retornou, mas não tenho tempo para me preocupar com isso, preciso zarpar agora mesmo, e que Deus esteja conosco!.

   

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A buzina alta e grave do navio cingiu o ar, despertando Eddie do cochilo que havia conseguido dar após uma madrugada inteira em claro. Ele olhou assustado para cima, então um balanço forte o fez se segurar em um caixote que estava ao seu lado, o navio embarcaria uma hora mais cedo que o previsto.

— Oh, não...  – Disse fechando os olhos.

Ouviu um barulho vindo da escada, alguém parecia estar entrando, ele se arrastou para trás, esperando pelo pior, contudo, ouviu uma voz diferente dizendo:

— Ah, céus! Que lugar sinistro, por que eu tenho que sempre fazer o trabalho mais difícil? Eu preciso de um aumento! – Um jovem esguio e desajeitado procurava entre as muitas caixas e tinha uma lamparina em mãos.

— SOCORRO! – Eddie gritou do outro lado, assustando o rapaz que quase derrubou a lamparina. — ME AJUDE! 

— Quem está aí? – Ele perguntou iluminando melhor. — Olá?

— AQUI! EU ESTOU AQUI! 

Disse fazendo barulhos com a corrente, o jovem apareceu, o olhando assustado.

— Santa mãe de Deus! Quem colocou você aí desse jeito? 

— Me tire daqui, por favor! Temos que aproveitar enquanto ele está ausente, tem que ser rápido! Não posso viajar, me ajude!

Colocou a lamparina no chão, e correu até ele, segurando as correntes que o guiaram até os grilhões.

— Ah, espere, eu devo ter alguma coisa aqui... – Levou a mão até a cintura, onde vestia um cinto segurança cheio de ferramentas. — Sua sorte é que eu tenho algumas michas de cadeado porque sempre temos cadeados sem chave por aqui. – Riu.

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