CAPÍTULO TRINTA E SEIS
Juntos Para Sempre.
★ ★ ★
Munich, Alemanha.8 de Março de 1899.
(2 anos depois)
Eddie caminhava pelas ruas frias e congeladas de Munich, a temperatura estava fazendo cerca de 9°C, e ele estava voltando do recém-vendido jornal H. K News, onde havia terminado de assinar a papelada que passava todos as ações que herdou do pai para o tio Albert, esse foi um acordo que teve com sua mãe, Edward havia perdido completamente seu interesse pelo jornalismo, embora fosse formado e tivesse tido pouco tempo de carreira, ele agora estava se dedicando nos estudos de língua estrangeira, e pretendia se formar em Literatura Inglesa, passando a atuar como professor muito em breve.
O que mais poderia desejar da vida? Estava agora com vinte e dois anos, casado há um ano e três meses com Lucy Westenra, alguém que já estava nos planos dos pais apresentá-los antes mesmo da viagem de Eddie a Transilvânia, mas como eles ainda estavam em transição da Inglaterra para a Alemanha, acabaram não se encontrando. Lucy é uma moça de cabelos ruivos bem avermelhados, ela é doce e gentil (apesar de possuir um comportamento bem vulgar na maioria das vezes) mas ela é refinada, tem todos os atributos e beleza que um rapaz poderia desejar em uma esposa, eles se casaram cerca de três meses depois que se conheceram.
Se existia ou não amor envolvido, não importava para Eddie, ele se casou para gerar um herdeiro, e sabia que com o passar do tempo, ele poderia vir a gostar de Lucy de verdade, quem sabe um dia amá-la da forma que ela sempre sonhou. Ele está há 1 ano e três meses tentando se convencer disso, e ainda no começo desse ano, ela lhe deu finalmente a notícia de que está grávida, após três abortos. Então sua parte do acordo estava cumprida.
Eddie se martirizava por não ter aquele como o momento mais feliz de sua vida, desde pequeno ele sempre fantasiou que quando fosse pai, seria sua maior alegria, seria o melhor pai que uma criança poderia ter, que nem sei pai lhe criou, embora tenha sido apenas uma cobaia nas mãos dele, ainda sim, Frank nunca foi um pai ruim para si, ele lhe educou e lhe deu amor na medida do possível, mas Edward dizia que seria melhor... Bem, ele vai tentar ao máximo. Uma esposa bonita, uma família construída, uma boa estrutura. O que mais poderia querer? Estava com a vida perfeitamente alinhada. Não era assim que as coisas funcionavam? Bem, ele não poderia e nem tinha direito de se queixar.
Entrou em casa, retirando a grossa camada de roupa coberta de neve, pendurou o casaco e esfregou os braços de frio, desejava ir para a lareira mais próxima para se aquecer, então anuncia sua chegada:
— Lucy? Está em casa? – Chama, e logo ela vem em seu encontro, com a mesma alegria e disposição, sua barriga já está começando a aparecer, ficando mais salientada.
— Oi querido! Que bom que chegou. – Lhe deu um beijo, ela era pouca coisa mais baixa que ele.
— Me perdoe pela demora, eu disse que seriam muitos papeis a assinar.
Afastou-se, ele ainda ficava sem jeito quando ela se aproximava, o que era estranho, ele deveria se sentir confortável, era alguém que morava com ele, dividia uma vida, mas sempre sentia como se ela fosse uma estranha, ou ele fosse, não sabe ao certo, e mal teve tempo de pensar nisso, quando ela responde:
— E como foi lá? Deu tudo certo?
— Sim, a partir de hoje eu não tenho mais nada a ver com aquele jornal.
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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...