CAPÍTULO TREZE
O Diário de
Edward Kaspbrak XVI(Continuação)
20 de Maio.
Fui acordado mais cedo que o normal, Stanley havia me dito que Drácula exigiu minha presença no café da manhã, e isso me pegou de surpresa, pois ele nunca fica no castelo logo pela manhã, então eu me arrumei e fui.
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21 de Maio.Igualmente ontem, eu novamente acordei mais cedo, e ele também estava presente, não só nessa, como em todas as minhas refeições. Eu me sentia mais vigiado ainda, como um infermo que precisa de atenção o tempo inteiro, isso me deixou bastante incomodado, visto que não trocamos uma só conversa, ele apenas ficava ali, lendo um livro, sequer olhava pra mim, ou falava alguma coisa, e orgulhoso do jeito que sou, também não queria puxar assunto com ele.
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22 de Maio.Hoje o sol resolveu dar o ar da graça, não vi Drácula quando desci para tomar café, já imaginei o porquê, então Stanley havia me informado que ele deixou ordens para que eu pudesse sair lá fora, e que ele seria meu acompanhante; faríamos um passeio pelo jardim imenso do castelo, que nunca havia parado para reparar no quanto era bonito, e bem cuidado.
Stanley me dissera que ele era encarregado de zelar por aquele lugar, dado que era o favorito do Conde Vladtepes, e que Drácula fazia questão de mantê-lo sempre muito bem cuidado, da forma que o avô gosta. Eu explorei cada parte dele, vi diversos tipos de flores diferentes, tive que insistir muito para que Stan me deixasse ajudá-lo a cuidar das rosas, e aquela foi a primeira vez que minha pele recebeu a luz do sol em tantos dias, e que fiz uma programação diferente, pode não parecer grandes coisas, todavia, fora o suficiente para me deixar mais bem-humorado.
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23 de Maio.
Outro dia insolarado, não vi Drácula outra vez, ainda na noite anterior, ele também não havia aparecido para me fazer companhia no jantar, eu me recolhi cedo, e por incrível que pareça, peguei no sono bem rápido.
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24 de Maio.Finalmente desenfaixei o meu braço, e ele estava curado, abri e fechei a mão várias vezes, e não senti um incômodo sequer, nem mesmo estava mais inchado, parecia que eu nem havia fraturado, algo bem estranho, visto que fraturas de alguma forma, sempre causam sequelas, no entanto, agradeci a Deus por não ter ficado com nenhuma, aquilo foi um verdadeiro milagre ao meu ver.
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25 de Maio.
Mais um dia que não vejo Drácula, eu sei que deveria estar feliz, afinal ainda não o suporto! Em contrapartida, aquilo já estava começando a me incomodar, pois de alguma forma, eu sentia que tinha algo a ver com isso, eu sei que pode parecer super bobo da minha parte, mas não consigo tirar isso da cabeça, da última vez que o vi, fora há três noites atrás, e foi de relance, enquanto estava saindo do meu quarto, e ele passou pelo outro corredor, aparentando ter saído de seu escritório particular, nem ao menos olhou para trás, por mais que eu saiba que notou minha presença.
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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...