CAPÍTULO QUARENTA
Sangue, Vinho & Paris.
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Yorkshire, Inglaterra.16 de Novembro de 1899.
Mais uma semana havia se passado, e agora Eddie se via imerso a uma rotina completamente exaustiva e difícil, seu trabalho agora tinha que começar antes das seis da manhã, e se estender até as onze da noite, e tinha que consolidar cada serviço com o horário certo e o tempo certo para conseguir realizar tudo no mesmo dia, parecia impossível, principalmente se tratando de uma mansão, e também considerando que: tudo tinha que ser perfeito, caso o contrário teria que refazer tudo de novo, e de novo.
E não tinha tempo mais para nada, nem pra se alimentar corretamente, já que só tinha trinta minutos para cozinhar e ainda comer, isso era humanamente impossível, por isso optava por lanches rápidos, e de noite, estava tão cansado e exaurido, sem disposição nenhuma pra nada, que após o banho, só se jogava na cama e apagava completamente, tem dormido de barriga vazia durante todos esses dias, consequentemente acordado com cada vez menos energia, mórbido e esgotado. Nem mesmo a carta de Stanley conseguiu ler ainda, visto que não seu tempo era praticamente nulo, e as seis horas que tinha de sono, ele não conseguia fazer nada além de realmente dormir.
Neste momento, ele estava limpando o escritório de Richie, enquanto passava aspirador pelos cantos onde não conseguia limpar sozinho, e enquanto isso, o mesmo estava sentado falando ao telefone, enquanto discutia sobre a nova estratégia de vendas para o natal, ou talvez contratação dos novos funcionários, Eddie não sabia ao certo, e tampouco se importava.
— (...) Folga nos feriados de ano novo? Ah, é óbvio que tem meu apoio Lawrence, você sabe que eu sou a pessoa que mais é a favor dos direitos do trabalhador.
Eddie o olha.
O tal Lawrence disse alguma coisa que o fez dar uma risada forçada, e concordar, Eddie levemente balançou a cabeça em negatividade, continuando a fazer seu serviço e tentando ignorar a hipocrisia de Tozier para com seus sócios, só queria acabar de uma vez e correr para ver a lista de afazeres, que pelo o que se recorda vagamente, ainda tinha chão pra varrer, o jardim para limpar, e ainda tinha que arrrumar a cozinha, estava se sentindo muito fraco, havia tomado café às pressas e não comeu mais nada além de uma fatia de pão com geleia, e um copo de leite quente.
— Hm, certo, conversamos melhor quando eu chegar aí mais tarde... É, sim, com certeza, estou muito animado para ver essas suas ideias, hm... Até mais tarde! Tá, tchau, tchau! – Bateu o telefone, logo desfazendo o sorriso, e revirando os olhos. — Puta que pariu, achei que não ia parar de falar nunca.
Eddie terminou de aspirar debaixo das duas poltronas, e assim desligou o aparelho, e assim recolheu-o.
— Ei, ei, onde você vai? Já terminou de limpar aqui por acaso? – Disse quando o viu indo na direção da porta.
— Sim.
— Tudo? Porque estou vendo aquela mesinha de apoio ali cheia de restos de poeira, se fosse humano eu já teria tido um ataque de rinite.
Apontou, Eddie olhou e deu um suspiro leve, deixando o aspirador na porta para assim pegar a flanela presa em seu ombro, afastou o vaso decorativo que estava no centro dela, e começou a passar o paninho por cima, não via nenhuma sujeira, e tinha certeza que ele fazia isso de propósito, só para lhe ver limpando a mesma coisa por duas ou mais vezes seguidas. Assim foi se levantar, seu cotovelo foi de encontro com o vaso, que para o seu azar, estava bem na ponta da mesa, e ele não conseguiu segurá-lo a tempo, o objeto espatifou-se em dezenas de cacos ao tocar o chão, espalhando os cacos e as britas que estavam dentro dele para todo o lado, Eddie não conseguiu conter um palavrão involuntário que escapou da boca, entrando em desespero.
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DRACULA
Vampire"Sínico, atraente, e temível. Creio que, essas sejam as definições perfeitas para aquele que é conhecido formalmente como: 'Conde Drácula', do qual não se trata de um Conde como outro qualquer, mas sim; de um ser sobrenatural que foge completamente...