Perdido

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Oie :)

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Boa leitura <3

(...)

– Ficou sentido do fora que ele te deu, não foi? – Sean questionou provocando Yok que revirou os olhos em negação.

– Sabe que eu não ligo pra esse tipo de bagulho, Sean – respondeu recostando-se sobre a moto – Mas se eu tivesse uma oportunidade de pegar.. eu acabava com ele – afirmou pegando a carteira de cigarros de seu bolso.

– Você e suas loucuras de pegar qualquer um, já te falei que isso vai dar merda algum dia – Sean alertou preocupado.

– Vai nada – Yok afirmou oferecendo o fumo para o casal.

– Você sabe que eu não fumo, Yok – White lembrou empurrando a carteira para longe.

– Sei lá né! Vai que decide experimentar – brincou colocando o cigarrete entre os lábios acendendo-o logo após.

– Ta e como tu vai descobrir o nome do cara? – Sean questionou puxando o isqueiro das mãos de seu amigo.

– Cê sabe que quando eu quero uma coisa eu acho – lembrou soltando a fumaça que prendia.

Aquilo era realmente verdade. Quando ele determinava-se à encontrar algo, ou, alguém, ele sempre conseguia.

E, também, não seria difícil descobrir o nome do rapaz. Provavelmente Namo seguia-o em alguma de suas redes sociais.

– Eu vou vazar, tenho coisa pra resolver, té mais – despediu-se vestindo o capacete enquanto jogava a bituca quase inteira sobre o chão – E diz pro teu irmão parar de se meter em confusão com o Gram, daqui a pouco eles vão estar igual à vocês dois – brincou apontando para o casal que mantinha-se abraçado.

– Tu sabe que o Gram tá caidinho pela Eugene – White retrucou com uma feição descontente.

– É, igual teu namorado tava pela Namo – Yok provocou sorrindo deixando-os para trás.

Seguia até sua casa não conseguido parar de pensar no ajudante da garota. Cada detalhe que pôde captar nos poucos minutos em que esteve perto à ele estavam frescos em sua memória.

Estava decidido à fazê-lo ceder para si. E não descansaria até conseguir o que almejava.

Ao chegar em casa cumprimentou sua mãe rapidamente e seguiu até o quarto.

O único compromisso que realmente tinha era descobrir a identidade do desconhecido, toda a pressa que o tomava tratava-se apenas do desespero para finalmente saber o nome do rapaz que tanto chamou sua atenção.

Colocou o celular sobre a bancada ao lado de sua cama e jogou-se na cadeira de seu computador.

Antes de finalmente dar início à sua busca, pegou seus "utensílios especiais" para que pudesse relaxar em meio à sua procura.

De dentro da mochila que antes carregava, retirou a erva que portava separando uma quantidade pequena que era mais que o suficiente para trazer o relaxamento que ansiava.

Enquanto à dichavava buscava no navegador as redes sociais de Namo.

Rolava sobre todos os seguidores da garota em busca de qualquer perfil do rapaz. Adentrava em todos os que não haviam foto, ou usavam fotos de paisagem.

Mas não obteve sucesso em sua primeira busca.

– Quem não usa Twitter em pleno 2023? – resmungou ajeitando a erva sobre o papel fino que a enrolava.

Antes de continuar sua procura, terminou de bolar o baseado e logo pôde puxar a fumaça densa para dentro de seus pulmões.

Enquanto segurava-a dentro de seu peito, adentrou perfil de outra rede da garota, para que pudesse continuar a vasculhar em busca do desconhecido.

Apesar dos muitos seguidores que Namo tinha, encontrá-lo no Instagram foi mais fácil do que Yok havia imaginado.

Uma foto de ambos em um bar com a marcação do perfil do rapaz com certeza havia sido uma ajuda da garota para consigo.

– Te achei, Ayan – murmurou sorrindo enquanto umedecia os lábios deixando o vapor sair por entre eles.

Recostou a cabeça contra a cadeira empurrando-se minimamente para trás observando os desenhos que havia sobre o teto.

Ali questionava-se se seria uma má ideia ir até o pub onde estavam.

Ayan não parecia receptivo com suas investidas, talvez sua presença estressasse-o mais do que o interessasse.

Mas, definitivamente, Ayan em meio ao estresse ficava incrivelmente atraente.

Suspirou em confusão apertando os olhos já pesados da erva que consumira momentos antes e reclinou-se para dar mais um trago no cigarro fino.

Quando seus olhos bateram contra a tela do computador encontrara o que precisava para fazê-lo ir de encontro à Ayan.

Uma mensagem de Namo convidando-o para comemorar o sucesso que havia sido o evento.

Rapidamente Yok respondeu confirmando sua presença no pub, que, já havia cogitado ir.

Levantou-se em busca de uma roupa decente e logo após banhou-se apenas para tirar o cheiro forte de marola que o infestava.

(...)

Logo ao chegar em frente ao bar, pôde enxergar Ayan de costas para si fazendo-o abrir um sorriso decidido.

Calmamente caminhou até lá com o capacete pendurado em seu braço, tendo seus olhos por todos os momentos fixos no rapaz que parecera nem notar sua presença.

Namo sentada à frente também parecia ignorar sua chegada. Apenas o olhava por algumas vezes para checar se ele os havia encontrado.

Quando finalmente aproximou-se o suficiente, parou sobre as costas de Aye e abaixou-se até o ouvido do rapaz com suavidade fazendo-o tomar um susto.

– Calma, Ayan – sussurrou provocante – É só eu – afirmou sorrindo com a língua entre os dentes.

O baixinho empurrou-o para longe mantendo uma feição irritada enquanto Yok cumprimentava a garota que ria em negação.

O menor não queria acreditar que sua amiga havia o convidado. Ele já tinha dito que não estava interessado pelo magrelo mesmo ela insistindo em que ele era uma boa pessoa.

Definitivamente pessoas marrentas como o rapaz não faziam seu tipo, causava-o apenas irritação.

Não suportava a síndrome do achismo que todos carregavam. Sempre sentiam-se superiores e acreditavam que podiam fazer o que quisessem apenas porquê, em sua grande maioria, eram bonitos.

A única coisa que isso trazia para Ayan era uma intensa irritação junto à um nojo que fazia-o ter vontade de vomitar.

Perguntava-se como Namo tinha amizades como Yok, que parecia ser tão idiota quanto todos os caras que já havia cruzado em Bangkok.

Viu o maior sentar-se ao seu lado ainda com um sorriso no rosto fazendo-o revirar os olhos.

– Eu falei que ia descobrir seu nome, sr esquentadinho – provocou arqueando as sobrancelhas.

Ayan olhou-o com os olhos cerrados e um sorriso falso no rosto desejando apenas que ele voltasse do buraco de onde havia saído.

– Por que você não vai se perder por aí? – questionou em irritação dando um gole longo na cerveja que tomava.

– Posso me perder em você, se quiser –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora