Obsession (YokAyan)

Docinho

Oie :)

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Boa leitura <3

(...)

– Merda! – Thua exclamou ao se deparar com quem estava adentrando o bar.

Rapidamente Wat e Khan levaram o olhar até Aye que estava paralisado próximo à mesa mantendo sua total atenção em Tonhon que ia em direção à uma mesa vaga no fundo do bar.

A voz estridente e obviamente enrolada soou alto pelo ambiente criando ecos na cabeça de Ayan que sentiu sua respiração falhar aos seus olhos encontrarem seu ex namorado.

Em sua mente sirenes de alerta soavam implorando para voltar ao banheiro e trancar-se para permanecer seguro, mas, seu coração ordenava-o à correr para os braços de Yok, criando uma confusão em seu corpo que não sabia à quem obedecer.

Suas pernas estavam dormentes e suas mãos formigavam. A única coisa que pôde sentir naquele momento fôra um grande pânico que tentava não demonstrar.

Sabia que isso viria à acontecer. Sabia das chances de reencontra-lo e, em alguns momentos, imaginou que não se sentiria tão mal. Mas, agora, estar respirando o mesmo ar de Tonhon o deixou pior do que o esperado.

Yok levantou-se da mesa ao perceber o pânico notável que se instaurou na feição de seu homem. Caminhou rapidamente até ele envolvendo-o em um de seus braços puxando-o consigo até a mesa.

– Bê – chamou sentando-o na cadeira onde antes ele estava – Eu estou aqui, tá tudo bem – murmurou tocando leve os fios arrumados de Ayan – Nada vai acontecer – sussurrou sorrindo leve deslizando as digitais pelo rosto do menor numa carícia delicada tomando a cadeira logo ao lado.

Yok precisava acalmar Ayan. Precisava tirá-lo daquele pânico e trazê-lo para a realidade. Agora era o momento exato para demonstrar que, estando em sua companhia, ele estaria seguro de tudo que um dia o fez mal.

Tinha a necessidade de demonstrar à ele que em seus braços não teria de temer nada. Queria deixar claro que estaria ali para defendê-lo e protegê-lo de qualquer um, mesmo que ele acreditasse que Ayan seria capaz disso sozinho.

– Eu tô bem – Ayan contou em voz baixa tentando se convencer de que tudo estava bem.

Era inevitável sentir-se agoniado, mas, esforçaria-se para que aquilo não o afetasse mais. Havia prometido para si e para Yok que voltaria à ser quem era, que tornaria-se mais confiante e que não deixaria que seu passado o atormentasse.

Então, buscou a coragem para reencara-lo em uma respiração profunda enquanto mentalmente dizia para si que aquilo não seria mais um problema, que, agora, tendo Yok estava seguro.

Seus olhos rapidamente voltaram para seu namorado que observava à si atentamente.

Um sorriso leve abriu-se em seu rosto enquanto seu olhar gritava "obrigado por estar comigo".

Sentia-os brilharem sobre os de Yok que transmitiam pura tranquilidade para si.

– Eu tô aqui, nada vai acontecer – Yok repetiu baixinho retribuindo com um sorriso leve – Eu amo você, bê – sussurrou deixando um selar leve sobre a testa de Ayan que focava-se em manter a calma e repetir infinitas vezes que estava seguro.

Os outros presentes na mesa concordavam silenciosamente com as palavras de Yok enquanto mantinham um pouco da atenção sobre Tonhon.

Era nítido que ele havia notado a presença de Ayan ali. O olhar sobre a mesa em que estavam entregava a curiosidade do rapaz.

Viam-o encarar Yok descaradamente enquanto fingia conversar com as outras pessoas que estavam junto à ele.

Ter Tonhon no mesmo ambiente que si deixou Yok irritado. Pegava-se relembrando das confissões de seu namorado e aquilo fazia seu peito doer o suficiente para desejar entrar em uma briga.

E, como já havia dito anteriormente, faria-o implorar por perdão, mas, primeiro, precisava ter a certeza de que seu namorado estava bem.

Enlaçou a cintura do menor em seu braço puxando-o junto à cadeira para ficar mais próximo à si.

– Vocês querem ir embora? Podemos ir para a minha casa – Thua ofertou preocupado com Aye que rapidamente recusou a oferta.

– Não, está tudo bem – afirmou num sorriso leve – Relaxa, foi só um susto – contou tentando tranquilizar seus amigos que estavam nitidamente preocupados.

– Você tem certeza? – Wat questionou – Não precisamos ficar aqui se não quiser – insistiu novamente em preocupação com Ayan.

– Tenho, está tudo bem gente, relaxa – confirmou tomando um gole longo de bebida – Foi só um susto – reafirmou apoiando a cabeça no ombro de seu namorado.

(...)

Ayan realmente havia assutado-se com a presença de Tonhon. Vê-lo novamente após tanto tempo deixou-o nervoso, mas, como sempre, Yok o fez se acalmar rapidamente.

Sentia-se verdadeiramente seguro ao lado de seu namorado, tinha plena certeza de que não deveria temer mais nenhum de seus medos anteriores, e, aquilo tranquilizava-o o suficiente para manter-se no mesmo local que seu ex por todo o tempo que quisesse.

E manteve-se bem naquele local até decidirem ir embora.

Não sentia-se mal, nem em pânico. Só desejava voltar para casa para deitar-se no colo de seu amado. Estava cansado do dia longo e cheio que havia passado.

– Vocês querem carona? – Ayan ofereceu procurando as chaves do carro em seus bolsos.

— Não, nós vamos ficar no Thua, não esquenta com isso – Khan afirmou despedindo-se de Yok em um aperto de mão – E vê se se cuida dirigindo à noite, viu? — Wat completou apontando para Ayan que sorriu afirmando.

– Tá bom, pai – gritou vendo-os seguirem para o lado oposto do qual iria.

Yok sorriu achando graça enquanto dava a volta no carro esperando Aye achar as chaves para abrir a porta.

– Quanto tempo, docinho –