Obsession (YokAyan)

Namorado?

Oie :)

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Boa leitura <3

(...)

– Ainda, cachorrinho – Yok provocou arqueando as sobrancelhas em desafio ao baixinho que suspirou tentando manter a calma.

– Você se acha muito, sabia? – Ayan acusou com a voz grave olhando-o com os olhos cerrados.

– E você gosta, não é? – sussurrou desviando seus olhos para os lábios entreabertos do menor.

– Definitivamente não, você é insuportável – insultou levando sua atenção para trás de si em busca do que o acompanhava.

– Insuportavelmente irresistível, eu sei – Yok brincou percebendo a procura do outro – Mas, cachorrinho, me diga.. quem era aquele com você, hm? Um concorrente meu? – indagou num sopro próximo ao ouvido de Aye que estremeceu ao sentir a respiração chocar-se contra a pele sensível de seu pescoço.

Ayan prendeu a respiração tentando não demonstrar que havia se afetado pelos atos do outro.

Se Yok soubesse que ele havia o causado algo além do ódio, certamente tornaria-se ainda mais desagradável.

Ayan voltou a fitar o maior que olhava-o com um sorriso provocante nos lábios fazendo-o suspirar em busca de recuperar sua sanidade.

– Ele é meu namorado – Ayan afirmou sério fazendo o sorriso antes estampado no rosto do outro desaparecer – E não há concorrentes pra ele – assumiu num sussurro com um sorriso falso nos lábios.

Yok não sabia se deveria acreditar nas palavras do baixinho, mas, ainda que elas fossem verdades, aquilo não era realmente um problema para si.

– Não tem problema – murmurou deslizando a mão antes em seu bolso até a cintura do menor que automaticamente tentou recuar.

Puxou-o forte para perto de si aproximando seu rosto do ouvido do mesmo sentindo o perfume adocicado transpassar por seu rosto embriagando-o por alguns segundos.

O efluvio que tomava o pequeno espaço entre eles fez Yok desejar ainda mais provar do sabor de Ayan. Se o gosto de sua pele conseguisse ser tão delicioso quanto o cheiro que exalava, certamente suplicaria por provar de cada pedaço de si.

– Eu não sou ciumento, bebê – provocou suave dando um pequeno aperto onde sua mão tocava puxando forte sua respiração para que o aroma permanecesse por tempos em sua memória.

Ayan desvencilhou-se do aperto recebido empurrando o maior contra a coluna que antes o escondia.

Afastou-se rapidamente olhando-o incrédulo com os atos e palavras que haviam sido direcionados à si.

– Se você me tocar de novo, não irei mais só ameaçar, Yok! – exclamou com a voz calma em um tom desafiador.

– Nossa.. É a primeira vez que você diz meu nome, cachorrinho – o outro contou sorrindo vitorioso – Não vejo a hora de ouvir você me chamar assim em meio aos gemidos que eu vou provocar em você – murmurou provocante umedecendo os lábios mantendo a mesma distância anterior.

Ayan já via-se sem paciência para as idiotices do maior, e, antes que realmente perdesse a última gota que o impedia que avançar nele, retirou-se de imediato respirando profundamente.

– Ei – Yok chamou puxando-o pelo pulso para que ele voltasse a olhar para si – Agora sério, vamo dar um rolê só eu e você – pediu sincero – Prometo que não vou ficar te provocando – afirmou com os olhos suplicantes – Tenho um Beck aqui pra nós, se quiser posso comprar um vinhozinho pra acompanhar – sussurrou pidão percebendo um pequeno sorriso aparecer nos lábios do menor dando-o esperanças de, talvez, sua oferta ser aceita.

Ayan olhou-o sem conseguir conter um sorriso pela humilhação que o outro estava concebendo diante de si. Vê-lo quase implorar para estar em sua companhia o fez sentir dó da situação deplorável que ele encontrava-se.

– Yok.. – murmurou baixo aproximando-se com um sorriso falso no rosto alimentando as esperanças do outro – Você acha mesmo que esses seus olhinhos de cachorrinho abandonado irão me fazer aceitar sair com você? – questionou entre um riso nasal.

– Aye – uma voz desconhecida soou próximo à eles fazendo-os cessarem os olhares intensos que trocavam.

– Ah, você voltou – Ayan sorriu afastando-se do maior que olhava para o desconhecido curioso para saber se ele realmente era o parceiro do que o interessava.

– Oi! Boa noite – o rapaz apresentou-se estendendo a mão para Yok que olhou-o confuso questionando-se em que século o desconhecido ainda estava.

– Oi – respondeu estendendo a mão de volta apenas para causar boa impressão no suposto namorado do rapaz que desejava – Eu sou Yok – apresentou-se com um sorriso descontente.

– Eu sou Thua – o outro afirmou cessando o pouco contato que tinha com o maior – Sou amigo do Aye – contou antes que o menor pudesse o impedir.

Ayan apertou os lábios e os olhos sentindo sua pele queimar por ter acabado de ter sido pego em meio à uma invenção de relacionamento.

Yok, ao ouvir as palavras de Thua, encarou o baixinho com os lábios entreabertos em um pequeno sorriso enquanto admirava a pele corada do mesmo, que, incrivelmente conseguiu, pela primeira vez, deixá-lo adorável.

– Amigo de Aye? Oh! Então ele está solteiro? – o magrelo questionou mordendo leve o lábio inferior ao ver Ayan olhar para si em meio à sua vergonha.

– Sim, Ayan é encalhado – o outro entregou recebendo um pequeno tapa do baixinho.

Yok riu baixo achando a situação cômica.

Não sabia se deveria sentir-se mal por Aye inventar um relacionamento para evitar sua companhia, ou, se deveria apenas insistir mais para que, um dia, o relacionamento que Ayan inventara, fosse o deles.

– Então.. Thua, o que achas de a gente fazer alguma coisa juntos? – ofertou mantendo seus olhos em Ayan que bufava em descontentamento.

– Parece legal, cheguei aqui ontem a noite e estava mesmo querendo fazer alguma coisa diferente – afirmou animado fazendo Yok abrir um sorriso.

– Seu amigo parece mais animado que você, cachorrinho – o maior provocou percebendo a aura descontente de Ayan alastrar-se por sua feição.

– Thua, você tem certeza de que quer sair com esse insuportável? – o menor questionou ignorando a provocação de Yok contra si.

– Hm, apenas se você quiser – o outro afirmou sério sentindo o desânimo vindo de seu amigo.

– Você não vai negar algo pro seu amiguinho, não é, cachorrinho? –