Pervertido

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Boa leitura <3

(...)

– Eu tenho mais desenhos seus em casa, mas aqueles.. são diferentes – Yok contou envolvendo seus braços pelo corpo de Ayan aproximando-se do ouvido dele – Você entendeu, né? – questionou num sopro fazendo o pequeno corpo se arrepiar.

O menor olhou-o incrédulo com os olhos cerrados e os lábios entreabertos em negação com o que acabara de ouvir.

– Você é um pervertido, Yok – insultou num riso nasal.

– Mas você gosta – o maior afirmou deixando um beijo leve sobre a bochecha de Ayan que suspirou voltando com sua atenção para os desenhos.

– Cê é realmente bom nisso – admitiu aproximando-se para que pudesse os enxergar melhor – Parece mesmo comigo – contou num sorriso largo.

Era a primeira vez que o desenhavam, e, mesmo que não deixasse transparecer, Ayan derretia-se cada vez mais por Yok.

Nessa noite ficou ainda mais claro que o rapaz era muito mais do que um simples galanteador que tinha péssimas cantadas, ele era incrivelmente fofo quando queria.

E isso só fez Ayan sentir-se ainda mais perdido. Sua vontade de se entregar parecia infinitamente maior agora.

Ainda que Yok fosse um completo pervertido por retratar à si de uma forma completamente diferente quando estava à sós, Ayan não conseguia mais sentir aquele nojo que antes tomava-o apenas por estar próximo à ele.

Na verdade, aquilo fazia-o apenas sentir-se desejado, e, saber que Yok o desejava, agora, deixava seu corpo em completa combustão.

– Você gostou então? – o maior perguntou vendo Ayan virar-se de frente para si com um brilho reluzente nos olhos.

– Eu amei! E.. você até que é fofo, Yok – Aye assumiu colocando-se na ponta dos pés para deixar um pequeno selar nos lábios viciantes do a frente.

Yok sorria em meio ao beijo suave que concebiam.

Sentia-se feliz por Ayan estar sentindo-se melhor, mas, ainda, não deixava de questionar o motivo da tristeza anterior.

Sabia que aquilo ia muito além do que uma crise de ansiedade, mas, não ousaria pergunta-lo. Não queria fazê-lo voltar à sentir-se daquela maneira.

Afinal, vê-lo chorar doía em si. Vê-lo machucar o canto de seus dedos por um desespero fazia-o desejar que aquela agonia fosse passada para si.

Ainda que sofresse por conta dos acontecimentos com Dan, parecia não chegar perto da dor que Ayan carregava.

Abalava-se apenas se o encontrasse, mas, sabia que aos poucos aquilo passaria. Sabia que uma hora conseguiria encará-lo sem sentir aquela culpa fazer peso em si.

É claro, a culpa vivia dentro de si todos os dias, mas, pouco à pouco ela parecia diminuir. Já não afetava-o tanto quanto no início.

– Acho melhor nós irmos, bêzinho – Yok sussurrou próximo aos lábios do baixinho – Não quero te colocar em problemas se nós formos pegos – afirmou roubando outro selar – E também estar te beijando aqui dentro tá me deixando louco, se a gente continuar assim vou querer te foder aqui mesmo – contou apertando leve as digitais contra a cintura do baixinho que tinha um sorriso no rosto.

– Vamos – concordou afastando-se à caminho da porta – Não quero te dar aqui – contou sorrindo brincalhão para Yok que umedeceu os lábios seguindo-o rapidamente.

– Se 'cê não quer me dar aqui, quer me dar onde, burguês? – Yok questionou ajudando Ayan a sair de dentro do prédio.

O baixinho, mais uma vez, aproximou-se colocando-se na ponta dos pés para ficar próximo do rosto do maior.

– Em lugar nenhum, eu estava brincando – contou sorrindo afastando-se limpando leve o pouco de pó que havia sujado sua calça.

– Eu acho que 'cê tava falando sério mas agora ficou com vergonha de admitir que quer me dar de novo – o maior provocou abaixando-se suavemente até o rosto de Ayan – Admite que 'cê viciou em mim também – pediu arqueando as sobrancelhas num sorriso provocante.

Ayan suspirou sério desviando o olhar, tentando disfarçar que as palavras direcionadas à si eram verdades.

– Deixa eu ver os outros desenhos – pediu mudando de assunto empurrando leve o corpo do maior para longe de si – Quero ver o quão pervertido 'cê pode ser – insultou sorrindo baixo.

– Eu te mostro se 'cê dormir comigo essa noite de novo – desafiou vestindo o menor com o capacete.

– Eu não vou dar pra você de novo, Yok, pode esquecer – Ayan afirmou sério mantendo seus olhos no do maior.

– Então eu dou pra você – afirmou sorrindo conferindo se o protetor estava bem fechado.

– A única coisa que vamos fazer é dormir, e, nada mais – insistiu vendo-o subir na motocicleta.

– É o suficiente, bêzinho – contou – Agora vem, deixa eu te mostrar os outros desenhos – pediu sendo obedecido logo após.

(...)

– Ok! Você é mesmo um pervertido, mas é um pervertido muito talentoso – Ayan contou admirando os outros retratos feitos para si.

– Eu gosto de desenhar você – Yok assumiu envolvendo seus lábios no fino que acabara de bolar – É uma terapia pra mim, na verdade – assumiu fazendo Ayan virar de frente para si.

– Uma terapia? – questionou curioso vendo a fumaça densa começar à espalhar-se pelo pequeno quarto.

– É – concordou segurando o vapor em seus pulmões – Me sinto bem colocando tudo o que sinto por ti no papel – contou sorrindo leve.

Ayan caminhou até ele em passos lentos e suavemente tomou o colo do mesmo para si retirando o cigarro do meio de seus dedos.

– Acho que você é a minha terapia então –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora