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Boa leitura <3
(...)
– Acho que você é a minha terapia então – Ayan assumiu mesmo sabendo que arrependeria-se de suas palavras no próximo dia.
Quando permitiu-se esquecer de seu plano apenas por aquela noite, não havia planejado estar prestes à dizê-lo o quão bem ele o fazia.
Mas, mais uma vez, deixou-se levar. Fez isso porquê sentia-se tão encantado por Yok que, esqueceu-se completamente de sua ideia idiota
Desde que seus olhos encontraram os desenhos feitos para si, o que havia planejado por semanas, desapareceu de sua mente, e, tudo o que pôde pensar era no quão especial o outro fazia-o se sentir.
Yok sorriu soltando a fumaça que prendia contornando o pequeno corpo com um de seus braços.
– Eu sou sua terapia? – questionou desacreditado das palavras direcionadas à si.
Estava surpreso, tão surpreso que questionou-se se realmente havia entendido corretamente as palavras despejadas por Ayan.
– Sim – Aye confirmou tragando a erva que havia entre os lábios – Você me faz bem – afirmou olhando-o nos olhos.
Yok sorriu bobo, apertando-o forte contra si sentindo seu corpo ser tomado por um arrepio que o fez tremer.
Seu coração batia forte dentro do peito, e, seu sorriso era tão largo que fazia suas bochechas doerem.
Se aquilo fosse um sonho, desejava nunca ser acordado. Queria viver naquele momento pelo resto de sua vida.
E, se não o vivesse, lembraria dele à cada segundo de seu dia.
Cada detalhe estaria intacto em sua memória.
Seu colo sendo tomado pelo pequeno corpo, o cheiro adocicado do rapaz misturando-se ao forte cheiro da erva, seu coração acelerado pelas palavras de seu homem, a emoção que sentira apenas por saber que fazia bem para alguém importante para si.
Jamais deixaria-se esquecer daquele momento.
– Então me deixe te fazer bem pelo resto da tua vida, burguês – pediu deixando um selar sobre o pescoço exposto do menor.
Ayan sorriu puxando mais uma vez a fumaça para dentro de si antes mesmo de soltar a que prendia.
Virou-se de frente para Yok e calmamente tomou os lábios dele para si soprando suavemente a fumaça para que ele à tragasse.
Roçou-os leve umedecendo-os em meio ao vapor que escapava do pequeno espaço que havia entre as bocas. Sua respiração era pesada e seu corpo queimava ao sentir as digitais se afundarem cada vez mais sobre sua cintura coberta.
Sua garganta arranhava desejando dizê-lo que queria ser dele, e, seus olhos não negavam o seu desejo.
Ainda que não fosse corajoso o suficiente para admitir, seu olhar não deixava-o mentir. Sentia-os brilharem diante de Yok transpassando toda a sua vontade de pertencer à ele.
– Eu deixo – sussurrou baixinho entre o beijo suave que trocavam – Não quero ir embora – assumiu em meio aos estalos de seus lábios.
– Então não vá, eu vou cuidar de você – murmurou não conseguindo parar de deliciar-se do sabor do outro.
Ayan permaneceu em meio à aquela troca por mais alguns segundos antes de separar-se sentindo-se sufocar com a vontade imensa de conta-lo tudo sobre si.
Olhou-o relutante engasgado com suas palavras.
– Yok – chamou num murmuro deixando as pernas que antes o apoiavam – Eu vou te contar – assumiu jogando-se contra o colchão encarando o teto desenhado.
Yok, mesmo confuso, fez o mesmo, mas, seus olhos à todo momento permaneceram no que mais o interessava.
– Me contar o que? – questionou deslizando sua mão até o rosto do rapaz que mais uma vez usufruia do fino.
– Tudo – assumiu num suspiro longo.
Yok fitou-o com atenção para que pudesse dá-lo seu completo apoio e carinho caso fosse necessário.
– Eu.. tinha um namorado – contou com a voz trêmula entregando o cigarro nas mãos de Yok – Eu tava no ensino médio.. e.. eu odiava aquela escola porquê ela tinha umas regras ridículas.. e, eu, por algum motivo fui me apaixonar pelo desgraçado que impunha as regras pra todo mundo – assumiu sem conseguir olhar para o rapaz deitado ao seu lado – Eu.. sei lá! Tipo! Todo mundo me queria e ele não, e, aí.. acho que eu surtei.. que porra – murmurou em um riso nasal desesperado deixando os últimos resquícios de fumaça saírem junto ao ar – Mas.. enfim, ele meio que.. me manipulou pra virar um monitor e aí.. me manipulou em várias outras coisas também – contou simplificando mesmo sabendo que não conseguiria não dizer todos os detalhes do que havia passado – Ele me coagia à fazer várias coisas que eu odiava, inclusive invadir a escola de madrugada pra punir as pessoas que não respeitavam ele, e, se eu ousasse me negar à fazer isso.. ele.. me xingava e dizia que eu era inútil e imprestável, e já até me bateu uma vez porquê eu questionei a motivação dele – terminou engolindo em seco a última frase finalmente desviando o olhar para Yok.
O maior mantinha os lábios entreabertos e os olhos exalando preocupação enquanto dentro de si tentava controlar toda a raiva que sentira ao saber que seu homem havia sido maltratado.
– Enfim.. a gente terminou e eu fiquei, obviamente, traumatizado.. e, antes.. eu gostava de ficar com uns caras, mas, depois eu simplesmente não consegui mais – assumiu com o olhar distante – Eu me fechei porquê fiquei com medo de passar por aquilo de novo, e, por isso eu sempre te recusava, não é porquê eu não queria ficar com você.. quer dizer, eu não queria mesmo, mas.. não era só por isso – brincou sorrindo leve – E.. aí eu tive a brilhante ideia de retribuir as tuas cantadas idiotas porquê queria te iludir.. e, no final eu mesmo me iludi achando que a gente ia foder e ia ficar por aquilo mesmo – murmurou levando seus olhos novamente para o teto – Mas aí você simplesmente mudou do nada e se tornou a pessoa mais interessante que eu já conheci e.. porra, agora eu tô totalmente confuso porquê tô com medo e, ao mesmo tempo completamente tentado em deixar rolar alguma coisa entre a gente.. e, também não é só isso, você também tem aquela merda toda e.. como que eu vou te ajudar a superar aquilo tudo se eu mal consigo superar as minhas merdas, sabe? – resmungou embolado – Acho que eu vou ficar maluco – terminou rindo em negação.
Yok não sabia dizer o que sentia. Era uma bomba enorme de emoções que estava prestes à explodir dentro de si.
Ao mesmo tempo que via-se imensamente preocupado com todo o passado de Ayan, também, cultivava ódio pelo ex idiota de seu homem, e, acima de tudo, uma felicidade enorme ao saber que ele também desejava o mesmo que si.
Mas, antes de sua felicidade, vinha a preocupação, e, o ódio.
Estava disposto à acabar com o homem que havia machucado seu namorado. Faria-o pagar por todo o sofrimento que havia o causado. Faria-o implorar por perdão.
– Me diga o nome do filho da puta que te machucou –

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Obsession (YokAyan)
Fiksyen Peminat"Sua rejeição só me faz ter mais vontade de você" (Universo NotMe alterado) *Álcool, armas, drogas, sexo explícito* *Pode causar gatilhos ao longo do desenvolvimento*