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Boa leitura <3

(...)

– Baby.. – Yok sussurrou aproximando suas testas fazendo as respirações se misturarem – 'Cê só é capaz de me deixar triste se 'cê decidir não estar mais na minha vida – contou transpassando toda a sua verdade à cada palavra que saia de sua garganta.

Ayan sorriu sem mostrar os dentes fusionando seus lábios aos de Yok suavemente numa tentativa de acalmar a vergonha que o tomava.

– Então acho que nunca vou te deixar triste – murmurou separando sua aproximação minimamente apenas para que suas palavras pudessem sair – Por que quero estar na sua vida pelo resto da minha – assumiu fazendo Yok abrir um sorriso largo em meio à um abraço apertado que fez o coração se acalentar.

Seu rosto afundou contra o peitoral do maior que envolvia os braços firmemente por seu corpo fazendo-o se aquecer.

– Baby.. 'cê não precisa ter medo de nada – Yok murmurou despejando selares pelos cabelos arrumados de Ayan – Eu sou seu desde o primeiro dia em que te vi, e não quero ser de mais ninguém, 'cê me cuida e me protege só de estar comigo, bê – afirmou roçando leve seus lábios no pescoço sensível do menor – Namo me falou que 'cê era diferente antes e que ela te falou pra se esforçar pra voltar à ser daquele jeito.. e.. quero que 'cê saiba que eu sempre vou te gostar, e, ainda que eu tenha me apaixonado por você assim.. se 'cê se tornar mais confiante consigo mesmo.. eu vou me ver infinitas vezes mais feliz apenas por saber que 'cê vai se sentir melhor – contou desviando seu olhar para o rosto de seu homem após deixar um selar leve onde antes seus lábios exploravam.

Ayan tinha seus olhos brilhantes e seu coração acelerado pelas palavras direcionadas à si.

Sentia-se perdidamente apaixonado. Sequer sabia que era possível sentir ainda mais paixão por Yok, mas, pelo que pôde notar, ele era capaz de fazê-lo multiplicar o sentimento mais e mais à cada encontro que tinham.

– Eu tô tentando, eu quero voltar à ser como antes – assumiu – Quero por mim.. e.. por você – afirmou aproximando seus lábios dos do maior friccionando-os levemente em meio à carícias que despejava pelo rosto do maior.

– Está tudo bem se 'cê não puder, afinal é impossível 'cê realmente voltar à ser quem era – citou baixinho fechando os olhos sentindo-se embriagar com o perfume que transpassava entre o pequeno espaço que mantinham – Mas.. saiba que eu vou te ajudar, bê, vou te ajudar a se sentir mais confiante.. vou fazer 'cê enxergar o quão incrível 'cê é e que 'cê é capaz de fazer o que quiser – contou beijando-o suavemente tendo seu corpo inteiramente dormente por conta de todos os sentimentos que o dominava.

Ayan sentiu lágrimas umedecerem suas bochechas em meio à troca intensa que faziam.

Yok era incrível, tão incrível que fazia seu coração doer por tamanho sentimento que inundava-o.

(...)

Ayan mantinha suas mãos entrelaçadas as de Yok que puxava-o consigo em meio à grande multidão que tomava boa parte da rua.

Ainda que Yok não tivesse lhe explicado, estava óbvio para o baixinho que as pessoas ali manifestavam a favor do casamento homoafetivo. Os inúmeros cartazes levantados e as bandeiras LGBT espalhadas não negavam.

Não era realmente a primeira vez que ele participava de algo assim.

É claro que na pequena cidade que morava não haviam tantos manifestantes quanto ali, mas, não significava que também não lutavam a favor de seus direitos.

Era comum, até mesmo, dentro de sua escola, o que, pensando atualmente, era extremamente bizarro.

Como uma escola podia ser tão homofóbica tendo alunos e professores assumidamente LGBTS?

E, o pior, como pôde ir contra os alunos que protestavam por suas liberdades sendo exatamente como eles? Suspirou forte ao lembrar-se do quão manipulado havia sido e, pela primeira vez, um pensamento diferente invadiu sua mente.

Não iria se culpar por ter sido manipulado. Não podia carregar uma culpa que não era sua. Queria se libertar daquilo, e, para isso, precisava perdoar-se por seus atos que, feriram à si e à outros alunos.

Segurou firme no colar que caia sobre seu peito prometendo silenciosamente para si, e, para seu tio que jamais deixaria-se ir contra seus princípios novamente.

Ao lado de Yok, em meio à aquelas pessoas as quais se identificava, sentia-se acolhido e disposto à lutar junto à seu homem por qualquer que fosse a causa.

Inseriria-se em meio ao que, antes, ainda que menor, fazia parte de seu cotidiano.

Precisava daquilo para que sua mente enfim se refrescasse e voltasse à lembrar-se exatamente de quem era.

– Obrigado – falou alto próximo ao ouvido de Yok que sorriu com uma feição confusa.

– Pelo quê? – questionou acariciando leve a mão envolta pela sua mantendo sua total atenção no baixinho.

– Por ter me trazido e ter me feito lembrar de quem eu fui um dia – contou sorrindo largo colocando-se na ponta do pé para ficar mais próximo de seu homem – Você é incrível – elogiou deixando um leve selar nos lábios que continham um sorriso bobo.

– Tenho outra coisa pra você, burguês – afirmou fazendo os olhos de Ayan brilharem diante de si.

Retirou do mesmo bolso anterior um par de pulseiras de linha que continha ambos os nomes feitos de pequenas e abaoladas miçangas pretas que contrastavam com a cor clara que as prendia.

– Burguês.. – Yok chamou puxando a mão que segurava para próximo de seu peito – 'Cê quer ser.. oficialmente.. ser meu namorado? – questionou tendo seus olhos no menor que tinha seus lábios entreabertos num pequeno sorriso que derramava felicidade.

Ayan sentia-se envolto numa paz absoluta. Sentia que nada, nem ninguém, seria capaz de estragar o momento mais incrível de sua vida.

Estar sendo pedido em namoro pelo homem que negou diversas vezes sendo amassado por diversos manifestantes que lutavam pelo direito de poderem se casar estava, com certeza, no topo da lista de melhores dias de sua vida.

– Achei que a gente já namorava, Bê – afirmou num sorriso largo mordendo leve o lábio inferior numa tentativa de sanar a grande euforia que tomava seu pequeno corpo – Mas eu quero, é claro que eu quero.. namorado – provocou juntando suas bocas para um selar rápido mas cheio de paixão.

Yok sorriu contornando o pulso com a pulseira feita por si amarrando-a forte para que jamais escapasse.

Mas, se isso viesse à acontecer, poderia refazê-la eternamente apenas para ter seu nome gravado sobre o corpo de seu namorado.

(...)

– Eu também quero te dar uma coisa –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora