Desculpas?

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Oie :)

Voltei mas não sei se voltei 100% kkkk

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Boa leitura <3

(...)


Encontrar com Dan em frente a faculdade não era exatamente o que Yok esperava após uma manhã tranquila.

Avistou-o de longe parado em frente à porta de entrada fazendo seu corpo paralisar por alguns segundos.

Apertou forte os lábios em meio à uma respiração profunda e questionou-se do motivo da aparição repentina do policial.

Certamente estava ali para falar consigo, não havia outro motivo plausível para Dan permanecer plantado em meio aos alunos que adentravam o prédio.

Ainda que desconfortável caminhou confiante até a porta de entrada fingindo não notar a presença indesejada.

– Yok – a voz soou alta junto a uma tentativa falha de segura-lo.

Yok parou virando-se na direção de Unar tentando não transparecer o completo desespero que se instaurava dentro de si.

Era desesperador estar próximo dele, mas, ao menos, não fazia-o mais entrar em uma crise interminável de choro.

– O que você quer? – questionou ríspido afastando-se o suficiente para que os braços do traidor não o alcançassem.

– Conversar – o homem afirmou com a voz suave e uma feição pidona.

– Eu não tenho nada pra conversar com você, Dan – afirmou sério voltando à ir em direção a entrada.

– Yok, espera – pediu caminhando atrás dele rapidamente – Só quero te pedir desculpa – assumiu fazendo Yok rir em ironia.

– Oh! Espera aí! Cadê a minha cicatriz? – questionou retórico colocando a mão sobre a barriga – Acho que sua desculpa desfez o tiro que eu levei! Agora podemos voltar e fingir que você não foi um grande filho da puta que quase acabou com a minha vida – falou sarcástico com um sorriso baixo no rosto puxando o celular que vibrava em seu bolso.

E, como o esperado, era uma tentativa de contato de seu namorado. Era comum que ele ligasse pouco tempo após ser deixado.

Yok achava fofa a preocupação de Aye consigo.

Atendeu a ligação rapidamente ainda tendo Dan parado olhando-o como um idiota.

– Baby – chamou com um sorriso ao atender a ligação – Aconteceu alguma coisa? – questionou em um tom preocupado afastando-se do policial.

– Bê, 'cê tá bem? Já está na aula?– perguntou manhoso –  Desculpa te ligar agora, mas precisava te contar uma coisa – assumiu num suspiro longo – Vou te levar pra conhecer meus pais – murmurou fazendo Yok abrir um sorriso largo – Eu ia te contar só quando você voltasse, mas não aguentei, sou ansioso – contou rindo baixo – Você vai né? – perguntou mesmo sabendo que a resposta era afirmativa.

– Burguês, 'cê sabe que não precisa nem perguntar, eu vou onde 'cê mandar – afirmou num riso nasal – 'cê sabe que manda em mim – contou não conseguindo conter um sorriso apaixonado.

– E eu que era o cachorrinho – resmungou fazendo Yok rir.

– E agora é meu dono, auau pra você — brincou percebendo o olhar curioso de Dan sobre si – Agora eu preciso ir, baby, a hora que a aula acabar eu vou ai te ver – contou num suspiro longo indo em direção a porta.

– Espera! Rapidinho, só deixa eu te perguntar uma coisa – Ayan pediu antes que a ligação fosse encerrada – Será que eu consigo a minha vaga na faculdade de novo? – questionou apreensivo.

– Claro que 'cê consegue, baby – afirmou num sorriso bobo – Mais tarde vem aqui pra gente ver se resolve isso – pediu – Agora tenho que ir mesmo, bê, tô atrasado – contou apressado – Se cuida, até daqui a pouco – despediu-se rapidamente finalmente aproximando-se da entrada.

Antes que Yok pudesse enfim adentrar o prédio, mais uma vez foi parado por Dan que colocou-se em sua frente fazendo-o revirar os olhos em desgosto.

– Você tá mesmo namorando com aquele cara? – o policial questionou com uma voz suave e um olhar intenso.

– Sim! eu falar que ele é meu dono não é o suficiente pra você entender? – questionou retórico deixando-o para trás antes que perdesse a sua paciência.

– Bom, é – afirmou simplista – Ele é bonitinho, mas.. – falou alto fazendo-o voltar a olhar para si – Você acha que ele vai conseguir suprir todas as suas necessidades? Ele vai conseguir cuidar de você como eu? Ele parece tão delicadinho – questionou sério mantendo uma feição curiosa no rosto.

Yok cerrou os olhos e apertou os punhos tentando conter a irritação que o policial estava lhe causando.

Vê-lo falar de uma das maiores inseguranças de seu namorado deixava-o estressado. Precisava manter a calma para não acabar ultrapassando os limites e ser acusado de desacato por agredir um policial.

Quem cuidaria de Ayan para si se estivesse recluso?

Respirou fundo numa tentativa de acalmar-se e caminhou em passos lentos até Dan.

– Ele é mesmo, muito delicadinho – afirmou sério tentando transpassar toda a sua irritação – E mesmo sendo o fofo que ele é, consegue cuidar melhor de mim do que você no tempo em que estivemos juntos – assumiu – E não ouse falar do meu namorado, seu idiota! E nem a se aproximar dele! Não quero suas desculpas e nem te ver de novo! – exclamou irritado antes de correr para dentro do prédio para fugir do que quer que fosse que Dan voltaria a falar.

Diferente das outras vezes que teve contato com ele, não sentia-se triste. Nenhuma angústia terrível tomou seu peito fazendo-o travar.

Tudo que pôde sentir foi um ódio puro por ele ter insultado seu homem.

Como um idiota como ele poderia se comparar com Ayan? Como poderia questionar se seu homem conseguiria suprir todas as suas necessidades?

Aquilo só podia ser algum tipo de provocação.

Não fazia sentido que o homem aparecesse de repente na porta de sua faculdade para se desculpar por algo que teve meses para fazer. E, no final, sequer se desculpar de maneira correta.

Apenas parecia querer insultar seu namorado, e, ele ter citado exatamente as inseguranças que Ayan carregava deixou-o um pouco assustado.

Aquilo era apenas uma coincidência ou ele sabia dos medos de seu namorado?

(...)

– Ele é muito bom nisso –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora