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Boa leitura <3
(...)
- Me diga o nome do filho da puta que te machucou - Yok pediu sério não conseguindo desviar os olhos do menor.
Ayan respirou fundo sentindo um pequeno alívio tomar seu peito, mas, sabia que ainda não havia lhe falado o real motivo pelo qual tinha passado a tarde em uma crise que insistia em permanecer.
Estava amedrontado em lhe contar a verdade. Ainda que a pior parte tenha sido falada, a que mais o afetava momentaneamente não. Não haviam formas de lhe contar que sentia-se agoniado porquê gostava dele. E mesmo que tenha dito que estava tentado à deixar rolar, sentia que aquelas palavras não eram as corretas.
- Por que quer saber? Vai bater nele? - Ayan questionou num sorriso baixo tentando fingir que falar daquele assunto não havia deixado-o minimamente abalado.
- Sim - Yok respondeu simplista fumando o pouco que ainda restava do cigarrete.
Aye riu nasal aproximando-se suavemente do corpo do maior aconchegando-se entre um de seus braços desviando seus olhos baixos até os de Yok que exalavam preocupação.
- Tonhon - contou esperançoso de que o outro realmente fosse dar uma surra nele.
Ainda que pudesse negar conta-lo com a desculpa de que não queria vingança apenas para parecer uma pessoa bondosa e que sabia perdoar, sabia que Yok descobriria de qualquer forma, então facilitou algo que certamente aconteceria e mentalmente agradeceu-o por ser um obsessivo maluco.
Tonhon realmente precisava pagar pelo que havia feito consigo, e, saber que Yok faria isso por si conseguia deixa-lo ainda mais atraente do que antes.
- Esse filho da puta tá fodido, eu vou acabar com ele - murmurou acariciando leve os cabelos do menor - Eu prometo que vou te proteger de todo mundo que possa te fazer mal, não vou deixar que te magoem novamente, burguês, 'cê é meu e ninguém é louco de mexer com o que é meu - contou deixando um selar leve nos lábios de Ayan que sorriu contido sentindo seu coração bater forte dentro do peito.
– E se.. eu for seu mesmo? – questionou baixo desviando seus olhos entre a boca e os olhos de Yok – Eu quero ser seu – afirmou num sussurro amedrontado.
– Mas 'cê já é meu – Yok lembrou brincando com os fios que aconchegavam suas digitais – 'Cê é meu desde o dia que eu te vi pela primeira vez, burguês – afirmou confiante de suas palavras – Só tava esperando 'cê notar que nós somos um do outro – terminou deixando um beijo leve sobre a testa do menor que tentava esconder o sorriso.
A única coisa que impedia Ayan, agora, de se entregar por completo para Yok, era o medo de realmente não conseguir ajudá-lo caso o rapaz voltasse a sentir-se mal por conta do idiota do policial.
Não poderia confiar que somente estar ali ajudaria-o. O caso era muito mais complexo e, realmente, não sabia de que forma poderia apoiá-lo.
Não queria ser um peso morto no relacionamento. Não queria ser apenas o ajudado.
Como poderia deixar seu homem desamparado enquanto ele movia mundos para te proteger de alguém que mora há quilômetros de distância?
Como poderia protegê-lo de Dan?
Não havia forma. Não conseguia enxergar sequer 1 possibilidade.
Ainda que no ensino médio praticasse alguns esportes e lutasse obrigatoriamente, não era realmente bom em nenhum deles.
Então eram inúteis caso precisasse o defender.
Definitivamente achava-se completamente inútil para Yok, e não entendia o porquê da completa obsessão sobre si.
– Por que você gosta de mim? – Ayan questionou voltando a encarar o teto sentindo seu corpo formigar pelo efeito da erva que agora havia tomado cada pedaço seu – Eu nem sou interessante, eu devo ser literalmente a pessoa menos interessante que você já ficou — contou com um sorriso sem graça nos lábios – Eu não faço nada além de sair com você e Namo – terminou respirando fundo sem saber se realmente desejava ouvir a resposta.
Yok entreabriu os lábios e franziu o cenho desacreditado de cada palavra que havia saído da boca de Ayan.
Como ele podia se achar alguém desinteressante? Sendo que para si ele era simplesmente a pessoa mais interessante do universo?
Poderia escutá-lo por horas e horas sem se cansar. A única coisa que Ayan realmente era, era uma pessoa fechada, mas, isso, claramente estava mudando.
Yok, agora, já conhecia muito mais do baixinho e sabia exatamente do que ele gostava e porquê ele gostava. Sabia de suas vivências, algumas terríveis, e, poderia até dizer que a sua forma de agir anterior ao relacionamento abusivo fosse completamente diferente.
Não fazia sentido ele viver armado e pronto para revidar toda e qualquer tentativa de aproximação.
– Burguês, 'cê só pode tá brincando comigo! – Yok exclamou incrédulo apoiando seus braços ao lado da cabeça do menor deixando seu corpo sobre o dele – Você desinteressante? – questionou retórico numa voz suave vendo o abaixo concordar com sua questão.
Yok riu em negação mantendo seus olhos à todo segundo nos do baixinho.
– Ayan – chamou num sussurro – Pelo contrário, bêzinho – afirmou ajeitando-se sobre o corpo do menor – 'Cê era todo ignorante e grosseiro comigo e isso que te tornou super interessante pra mim, 'cê foi literalmente o primeiro que fez isso comigo, e aí pouco à pouco eu fui te conhecendo e.. porra, 'cê tem essa personalidade toda forte mas por trás 'cê é a pessoa mais fofa do mundo, 'cê gosta das mesmas coisas que eu, fica envergonhado quando eu falo besteira – contou sentindo seus olhos brilharem – E eu me sinto completamente viciado em você a cada vez que 'cê me fala sobre o que gosta ou o que não gosta, e eu acho muito foda que 'cê respeita o seu tempo pra tudo, 'cê é diferente de quase todo mundo que eu já conheci, burguês, e isso te torna a pessoa mais interessante do mundo pra mim – sorriu ao ver o olhar do abaixo mudar completamente – E pra 'cê ser interessante 'cê não precisa fazer um milhão de coisas, não é o que 'cê faz que te torna interessante, é quem 'cê é.. sabe – terminou com um sorriso leve nos lábios ao ver os olhos de Aye brilharem abaixo de si.
Sentiu as pequenas digitais de Ayan deslizarem até seu pescoço com suavidade fazendo um arrepio percorrer por seu corpo.
E, calmamente foi puxado para baixo aproximando-os completamente.
Ayan fechou os olhos sentindo a respiração de Yok transpassar por seu rosto enquanto friccionava leve seus lábios contra os dele.
– Lembra que eu disse que não queria te dar naquela sala? – questionou num murmuro baixo fazendo-o engolir as palavras em meio ao pequeno beijo que os conectava.
– Eu quero te dar aqui.. bê –
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Obsession (YokAyan)
Fanfic"Sua rejeição só me faz ter mais vontade de você" (Universo NotMe alterado) *Álcool, armas, drogas, sexo explícito* *Pode causar gatilhos ao longo do desenvolvimento*