Juros

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Boa leitura <3

(...)

– Foi eu – Ayan afirmou adentrando o galpão acompanhado de Thua que sorriu surpreso pela ousadia de seu amigo.

Os olhos de Yok desviaram para a voz conhecida que soou da entrada fazendo-os brilharem diante do que via.

Imediatamente lembrou-se do ocorrido na noite anterior causando um arrepio em seu corpo e uma vontade incessante de repetir o que havia acontecido, mesmo que ficasse na mão novamente.

A sensação de ter o baixinho sobre seu corpo já era o suficiente para deixá-lo minimamente satisfeito.

– Então rolou mesmo? Uau! Cê cedeu rápido em Aye – Namo brincou virando-se para olhar rapidamente o menor que caminhava em passos lentos até si.

– Não rolou, na verdade – Ayan assumiu com um sorriso leve – Eu só fiz ele achar que ia rolar – riu parando em frente ao maior que olhava-o parecendo enfeitiçado.

– Cê não presta, burguês – Yok insultou puxando de seu bolso uma carteira de cigarros.

– E você gosta assim mesmo, não é? – questionou sorrindo com a língua entre os dentes enquanto aproximava-se do outro que o fitava curioso.

O maior estranhou o comportamento do baixinho, que, de repente, pareceu mudar completamente.

O que antes insultava-o por suas diversas investidas, agora provocava de volta causando ainda mais surpresa em Yok que não esperava ser correspondido tão rapidamente.

– Eita – Namo resmungou baixinho apertando os lábios em um pequeno sorriso escondido recebendo o olhar de Thua.

– Ou é mentira, Yok? – Aye questionou com num sopro próximo ao maior que encaixava o cigarro entre os lábios enquanto trocava olhares com o menor.

– Acho que estamos de vela, Namo – Thua sussurrou próximo à garota que concordou rindo baixo.

Yok acendeu o que havia entre os lábios tragando a fumaça para dentro dos pulmões mantendo seus olhos à todo o momento na boca do à frente que parecia incrivelmente convidativa.

Lentamente abaixou-se ficando próximo o suficiente para que as respirações se chocassem e o perfume do rapaz voltasse a o embriagar.

– Você não faz ideia do quanto, burguês – contou num sopro afastando-se para soprar a fumaça que prendia.

– Então me mostra o que você seria capaz de fazer por mim, e, quem sabe.. eu possa sentir um pouco de pena da sua situação – pediu num sussurro provocante que fez Yok delirar à cada palavra que saia da boca que desejava provar.

Ayan realmente não sabia que ele era capaz de tudo apenas para foder ele? A humilhação de quase masturbar-se em sua frente já não era esclarecedora o suficiente?

– Faço o que você mandar, cachorrinho – murmurou num sorriso – Mas depois, eu vou cobrar – contou dando outro trago no cigarro.

Aye retirou o fumo das mãos do outro e levou-o até a sua boca dando um forte trago, enquanto concordava com as palavras de Yok.

– O que você quiser – afirmou levando de volta o que segurava até os lábios do maior fazendo-o pitar novamente antes mesmo de soltar o vapor que prendia.

Colocou-se na ponta dos pés para que pudesse ficar mais próximo do rosto de Yok.

– Pago até com juros se quiser, bebê – contou baixo próximo à boca do maior deixando a fumaça que prendia escapar por entre as palavras.

As mentiras de Aye pareciam convincentes até para si mesmo que sabia que não cumpriria com o acordo que acabara de fazer. Seria apenas divertido ver Yok humilhar-se por uma coisa que nunca aconteceria.

– Oii! a gente tá aqui também! – Namo exclamou puxando a atenção de ambos para si – Se vocês querem se comer, por favor.. vão para outro lugar que não estou afim de ter pesadelos essa noite – interviu brincalhona arrancando uma risada de Thua e o afastamento dos rapazes que pareciam quase se fundir diante da proximidade em que estavam.

– Como se eu fosse dar pra ele, Namo – Ayan lembrou revirando os olhos indo até seus amigos.

– Você basicamente acabou de me prometer isso – Yok brincou desencostando-se do pilar que o segurava.

– Cala a boca, Yok – Aye ordenou revirando os olhos finalmente lembrando o maior de qual era a sua verdadeira personalidade.

– Ué! Se não foi isso então você que vai me comer? – indagou arqueando as sobrancelhas em meio à um sorriso brincalhão – Isso também é bem convidativo, burguês – afirmou rindo da feição irritada que agora tomava o rosto do baixinho.

– Yok! Por favor, nos poupe dos detalhes –

(...)

Ent cê quer me dar? – Ayan questionou em uma mensagem no direct do maior que já havia lhe contatato diversas vezes mas fora ignorado em todas.

A fala de Yok havia o surpreendido mais do que gostaria de admitir.

A imagem que criara do rapaz no primeiro dia que o conheceu, agora, já era totalmente diferente.

Antes, para si, Yok era um ativo insuportável e fútil que, o único anseio de sua vida era comer qualquer um e festar como um idiota.

Mas, parecia surpreender-se positivamente à cada vez que o conhecia melhor. Definitivamente ele era completamente diferente do imaginado, e isso assustava-o.

Assustava-o porquê, de repente, viu-se minimamente interessado em conhecê-lo melhor, e, tudo o que menos queria no momento era interessar-se por alguém como Yok.

Mas quanto mais negava-se à aceitar que desejava conhecer do rapaz, mais queria saber de seus gostos e suas vivências.

Pq? ficou interessado, burguês?

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora