Obsession (YokAyan)

Paranoias

Oie :)

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Boa leitura <3

(...)

– Quero saber se você realmente gosta do Yok – Dan questionou sério fazendo Ayan rir desacreditado do questionamento direcionado à si.

– E no que isso te interessa? – o menor perguntou afastando-se com os braços cruzados sobre seu peito ainda com uma risada incrédula.

Unar respirou fundo levando seu olhar até as mãos que seguravam firme o volante à sua frente.

– Eu não quis machucar ele – sussurrou alto o suficiente para que Ayan escutasse – Eu me sinto um lixo por ter feito aquilo com ele, mas eu não tive escolha – afirmou cabisbaixo tentando transpassar toda a sua verdade.

Ayan cessou o riso que antes não conseguia conter mantendo uma feição séria no rosto.

– Mas você fez, ele quase morreu por sua culpa – jogou sincero sem se importar se aquelas palavras o machucariam, afinal, não acreditava em sequer uma palavra que saia da boca do policial.

– Eu sei, eu sei que é minha culpa e eu sei que ele nunca vai me desculpar por isso, mas.. eu queria que ele me desculpasse – assumiu num murmuro levando o olhar até o baixinho que fitava-o com uma feição pouco preocupada.

Ainda que transparecesse estar tranquilo diante da confissão do ex de seu atual, por dentro remoia-se em agonia. Por mais que soubesse que Yok estava total e completamente entregue à si, não conseguia deixar de se amedrontar, mas, não poderia transpassar todo o seu desespero interior. Tinha que parecer firme na frente do policial, mesmo que após fosse ter uma crise dentro de casa.

– E o que eu tenho a ver com suas merdas? – questionou dando de ombros – Se você se sente culpado, que pena! guarde isso apenas pra você, não ache que vou sentir empatia e pedir para que ele te perdoe – jogou sério sentindo um nó se formar em sua garganta apenas em pensar em seu namorado voltando à se aproximar do homem à sua frente.

– Não quero que faça isso – afirmou – Só quero que me prometa que não vai ser um idiota como eu fui – pediu sincero fazendo o menor entreabrir os lábios em surpresa com o pedido feito – Yok não merece passar por aquilo de novo, e.. eu encontrei ele hoje cedo, e eu percebi o quanto ele realmente gosta de você – contou deixando Ayan confuso – Não decepcione ele como eu fiz, então apenas goste dele como ele gosta de você, não o faça sofrer como eu fiz, te garanto que vai ser o maior arrependimento da sua vida – citou convicto de suas palavras.

Ayan suspirou questionando-se do porquê Yok não havia o contado de seu encontro com Dan. Ele ter escondido algo assim fez suas inseguranças aumentarem ainda mais.

E se ele ainda mantesse sentimentos por Dan? E se ele secretamente desejasse perdoar o policial por tudo que ele havia feito? Por isso ele não havia contado para si?

O nó que se formara em sua garganta anteriormente, agora, parecia ter descido para seu estômago fazendo-o embrulhar por sua ansiedade.

Se antes havia mandado Yok tomar remédio para enjoo, agora, quem teria de tomar seria si próprio, pois sentia que a qualquer momento poderia vomitar pela crise que acabara de o tomar.

– Eu não sou você – terminou com a voz trêmula sentindo dificuldade em puxar o ar para dentro de seu pulmão.

Antes que Dan pudesse notar seu desespero, caminhou em passos rápidos até o interior de sua casa tendo seu coração batendo rapidamente em seu peito fazendo-o doer.

Não queria acreditar em suas suposições. Sabia que elas certamente não eram verdades, mas, ainda assim, não conseguia fazê-las sumirem de sua mente.

Insultava-se continuamente enquanto buscava manter a racionalidade. Não podia deixar que seus pensamentos intrusivos o dominassem ao ponto de fazê-lo odiar seu próprio namorado por algo que havia criado em sua mente.

Ele confiava em Yok, mas, não confiava em si.

Não conseguia deixar de sentir que a qualquer momento seria trocado por não ser o suficiente, mesmo que seu namorado deixasse claro que tinha olhos apenas para si.

Deitou-se sobre o sofá sentindo sua mente embaralhar e sua visão ficar turva pela rapidez de seus batimentos.

Suas pernas tremiam repetidamente e seus dentes rangiam numa tentiva de acalmar sua agonia.

– Vai ficar tudo bem, não é nada disso do que você tá pensando – citava para si mesmo forçando-se à esquecer seus próprios pensamentos.

Pegou o celular de seu bolso e mesmo sem enxergar nitidamente enviou uma mensagem para que Yok viesse rapidamente até si.

Apenas ele seria capaz de acalmar sua crise, mesmo que ela tenha sido causada indiretamente por ele.

Sabia que ele esclareceria tudo, sabia que seus medos não passavam de paranoias.

Não queria acreditar em suas suposições.

Não podia aceitar que Yok havia escondido seu "encontro" com Dan porquê ainda gostava dele, ou porquê o perdoava.

Tudo o que desejava era ser envolto pelos braços que o acalmavam.

(...)

– Baby! O que aconteceu? – Yok questionou caminhando em passos rápidos até Ayan que ainda estava deitado sobre o sofá tendo seu rosto pálido e sua feição perdida.

Ayan rapidamente levantou-se apertando seu pequeno corpo contra o do outro afundando seu rosto na camiseta gélida tentando acalmar-se com o cheiro que a pele de seu homem exalava.

– Bê.. – chamou num murmuro abafado.

– Por que você não me contou que encontrou o Dan mais cedo? –