Ansiedade

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Oie :)

indo muito rápido as coisas? dando pra entender oq cada um sente?

Fico mto insegura c essas coisas mesmo que eu me esforce p passar cada detalhezinho 😭

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

Ayan estava ignorando todas as mensagens de Yok, mas, ao mesmo tempo arrumava-se esperançoso de que ele realmente aparecesse para levá-lo para passear.

A confusão estava definitivamente instaurada em sua cabeça, porquê, uma parte de si forçava-se à ignorá-lo e, a outra, obedecia o que havia sido ordenado.

E, em meio à todo o caos que se alastrava por seu corpo, ainda, estava tendo que lidar com uma crise de ansiedade que fazia-o desesperar-se sem ao menos saber o porquê.

Desde que deixou Yok sentiu uma preocupação invisível invadir seu interior, fazendo-o rodar sua casa inteira numa tentativa falha de cessar o que o incomodava.

Sentia como se algo estivesse prestes à explodir, a sensação que tinha era de que tudo que dizia respeito à si daria errado.

Viu-se sentado sobre o sofá com os olhos fixos na luz que quase cegava-o enquanto arrancava as pequenas peles dos cantos de sua unha. Puxava-as com força o suficiente para que machucasse cada pedacinho de onde eram retiradas, fazendo seus dedos arderem e sangrarem.

E, por algum motivo, aquele leve ardor de cada pequeno ferimento, trazia uma sensação de calma que durava apenas poucos segundos, mas, já era o suficiente para que ele continuasse com seus atos numa tentativa frustrada de fazer aquela agonia sumir.

Assustou-se ao ouvir leves batidas na porta ao seu lado.

Levantou-se rapidamente apertando os olhos sentindo-os doer por conta da luz que antes os atingia, e, em meio à isso desamarrotava as roupas que vestia enquanto caminhava até a porta.

Encarou a entrada em um suspiro longo e mesmo sem enxergar nitidamente abriu-a.

– Por que você não me respondeu, burguês? Fiquei preocupado! – Yok questionou resmungão puxando o baixinho para o meio de seus braços.

Ayan não conseguiu responder diante do susto que levou ao perceber que o incômodo que sentia minutos antes havia acalmado no momento em que sentiu o abraço envolver seu corpo levemente trêmulo.

– Por que você ficou preocupado se eu sempre te ignoro? – questionou baixinho tentando se soltar dos braços que o apertavam.

Yok não iria contar que sua preocupação havia surgido por conta do que viu na noite anterior. Pelo menos, não naquele momento.

– Por que eu gosto de você, ué! E se você passa o dia sem dar um mísero sinal de vida é óbvio que vou me preocupar, é isso que namorados fazem – contou brincalhão impedindo-o de se afastar de si.

– Yok, eu já te falei que nós não vamos ser namorados – lembrou por fim desistindo de tentar se soltar do que o apertava.

– E eu já te falei que você já é meu namorado, mesmo que eu ainda não seja o seu – afirmou adentrando a casa com dificuldade ainda mantendo o pequeno corpo perto do seu.

– Por que a gente tá entrando? 'cê não ia me levar pra sair? – Ayan questionou ignorando a insistência finalmente sendo liberto do abraço de Yok.

– Te beijar aqui dentro é mais seguro – afirmou com um sorriso no rosto deslizando a mão até a cintura do menor enquanto aproximava seu rosto.

– E porquê lá fora é perigoso? – perguntou com o cenho franzido forçando-se à se esquivar da aproximação repentina do outro.

– Burguês.. 'cê sabe que só de te olhar eu já fico louco – murmurou soprado próximo aos lábios do baixinho – Imagina como eu não fico quando te beijo – contou fazendo Ayan abrir um sorriso contido.

O baixinho tentava a todo momento disfarçar que já havia caído no papo de Yok. Não queria que ele soubesse que sentia-se da mesma forma, se não, tornaria-se ainda mais difícil afastar-se.

Sentiu seus lábios serem explorados com suavidade. Dentro de seu peito o coração batia como louco deixando-o com dor de cabeça. Seu estômago embrulhava pela festa que as borboletas faziam à cada vez que escutava os estalos do beijo que consumavam.

Sabia que disfarçava mal. Não havia como Yok não perceber que já estava completamente apaixonado por ele. Não havia como ele não notar os seus arrepios diante dos leves toques das digitais que adentraram sua camiseta.

Seu corpo queimava implorando para que aqueles toques nunca fossem cessados, mas sua mente lutava contra tudo o que sentia.

Por todos os segundos em que deleitava-se do sabor de Yok, seus pensamentos lembravam-o de que não deveria fazer aquilo.

E, diante de sua imensa confusão, novamente viu-se como anteriormente, aquela agonia havia voltado e dessa vez parecia infinitamente pior. Estava tão nítido que o maior instantaneamente afastou-se ao perceber a tensão que havia tomado o corpo de Ayan.

Olhou-o preocupado e o viu desviar o olhar numa tentativa de esconder suas emoções.

Permaneceu em silêncio tentando captar cada pequeno ato vindo de Aye.

As mãos inquietas chamaram sua atenção fazendo-o notar os pequenos machucados em torno das unhas roídas. Junto à isso, percebeu-o tremer leve um dos pés tendo uma respiração mais pesada do que o comum.

– Ei – Yok chamou preocupado – O que aconteceu? – questionou incerto do que fazer.

Desejava abraçá-lo novamente, mas teve medo de que isso só piorasse a situação de Ayan.

O baixinho suspirou levando novamente os olhos até o maior percebendo a feição preocupada estampada em seu rosto.

– É só.. a minha ansiedade – afirmou em um sorriso fraco – Passei o dia esquisito hoje – assumiu brincando com os dedos.

– Eu.. posso te abraçar? – pediu baixo mantendo seus olhos fixos no menor logo à sua frente.

Ayan olhou-o completamente perdido.

Como poderia abraçá-lo se aquilo havia voltado por conta dos beijos que trocavam? Mas, como poderia não abraçá-lo se momentos antes foi aquilo que o fez melhorar?

Entreabriu os lábios sem saber como reagir, e, num impulso sentou-se sobre o sofá sentindo uma náusea forte tomar sua mente.

Apoiou a cabeça em suas mãos tentando esconder que estava prestes a chorar pelo desespero que o tomava.

Yok abaixou-se em sua frente e com delicadeza acariciou os cabelos sedosos do rapaz.

– Aye – chamou suave – O que posso fazer pra te ajudar? – questionou preocupado.

O menor tentava conter as lágrimas que estavam prestes a cair. Apertava seu rosto sobre as palmas de suas mãos enquanto insultava-se mentalmente por não conseguir controlar seus sentimentos.

Não sabia como Yok poderia ajudá-lo. O rapaz sequer sabia o motivo de seu estado atual, e, não atreveria-se a conta-lo.

– Eu.. posso te perguntar uma coisa? – Yok pediu num sussurro.

– E aqueles remédios? – perguntou sem ao menos esperar uma confirmação vinda de Ayan – Quer que eu pegue algum pra você? – ofertou baixo deixando um beijo leve sobre os fios do rapaz.

Lentamente Ayan levantou seus olhos marejados até Yok.

Sentia-se imensamente envergonhado em estar naquela situação caótica em frente à quem menos deveria vê-lo daquela forma.

– Como você sabe dos meus remédios? –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora