Obsession (YokAyan)

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(...)

– Pq? ficou interessado, burguês? – Yok respondeu rapidamente ao ver a mensagem recebida.

Desde que chegou na faculdade não conseguiu parar de pensar nem por 1 segundo nas palavras de Ayan.

Questionou-se se era apenas um blefe do baixinho ou se realmente realizasse todos os seus pedidos seria recompensado.

Por que, definitivamente, estava disposto à fazer tudo para tê-lo mesmo que por apenas uma noite. Gostaria de ter o prazer de dizer que, ao menos uma vez, pode deleitar-se da perfeição que era Ayan.

Não sabia dizer exatamente o motivo, mas, as vezes ao pensar que, talvez, viesse a se afastar de Ayan, parecia crescer um incômodo em si.

Era quase que imperceptível, mas, ainda assim, ele sabia que aquilo vivia ali dentro de seu copo. Tentava ignorar porquê, das outras vezes que isso veio à ocorrer, no final, sempre acabava em lágrimas e em seu sofrimento.

Focava-se por todo o tempo em sua ideia inicial, ainda que soubesse que desejava-o por mais do que uma noite, mas, jamais admitiria para si mesmo tal fato.

– Não, apenas surpreso – Ayan respondeu desviando a atenção de Yok que antes estava focada na aula.

O maior riu baixo não conseguindo conter um sorriso satisfeito em ter pelo menos o surpreendido.

– Admita que cê ficou tentado a provar de mim, burgueszinho – digitou em provocação à Ayan, que, do outro lado da tela revirou os olhos em negação.

Mas, antes que pudesse mais uma vez ignorar as mensagens vindas de Yok, recebeu outra que, interessou-o de imediato.

– Me diga oq cê qr q eu faça, burguês, serei seu servo pessoal pelo tempo q quiser — assumiu incrédulo de suas próprias palavras.

Ria internamente de sua humilhação.

Em que momento havia se tornado capaz de fazer algo assim por alguém?

Na verdade. Em que momento havia se tornado alguém capaz de fazer algo assim pra foder com alguém?

Certamente sua insistência beirava ao desespero. Mas sequer importava-se.

Estava realmente desesperado para ter algo com Ayan, e, não envergonhava-se de assumir tal fato.

– Cê realmente vai fzr oq eu mandar? E depois eu q sou o cachorrinho? kkkkk sinceramente que humilhação, Yok – Aye respondeu rindo em meio à sua digitação.

Era inegável que vê-lo humilhar-se aos seus pés deixava-o tentado à realmente ordena-lo.

Quando fez tal oferta não imaginou que realmente o outro aceitaria ser mandado. Mas, surpreendentemente, ou não, estava completamente enganado.

Acabara de aprender que surpresas vindas de Yok fariam parte de seu dia a dia.

– Dps falamos burguês, tô na aula – Yok enviou desligando o celular logo em seguida.

O que não esperava era que, após sua mensagem, outras várias vindas de Ayan seriam direcionadas à si. E, sua curiosidade para lê-las só aumentava à cada notificação que chegava.

Já havia percebido seu professor o olhar por estar no celular, e, definitivamente não precisava de mais inimizade com aquele que já não gostava de si, principalmente porquê suas notas já estavam péssimas.

Tentava à todo custo ignorar as vibrações em seu bolso, mas sua mente não deixava de imaginar o que poderia ser tão importante para que fosse contatado tantas vezes seguidas.

– Professor, me desculpe preciso atender uma ligação urgente – mentiu deixando a sala esquecendo-se completamente de que precisava recuperar seus pontos naquela matéria.

Ao chegar no corredor já com o celular em mãos pôde finalmente ver o que incitava sua curiosidade, e, ao ler, ficou desacreditado do pedido feito.

Um sorriso se abriu em seu rosto e seus olhos desviaram da tela por um segundo ao sentir a vergonha tomar seu corpo.

E, pela primeira vez sentiu-se envergonhado diante de Ayan.

– Já que cê diz que me quer tanto e se humilha pra ficar comigo, então quero ver se cê vai aceitar o que eu vou te pedir..

– Me manda um vídeo seu

– No banheiro

– Tocando em você

– Se cê me mandar

– Eu te presenteio com uma foto minha

– Vai aceitar?

–?

–?

– O tempo tá passando e eu tô desistindo de te esperar

Yok estava boquiaberto com o pedido, e, incrivelmente receoso quanto à cumpri-lo.

Mas, receber uma foto de Ayan talvez fosse o incentivo que faltava para aceitar o que lhe foi ordenado.

Ainda que pudesse ser pego e consequentemente ser punido por seus atos impróprios dentro da faculdade, naquele momento tudo que pensava era em que tipo de foto receberia de Ayan, e, em que talvez o baixinho estivesse finalmente cedendo para si.

Não havia outro motivo para ele querer vê-lo se masturbar se não se sentisse minimamente atraído.

– Tô indo no banheiro –