Covardia

1.9K 292 131
                                    

Oie :)

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

– Então me diga o que você faz, quem sabe faça eu mudar a visão que tenho sobre você – Ayan jogou apoiando seu cotovelo sobre a mesa.

– Faço muitas coisas – Yok contou levando o copo até a boca – E acho que vai te surpreender – afirmou com um sorriso leve aproximando seu rosto após tomar um gole de bebida.

– Então me conte – o menor pediu fitando-o curioso com o que viria após.

– Você quer que eu te conte ou eu te mostre? – questionou desviando seus olhos para os lábios entreabertos do menor que pareciam implorar para se juntarem aos seus.

– Me mostra – Ayan pediu num sopro com um sorriso leve provocando Yok que estava completamente perdido em si.

Yok segurou com delicadeza na mão menor puxando-a até a barra da camiseta que vestia ainda tendo seus olhos fixos nos dele.

– Que merda é essa? – Aye indagou puxando sua mão do aperto do outro preocupado com o que ele desejava fazer.

– Me dá sua mão, quero te mostrar uma coisa – suplicou calmo envolvendo seus dedos pelo pulso do menor esperando uma confirmação de que poderia seguir.

– Se você fizer besteira eu vou te bater – ameaçou sério retirando uma risada baixa do maior.

Yok novamente trilhou o caminho anterior notando a atenção do menor em seus passos.

Deslizou com suavidade o que segurava para a parte interna da roupa que o cobria, sentindo as digitais gélidas tocarem a pele de sua barriga fazendo um arrepio subir por sua espinha.

– Ta sentindo? – questionou pressionando os dedos do rapaz em cima da cicatriz que havia sobre sua pele – Foi um tiro – afirmou num sussurro fazendo Ayan voltar com a atenção para seu rosto.

Os olhos levemente arregalados e os lábios entreabertos esclareciam a surpresa do menor quanto ao o que acabara de ouvir.

– Eu fui baleado há uns meses atrás – afirmou sentindo as digitais dançarem sobre o machucado – Eu e os caras estávamos tentando derrubar um filho da puta e fomos pegos roubando a carga da droga dele – afirmou fitando-o sério – E em meio a essa merda recebi um tiro, e, ainda fui sequestrado e quase jogado numa vala só porquê queria derrubar aquele desgraçado – contou apertando os lábios – No final deu certo, mas passei por muita merda até conseguir – sussurrou próximo ao rosto do outro que olhava-o com um olhar preocupado – Ainda acha que eu sou só um gostoso fútil, burguês? – questionou provocante mordendo leve o lábio inferior.

– Não – o menor assumiu cessando os toques que despejava sobre a pele morna do maior – Acho que você é maluco – insultou rindo baixo – Mas é um maluco mais interessante do que eu tinha imaginando – afirmou olhando-o atentamente.

Ayan estava realmente surpreso, e, um pouco assustado com a confissão de Yok.

O rapaz era um ativista? Ou um criminoso?

Afinal, o que o fez meter-se em meio à uma grande confusão como aquela e quase perder a vida? A troco de quê havia feito isso?

– Mas.. Porquê você se meteu em algo assim, afinal? – Ayan questionou afastando-se.

Yok suspirou tentando conter o desejo de puxá-lo novamente para perto de si.

Sentia-se cada vez mais enlouquecido por cada detalhe do menor. O cheiro que transpassava para si fazia-o imaginar o gosto de sua pele, via-se despejando todo o seu desejo por cada centímetro do corpo que necessitava provar.

– O cara era um filho da puta – afirmou tomando o copo em mãos tentando disfarçar o desejo que o tomava – Explorava geral e se fazia de bonzinho, uma hora alguém ia ter que expor ele – assumiu tomando um gole do vinho que parecia piorar cada vez mais sua situação – Apenas decidimos que seríamos nós que iríamos acabar com as merdas dele, igual ele fez com o pai do Sean, foi apenas uma troca – contou desejando encerrar o assunto para que não chegasse no policial que o traiu e acabar com o clima que estava se iniciando.

– Ele matou o pai do Sean? – Ayan questionou boquiaberto retirando um suspiro longo de Yok.

– Isso é assunto pra outra hora, bebê – Yok murmurou desviando o olhar para os lábios do rapaz já arroxeados pelo corante da bebida que tomavam.

– Cê tá louquinho pra me beijar né? – Ayan questionou abrindo um pequeno sorriso – Já notei que toda hora cê fica olhando pra minha boca – contou fazendo o outro sorrir largo.

– Não só pra te beijar – Yok afirmou mordendo leve os lábios – Só te beijar não vai ser o suficiente pra acabar com todo o tesão que tu me faz sentir – provocou dispersando seu olhar por todo o pequeno corpo que parecia cada vez mais atraente.

– Eu nem fiz nada pra você se sentir assim – Ayan lembrou rindo soprado desacreditado do que acabara de escutar.

– Sorte a minha, porquê se só de você existir eu já fico louco, imagina se fizesse alguma coisa pra me provocar – contou baixo em uma pequena risada – Cê ia receber várias homenagens, bebê – assumiu fitando-o.

– E se.. – Ayan sussurrou aproximando-se – Eu te provocar agora? – questionou num sussurro próximo aos lábios do maior adentrando novamente a camiseta que aquecera suas digitais momentos antes – Mas... você não pode me tocar, se não vou dar queixa de você – provocou deslizando leve seus dedos por toda a pele morna que tocava.

– Isso é covardia –

Obsession (YokAyan)Onde histórias criam vida. Descubra agora