I
Harry Potter acordou em um solavanco, e sentiu uma agulhada bem no seu rosto. A visão era turva, e apenas com um olho. No campo de visão limitado, se assentava de volta ao quarto, com o senhor Barebone lhe fazendo companhia, sentado na beirada da cama.
— Que bom que acordou, senhor Potter. Estava muito preocupado com o seu estado de saúde. Pensei que iria passar a noite toda desacordado.
— S-senhor Barebone... o que aconteceu?
— Você foi atacado por alguns moradores. Eles te viram e começaram a lhe espancar e só pararam quando perceberam que você perdeu a consciência e te deixaram em um beco perto de casa. Notei a sua ausência quando fui até o seu quarto, ver se estava tudo bem, e aí ao sair na rua, te vi caído, sangrando e abandonado. Eles deixaram o seu olho bem feio... creio que irá demorar um pouco até se recuperar totalmente da agressão.
Eu sabia que algo assim iria acontecer, se questionou mentalmente, afundando a cabeça no travesseiro e tentando relaxar. Sua mente parecia um tufão. Não se lembrava de absolutamente nada, e a última foi de ter feito sua famosa pizza para o jantar.
— Não tem problema. Agradeço por ter cuidado de mim. O que eu não entendo, é o que aconteceu. E-eu não lembro de nada... q-quem me agrediu? O senhor chegou a ver alguma coisa?
— Não, infelizmente. Mas posso adivinhar o motivo da agressão.
Harry não entendeu muito bem.
— Como assim?
— Não ficou sabendo? Seu nome está envolvido na mais nova fofoca que está sendo espalhada pela aldeia, de que... bem... estaria assediando a madame Snape.
Ah não, pensou, deve ter sido aquela cópia do Snape, a Cassiopeia. Igual ao pai até nisso... Harry nunca vai se esquecer do escândalo que Snape fez em Hogwarts, espalhando pelos quatro ventos daquele castelo de que havia um lobisomem sendo professor, no caso, era o senhor Remo Lupin, que foi obrigado a sair do cargo. — também tinha o lance da maldição do cargo de Defesa contra as Artes das Trevas, mas não vem ao caso — Agora com isso, as pessoas de Ravenclaw's Pride vão querer sua cabeça servida em uma bandeja.
— Isso é verdade? O senhor está fazendo essas coisas com a madame Snape?
— Não, claro que não. Isso é boato da filha dela, que me odeia e é igual ao pai, até para fazer escândalo. — Isso era errado, e Harry jamais vai falar o que sente por Erina ao senhor Barebone — Mas... eu sinto algo especial por ela. Admiração e respeito. Sabe... no meu primeiro ano em Hogwarts, eu recebi uma carta escrita por ela, que me desejava boa sorte. Guardo essa carta comigo até hoje. É apenas isso. Não tem nenhuma maldade, nem nada.
— Acho que entendi. Mas eu conheço a madame Snape e dificilmente ela vai querer outro casamento. — Harry respirou fundo — Descanse, senhor Potter. Se precisar de alguma coisa, é só chamar.
O senhor Barebone saiu, e Harry pode relaxar na cama e tentar dormir um pouco, mesmo que a dor em seu rosto dificultasse as coisas. O seu cérebro parecia com um balaço descontrolado e sem rumo. Suas lembranças se esvaiam. Maldita Cassiopeia. Harry precisava planejar uma vingança bem humilhante para aquela Snape de saias. Pensaria nisso mais tarde, quando se curasse da agressão.
II
Severo queria explicações de Mira Tonks, e por isso, depois de terem deixado o corpo de Harry perto do apartamento do senhor Barebone, além de ter apagado suas memórias, ele, a garota e Cassiopeia subiram pela montanha dos Doze Pavilhões, caminhando pela trilha que levava a Casa de Pedra.
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Emergência no Planeta Terra
Fanfiction"Nós somos a sua dor". Joanne Snape testemunhou a quase morte de seu pai. A crise arritmica seguida após a quebra do Pacto de Sangue deixou bem claro seu estado, mas por que tudo aquilo aconteceu? Voltaremos para o início daquele ano, com Severo Sn...