XII: Dançando em Vermelho II - A Luxúria Eterna

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AVISO: O capítulo a seguir contém descrições explícitas de violência e gore. Siga com cautela se for sensível a tais temas, ou simplesmente não continue. 

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Harry adentrou o saguão de entrada que parecia estranho para um lugar que foi abandonado há mais de cinquenta anos: bem arrumado, com uma iluminação vermelha que lhe causava bastante desconforto e com pôsteres de antigas peças pregadas na parede. Um deles, mostrava uma vulva sangrando e com fios pretos de costura em um fundo branco e abaixo estava escrito: As Crônicas de uma Bruxa de Luxo.

— Nossa. O pessoal começou mesmo a pegar pesado para tentar reerguer o teatro. — comentou Harry — Mas... que lugar bizarro... só tem pôsteres de peças eróticas. — Harry pegou seu smartphone e começou a tirar fotos de tudo — Vai para o relatório.

E cada vez mais que avançava pelo saguão, mais daqueles posters esquisitos apareciam, ambos simulando algo sexual como posições ou genitais à mostra, que fez o estômago de Harry dar uma revirada e bile subir e queimar sua garganta. Tentou ignorá-los e encontrou uma escadaria no fim do saguão, que levava para uma cafeteria.

Ela mostrava um pouco mais do abandono: mesas e cadeiras cobertas com um pano branco, caixas de madeira desgastada eram posicionadas nos cantos, e o balcão de atendimento, só tinha um letreiro em neon brilhando em vermelho, mostrando uma xícara de café e as palavras "Daylight Café" destacadas.

Harry tirou foto de tudo, porque era muito estranho que um lugar dito "abandonado" esteja com suas luzes ligadas, e ainda contendo um letreiro em neon — ele duvidava muito que nos anos 1960 já tivesse essas coisas — funcionando.

— Esse lugar está abandonado, uma pinóia. — disse, tirando mais fotos.

Agora era achar o palco. Encontrou mais um lance de escadas ao lado do balcão do café e subiu, atravessando uma cortina vermelha do outro lado e ali, finalmente, chegando ao auditório.

O abandono ali ficava mais evidente: poltronas vermelhas rasgadas, sujas e desgastadas, portas de camarim fechadas. O camarote do lado de cima, também todo abandonado e o palco todo estragado e com uma velha cenografia imitando uma floresta. Mas o que lhe chamou a atenção, com certeza, foi o que estava desenhado ao lado direito do palco; um símbolo feito com tinta preta, mostrando um triângulo para baixo com uma linha na ponta sendo cortada por mais três linhas, em forma decrescente.

Tudo estava tão claro. Ali era a sede dos assassinos.

Harry ficou ao meio do palco após atravessar o corredor dos assentos, quando dois holofotes no seu lado esquerdo se acenderam. Olhando para cima, viu que tinha alguém no sistema de iluminação do palco, mas não conseguia enxergar por ser uma frestinha retangular muito sutil.

— Ora, ora... o que temos aqui? O senhor Harry Potter... — a voz de um microfone agudo pertencia a uma mulher — O que tamanha presença faz em nosso humilde teatro?

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