XXVII: Agoureiro e a Abominação

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I

O segundo dia em Hogwarts ocorreu nas expectativas esperadas, mesmo com as mudanças por conta da doença. Joanne Snape teve suas aulas dentro do comum, mas por não ter permissão de sair da sala de Adivinhação, ela era obrigada a assistir aulas de matérias que ela não estava inscrita, como Estudo dos Ghouls, matéria que Apolonia Brando e Narciso Black eram inscritos.

Joanne não demonstrou muito entusiasmo, mas achou bem interessante saber mais sobre o universo das não criaturas e entidades sobrenaturais. O professor da matéria se chamava Lionel Elwood, um bruxo baixinho e engraçado de longos cabelos e barba grisalha que usava um tampão no olho esquerdo, que começava a aula contando uma história estranha (e possivelmente falsa) de quando foi atacado por uma criança que se transformou em vampiro na Espanha. O professor dizia que o ser era tão raivoso e esquisito que parecia ter sido possuído por um poltergeist assassino.

— Não liga para ele, Jojo. O professor Elwood é meio dramático — disse Narciso, vendo que, tanto ela quanto Hermes pareciam bem desconfortáveis, ainda mais que o professor começou a dar detalhes minuciosos e cirúrgicos de como a criança vampira havia lhe arrancado o olho.

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas também não ajudou a melhorar o clima caótico. O professor Kasimier Warren havia trazido uma maleta de couro velha e com fiapos que se balançava tão raivosamente quanto a tal criança vampira do professor Elwood, além de um som que se assemelhava com o de um relincho de um animal equino em sofrimento.

— Foi difícil capturar um desses, quase impossível, mas para a aula de hoje, falaremos sobre o Feitiço do Patrono, uma das habilidades mais difíceis e raras de se conjurar. Sabiam que mais da metade dos bruxos adultos, incluindo aurores experientes, não conseguem conjurar um Patrono? Ou até conseguem, mas tudo que emitem é um fio de luz que não serve nem para espantar um espírito agourento. Pois na aula de hoje, vou ajudar vocês a conseguirem invocar o seu patrono, ou pelo menos, a forma não corpórea.

Alguém levantou a mão de uma maneira entusiasta; era Rosa Granger-Weasley.

— O senhor trouxe um dementador para a aula?

A sala riu; Rosa não gostou e abaixou sua cabeça.

— É parecido, mas não é um dementador.

— Então é uma banshee? — a sala riu de novo e Rosa começou a se aborrecer. O professor teve que levantar as mãos para que os risos cessassem.

— Também não, mas faz um barulho tão horrível quanto uma banshee. Vocês vão ver quando eu lhes mostrar. Só peço encarecidamente para que, quando eu libertar a criatura, não fiquem fazendo muito contato visual. Ele pode não ser um sugador de almas como um dementador, mas consegue entrar na mente e fazer uma pessoa enlouquecer. O irmão do senhor Potter quase desmaiou na minha aula por ter ignorado os meus avisos — todos riram, mas Alvo Severo parecia estar rindo mais. Todos do quarto ano entraram em um consenso de que odiavam Tiago Sirius Potter. — Agora, alguém sabe me dizer como pode-se fazer um Patrono?

A maioria dos alunos levantou as mãos, mas o professor apontou para Elillon Krukman, a garota da Corvinal que fazia magias com uma gigantesca espada.

— Com uma lembrança altamente feliz.

— Exatamente, senhorita Krukman.

— Inclusive professor, eu sei conjurar um Patrono.

A sala chiou maldosamente, duvidando das palavras da garota.

— É mesmo? Então gostaria de nos fazer uma pequena demonstração. Estou curioso para saber como alguém que usa uma espada ao invés de uma varinha pode conjurar o Feitiço do Patrono. Já vi muitos bruxos formidáveis fazendo magias avançadíssimas com uma espada, mas o Patrono será a primeira vez.

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