Faz alguns meses desde que o evento, Dogs, aconteceu. E desde então eu tenho recebido várias propostas de novos eventos. Conseguimos não ficar no prejuízo, e melhor ainda, estamos fazendo muito sucesso. Inclusive estou analisando uma proposta de fazer a Dogs na França, isso é totalmente incrível.
Tudo está indo maravilhosamente bem. Celina está amando ser instrutora, meus negócios vão bem, meu casamento é em, um pouco mais de três meses, eu estou super ansiosa. Aurora, filha de Brody e Zoe, nasceu há dois meses, ela é uma gracinha. Merida, está de, refecem completos, oito meses.
Celina: amor, tá pronta?
Minha esposa me chama, me tirando dos meus pensamentos e me dando um selinho.
Ayla: estou, joaninha.
Pego minha bolsa e seguimos até a casa de Dom e Merida. Os últimos domingos estão sendo na casa deles pra evitar que Merida faça muito esforço. Não faço ideia de como ela ainda consegue andar por aí, com aquele barrigão de trigêmeos. Quando o carro para, eu desço e espero por minha esposa. Entramos na casa e quase todos já estão por aqui.
Tomas: tia Lala. Tia Lala.
Meu sobrinho corre, com as perninhas curtas, em minha direção. Eu me baixo e o pego no colo, ganhando um beijinho na bochecha.
Ayla: oi, tom-tom.
Tomas: oi. Oi tia linda.
Ele fala pra Celina, arrancando risadinhas de dois duas. A maioria das outras crianças, da família, chamam Celina de tia Lina, mas Tomas sempre acrescenta um "d" ali no meio, e eu não posso discordar dele. Minha mulher é linda mesmo.
Celina: oi, tom-tom.
Ela responde e bagunça, os poucos, fios de cabelo dele. Observo ao redor e vejo que quase todos já estamos aqui, aproveito para cumprimentar todos. Vejo meus sogros chegarem assim que me sento, agora sim, estamos todos presentes.
Depois que terminamos de almoçar, eu me sento na grama para brincar com Chloe e Dylan. Olho para a frente e vejo Brody com aurora no Colo, e ele sorri, todo bobo pra bebê. Um pouco pra esquerda, vejo meu irmão, e como sempre ele está conversando com a barriga de Merida. Não só eles, mas todos estão felizes, é tão incrível de ver.
Celina anda na minha direção e automaticamente um sorriso apaixonado surge em meus lábios e ela retribui. Celina se senta com a gente e eu beijo a bochecha dela, antes de voltar minha atenção para as crianças, percebendo que Chloe me encara.
Chloe: pq vc gosta de garotas?
Franzo o senho com a pergunta, afinal, Chloe só tem cinco anos.
Ayla: como assim?
Chloe: é que vc tá sempre com a tia Lina, e minha mãe falou que vcs sempre foram melhores amigas.
Celina: nós ainda somos melhores amigas.
Chloe: é isso que eu não entendo. Pq vcs são amigas de outra menina?
Encaramos ela um pouco tentando achar a resposta.
Chloe: Meninas são chatas, escandalosas e só brincam com brinquedos chatos, os brinquedos dos meninos são muito melhores.
Dylan: são mesmo.
Chloe: olha isso...se colocar a boneca aqui, ela fica aí pra sempre.
Ela diz colocando a boneca deitada na grama.
Chloe: mas olha o que esse carrinho faz.
Ela aperta um botão e o carrinho passa por toda a pista até chegar no final.
Chloe: isso é muito mais legal, do que isso.
Ayla: vc pode brinca com qualquer brinquedo, não importa se são "de meninos" ou "de meninas". O brinquedo é pra quem quiser brincar.
Ela nega com a cabeça.
Chloe: só posso brincar com eles aqui, ou em casa, pq na escola a professora não deixa.
George: como assim filha?
Ele diz atrás de mim, me fazendo assustar um pouco.
Chloe: eu levei um dos meus carrinho para escola, e a professora pegou ele dizendo que não era meu, ela guardou bem alto no armário.
George: ela não te devolveu.
Chloe: não, papai. Ela não devolveu, e disse que não poderia ser meu, pq é brinquedo de menino.
Ela diz triste, e o pai dela se senta na grama, ao lado dela. É sério que ainda existem pessoas assim?
George: amorzinho, não existe isso de brinquedo de menino ou de menina. Brinquedos são pra diversão, e cada criança brinca da forma que quiser.
Chloe olha pra ele, com os olhinhos brilhando.
George: não se preocupe, pq eu vou conversar com sua professora. E se alguma coisa assim acontecer de novo, vc promete que conta pro papai?
Chloe: prometo.
Ela ganha um beijinho na bochecha, antes do pai dela se levantar e ir até a esposa.
Dylan: conta pra mim também, que eu te protejo, igual o homem de ferro.
Chloe: sério?
Dylan: claro que sim, vc é minha pilima favorita.
Eles são um abraço meio torto antes de voltar a brincar.
Celina: pilima?
Dylan: é, igual vc e a mamãe.
Celina: ahh...é prima.
Dylan: isso! Pilima.
Nós sorrimos enquanto observamos eles brincado.
Quando me deito na cama ao lado da minha esposa, as coisas que a professora de Chloe dias a ela, martelam na minha cabeça. Os professores não deveriam fazer esse tipo de julgamento, é totalmente ultrapassado. Sinto um aperto no peito quando penso que talvez esses pensamentos são enfiados nas cabecinhas das crianças todos os dias.
Ayla: amor, se um dia nos tivermos filhos. Promete que vamos ter muito cuidado com o que é encimado a eles?
Celina se deita de lado e me encara de cenho franzido.
Ayla: não quero que nossos filhos sejam preconceituosos, sexistas, ou qualquer coisa assim. Vc viu como a Chloe ficou triste, por algo que um adulto sem noção fez. Então promete?
Ela faz um carinho no meu cabelo, antes de me dar um beijo casto.
Celina: prometo. E não se preocupe, Chloe vai ficar bem, pode ter certeza que Annie e George vão botar fogo naquela escola.
Ela caba rindo e eu a acompanho.
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O que acontece Vegas não fica em Vegas
RomanceDominique Vasselot conseguiu passar na NYU (New York University), e seu pai lhe deu uma ótima ideia: comemorar em Vegas. O que seria o máximo, se seus melhores amigos não dessem pra trás de última hora. Porém as mães de dele tem um ótimo plano para...