Capítulo 32

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Entro na sala de aula e me sento no lugar de sempre, na primeira fileira, esperando o professor que ainda não chegou

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Entro na sala de aula e me sento no lugar de sempre, na primeira fileira, esperando o professor que ainda não chegou. Merida teve alta ontem, e me expulsou de casa dizendo que se eu não viesse pra aula, ela voltaria pra casa dos pais dela. Então obviamente a chantagista gostosa ganhou e eu vim.

Tenho tantas coisas pra fazer antes do bebê nascer...preciso começar a riscar itens da lista. Preciso achar um lugar pra abrir meu estúdio de tattoo. E quando achar o lugar certo tenho que comprar todos os materiais, desde das agulhas até a maca, tudo mesmo.

O lugar onde moramos é outra preocupação. Quando comprei pretendia passar quatro anos nele, talvez mais. A ideia era ficar mais perto do trabalho e da faculdade, mas agora minha vida é diferente e aquele lugar não se encaixa mais. Lá é sala e cozinha junto, e um quarto com banheiro, ou seja, não dá para criar meu filho lá. E além disso, eu quero que nosso bebezinho cresça radiado por todos, e tenha uma infância tão boa quanto a nossa.

Abro o aplicativo de mensagens e mando umas para Merida, perguntando como ela está e se está tudo bem. Além disso mando uma mensagem para Benjamin, meus sogro, perguntado sobre comprar uma casa. Alguém chamando meu nome repetidas vezes me arranca dos meus pensamentos, é o professor.

Professor: Senhor Vasselot, correto?

Dom: isso!

A turma inteira está completamente calada.

Professor Harrison: o senhor faltou na minha aula de ontem, e não está prestando atenção na de hoje. Minha matéria é bem importante na grade curricular, minhas provas são o terror dos alunos, e eu não dou nota de graça.

Ele diz rude. Acho que ele me pegou pra fazer de exemplo.

Professor Harrison: então peço a todos vcs, incluindo o senhor Vasselot aqui, que tenham o mínimo de respeito quando eu estiver dando aula, e abandonem os celulares.

Enfio o meu celular no bolso pra não ter mais confusão, porém o velho barrigudo ainda não acabou.

Professor Harrison: vc se parece com um delinquente com tantos rabiscos. E se não faz questão da aula, pode se sentar no fundo, onde eu não te vejo, ou pode sair da minha aula. Porém se sua escolha for a última, lembre-se que pode perder a matéria por falta de frequência.

A sala toda fica surpresa com a fala dele, inclusive eu, principalmente pq ele ele está olhando diretamente pra mim.

Dom: senhor Harrison, eu estava até concordando com o senhor, o senhor errou em me chamar de delinquente.

Professor Harrison: errei?

Dom: sim. Principalmente se o motivo for só as minhas tatuagens. Esse pensamento é bem retrogrado e preconceituoso.

Minha voz sai tranquila e pacífica, até pq eu não quero irritá-lo ainda mais, só que ele abonador falar assim comigo. Porém ele acha graça e cruza os braços.  E várias pessoas tem seus celulares em mãos filmando o cena.

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