Agradeço mentalmente pelo álcool que desce queimado minha garganta. E ao mesmo tempo amaldiçoo meus amigos por terem manda Merida comigo nessa viajem.
Normalmente eu sempre estou olhando pra ela repetidas vezes durante os minutos, mas hoje eu não consigo afastar meus olhos dela nem por um milésimo de segundo. O vestido vermelho decotado e colado ao corpo, deixa muito pouco para imaginação, os saltos fazem as penas ficarem ainda mais convidativas, o rosto lindo que eu conheço bem está quase sem maquiagem me deixa completamente rendido.
Eu estou simplesmente ferrado. Primeiro pq assim que os urubus começarem a chegar nela, eu vou ficar puto, e não vou poder fazer nada. Segundo estamos bem, bem longe de casa e dos olhares dos nossos pais, o que é praticamente um empurrão. Terceiro, o fato de que agora eu tenho consciência dos olhares dela sobre meu corpo, e isso mexe comigo...e com meu pau.
A mão de Ayla em minha coxa me deixa totalmente acesa, e eu penso seriamente em voltar para o hotel. Ela me dá um cutucão chamando minha atenção e eu olho para ela, que indica a troca de olhares entre seu irmão e minha prima. Caralho, os dois estão se comendo com os olhos.
Ayla: daqui a pouco os dois vão ficar parecendo duas uvas passas. Que secada é essa?! Misericórdia.
Ela fala em meu ouvido e logo estamos rindo, o que faz os dois sairem do transe que estavam. Eles sorriem em nossa direção, me fazendo pensar que talvez tenha ouvido o que Ayla disse.
Merida: vcs ficam bem assim, juntas e felizes.
Dom: mil vezes melhor do que quando estavam brigadas.
Ah é por isso que eles sorriram. Nunca percebi que nossas famílias davam tanto apoio, mas com o que nossas mães aprontaram e o constante comentário dos dois, minha ficha caiu. E sinceramente, cansei de fingir que a Ayla não é a mulher da minha vida.
Sorrimos em agradecimento. Poucos minutos depois estamos na porta da balada, e antes que Dom abra a porta eu faço um aviso.
Celina: se vcs forem sumir, só mandem mensagem avisando okay?
Dom: certo.
Merida: okay.
Ayla: lembrem do outro combinado...
Celine: sem questionamentos, sem complicações, só aproveitem e se deem uma chance, assim como estamos fazendo.
Eles trocam um olhar bem significativo, e depois concordam. Descemos do carro e quando chegamos na porta os seguranças liberam passagem, nos deixando passar na frente de muita gente. Amo os privilégios de carregar o sobrenome Crawford.
O lugar está cheio, nos caminhamos até o bar, pedimos alguns shots e logo eu puxo Ayla para pista de dança. Nós começamos a dançar, e nos divertir, e quando as musicas se tornam mais quentes, nossos corpos automaticamente se grudam.
A bunda dela está colada em mim, minhas mãos seguram ela pela cintura, e uma das mãos dela agarra minha nuca. O perfume que ela usa é tão gostoso que aproximo meu nariz em seu pescoço. A forma como ela se mexe, me deixa em brasas.
Celina: Ayla...
O nome dela sai da minha boca como a porra de uma oração, e eu sinto que ela estremece. Ela se vira de frente pra mim, e a próxima coisa que sinto são os lábios macios sobre os meus. As mãos dela se infiltram em meu cabelo, as minhas puxam, como se fosse possível nos aproximar mais.
O beijo é quente e me deixa de pernas bambas, a língua dela dança no mesmo ritmo da minha. Nos só nos afastamos por falta de ar, e o selinho que ela me dá no final é a cereja do bolo. E com apenas um beijo, eu to excitada e minha calcinha já era.
No minuto seguinte Ayla me prenda contra a parede de um canta qualquer da balada. As mãos dela passeiam por meu corpo, assim como as minhas fazem com ela. Vários beijos e selinhos depois, nós nos encaramos, sorrindo, presas em um mundinho só nosso.
Quando saímos do transe decidimos ir até o bar beber alguma coisa. Peço um blood Mary, e Ayla pede shorts de tequila. Bebo um gola da minha bebida e olho as pessoas ao nosso redor, uma chama minha atenção.
Celina: pq ele tá daquele jeito?
Aponto para Dom, que está escorado da parede, com os braços cruzados na frente do peito e uma carranca enorme e assustadora. Sinceramente se eu não o conhecesse, eu logo seguraria bem firma o cabo da minha Glock.
Ayla: aquela cara é a de ciúme.
Ela diz e me puxa pra onde o irmão está. E desse ângulo podemos ver minha prima, rebolando a bunda e dançando sedutora. Várias pessoas a olham com desejo, mas ela nem percebe, ou finge que não.
Celina: pq vc não vai lá?
Dom: pq eu não seria capaz de manter minhas mãos longe dela. Principalmente se ela dance colada em mim.
Celina: e isso seria ruim?
Dom: não, se ela não estivesse bêbada.
Volto a olhar para minha pronta e percebo que ela está sorrindo fácil e bem grogue. Ela realmente tá bem soltinha. Um rapaz se aproxima dela, mas ela nega o que quer que seja que ele perguntou, antes que ele possa insistir Dom se aproxima.
Celina: como ele chegou lá tão rápido?
Ayla simples mente dá de ombros e me puxa pela cintura e nos começamos a dançar novamente. Quando paramos de dançar minhas pernas reclamam pelo esforço, não sei quanto tempo tem que estamos dançando.
Quando saímos da boate, eu e Ayla estamos rindo atoa e trocando as pernas, Merida está balbuciando frases sem sentido, e Dom está completamente sóbrio. Ele segura minha prima o tempo todo, aposto que se solta ela cai. O pensamento me faz ri, e eu acabo tropeçando, mas Dom me firma com a mão livre.
Dom: aonde eu fui me meter?
Acho que cochilei pq chegamos ao hotel e eu nem vi o caminha que fizemos. Dom nos coloca pra dentro do quarto, e nos cobre antes de sair com Merida a tira colo. Espero que eu não me arrependa isso amanhã de manhã, esse é meu último pensamento antes de cair no sono.
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O que acontece Vegas não fica em Vegas
RomansaDominique Vasselot conseguiu passar na NYU (New York University), e seu pai lhe deu uma ótima ideia: comemorar em Vegas. O que seria o máximo, se seus melhores amigos não dessem pra trás de última hora. Porém as mães de dele tem um ótimo plano para...