•ɴᴏᴍɪɴᴀʀ•

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Maiara point of view

Despertei depois de algumas horinhas de sono e ao olhar pro lado vi a cena mais emocionante da minha vida, depois do nascimento das minhas filhas. Henrique segurando uma das nenéns enquanto fazia carinho na outra. Neste momento vejo que toda a dor que eu passei valeu a pena, ver essas coisinhas tão pequenas e perfeitas. Henrique virou-se para mim e percebeu que eu os admirava e sorriu com a nossa bebê no colo trazendo-a até mim.

- Dá bom dia pra mamãe, princesa! – Ele fala com a voz fofa se inclinando e mostrando ela para mim, abro um largo sorriso largo estendo as mãos para pegá-la nos meus braços.

Meus olhos se enchem de lágrimas ao sentir o cheirinho tão gostoso que ela tem, a pequena se remexe em meus braços e me ajeito a segurando direito. – Calma, princesa! Shiu...

Henrique se afasta e pega outra iguaizinha no colo e trás para perto de mim, ficamos os dois babando nas nossas filhas tão pequenas e frágeis, sabendo que um dia serão tão fortes como nós dois.

– Eu amo tanto vocês três! – ele fala enquanto nina a nossa pequena. - Queria dizer que ontem você foi incrível... a sua força, Maiara, foi admirável e hoje te respeito o dobro de antes! Você é incrível, baixinha! – Ele me dá um beijo na testa me deixando emocionada.

- Eu que te amo, papai babão! – Sorrimos juntos e depois nos afastamos voltando a atenção para elas.

- Já decidiu os nomes ou ainda está indecisa? – perguntou ele me encarando.

- Pensei muito, muito mesmo, e decidi que elas vão se chamar...

Maraisa point of view

Resolvi descer com Marília para comer alguma coisa no refeitório do hospital, então nos sentamos em uma das mesas e o silêncio pairou entre nós duas. Tentei puxar algumas conversas, mas ela ou ficava em silêncio ou respondia o básico. O momento de emoção parecia ter passado e agora ela tinha voltado a se fechar.

- Marília, fala comigo... – choraminguei puxando sua atenção.

- Eu estou falando, Maraisa! – respondeu sucinta.

- Não está não, odeio esse clima entre a gente... Sei que está chateada, mas você nem olha na minha cara! – finalmente ela me olhou, mas continuou em silêncio. – Tudo bem, quer conversar? Vamos conversar!

- Mas meu deus, você engoliu a Maiara? Tá falando igual hoje! – respondeu sem paciência. – Aqui não é lugar nem momento pra ter essa conversa, e eu já disse... Quero ficar na minha!

- E que momento seria perfeito então? – perguntei tentando manter a calma, já que ela não tinha. – Porque você sempre fala sobre conversar sobre TUDO que acontece, mas agora eu quero e você não.

- Agora sabe como me sinto... – respondeu dando de ombros e bufei.

Novamente o silêncio pairou entre nós duas e o clima pesou. Mas depois de um tempo ouvi a loira respirar profundamente se ajeitando na cadeira e levantei minha cabeça para olhar em seus olhos.

- Eu só tô te pedindo calma... – comentei baixo.

- Não, você está me pedindo pra desistir! Você beijou uma pessoa na minha frente!

- Foi só um selinho, não teve importância!

- Foda-se o selinho, foi muito mais do que isso, sua atitude de fazer isso pra me atingir foi pior do que você beijar aquele projeto de adolescente na puberdade! – respondeu brava e eu olhei em volta pra ver se alguém nos observava, mas o refeitório estava vazio.

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