Learning To Love

•ᴀᴛʀɪᴛᴏ•

Maiara point of view

Chegamos em Goiânia por volta das 3h da manhã, tomei um banho para relaxar meus músculos e dormi. Quando despertei era por volta de 12h, peguei meu celular para verificar, já que o usei ontem apenas para falar com a Marília, e quando verifico as notificações meu coração parece errar uma batida quando vejo quem havia mandado mensagem.

Larissa.

Abro nossa conversa rapidamente e então passo meus olhos por aquele mini texto, lendo mentalmente:

"Oi Mai, sei que prometi manter uma devida distância, mas não consegui não vir falar com você. Vi nos sites de fofoca que você passou mal ontem, está tudo bem? E com os seus filhos? Eu fiquei meio receosa, posso ter sido o motivo por esse mal estar? Se fui, por favor, me avisa porque não quero prejudicar sua saúde e a dos bebês. Mas se não fui... Conte comigo, se precisar de qualquer coisa! Se cuida, eu amo você!"

Ao terminar de ler, sinto um arrepio passar por meu corpo enquanto lia e relia as três últimas palavras. Não era a primeira vez que Lari dizia que me amava, sempre fomos amigas e muito carinhosas uma com a outra, mas dessa vez parecia ter sido diferente... ou talvez não. Penso em mil maneiras de digitar uma resposta digna, mas nenhuma parecia ser boa o suficiente, no final decidi gravar um áudio.

- Oi Lari, nós estamos bem sim! Eu cheguei em Goiânia ontem e fui dormir, desculpa a demora! Foi uma queda de pressão... - Penso um pouco e então continuo com certo receio. - Sei lá... na verdade, acho que foi me corpo pedindo um tempo da minha mente, está tudo tão conturbado. Tem dias que eu acordo tendo certeza de tudo e outros que nada parece certo, que meu destino está na corda bamba e eu nem posso ficar confortável nos shows porque não sabem que estou grávida então também não sabem que aqueles saltos me matam. Não posso explodir com a pessoa causadora de tudo isso em minha vida, porque sou eu!

Finalizo o áudio e resolvo gravar outro para mandar em seguida.

- Só estou cansada, tenho medo de decepcionar meus bebês e não ser uma mãe ideal... porque eu nem tenho certeza de que conseguirei manter o meu amanhã tranquilo. - Minha voz começa a mostrar sinais de choro e tento segurar. - E aí, entra o meu coração... que não ajuda, sabe aquilo de razão e coração? Nenhum dos dois estão me ajudando! Eu gosto tanto de você, não é um sentimento bobo ou atração! Eu me apaixonei por você, mas não posso ser egoísta ao ponto de te dar um sentimento incerto, mas você vem toda fofa e isso me faz tão bem e eu... só quero chorar, porque não fui justa com você! - Quando finalizei o áudio eu já estava claramente aos prantos, seco minhas lágrimas e então me levanto para tomar um banho.

"Não pensem que essas incertezas incluem vocês, no momento a única certeza que eu tenho é vocês, meus bebês" - Penso enquanto acaricio minha barriga, sentindo a água quente descer por meu corpo.

Após meu banho, vou até o quarto da minha irmã e estranho o fato de sua porta estar aberta.

- Irmã? – chamei colocando minha cabeça para dentro do quarto.

- Eu estava te esperando... - A morena falou, seu corpo estava coberto.

Abro um sorriso ao ouvir o que ela havia dito, talvez tenha escutado ou apenas havia sentido, ando até sua cama e me deito sentindo seus braços envolverem meu corpo.

- O que foi, hein? – perguntou me encarando.

- Lari me mandou mensagem perguntando se eu estava bem e se ela tinha alguma coisa a ver com o meu mal estar.

- Ela se importa com você, acho legal da parte dela colocar o carinho e a amizade de vocês acima do que está rolando! – respondeu fazendo cafuné em minha cabeça.