• ᴅᴇsᴇɴʟᴀᴄᴇ •

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Maraisa point of view

Abri os olhos com um pouco de dificuldade, minha cabeça latejava de tanta dor e meus olhos pesavam. Senti um braço em minha cintura e percebi que eu estava deitada em cima de Marília que mantia seu braço esquerdo por cima de mim. Tentei me levantar sem acordar a loira que dormia tranquilamente, mas assim que me mexi ela me apertou mais aumentando o meu enjoo. Eu estava com um blusão e por baixo uma calcinha, só me lembro de poucos flash's da noite, mas o principal é: nunca mais vou beber.

Tentei sair novamente e Marília acordou me soltando e se espreguiçando. Me sentei na cama e levei uma das mãos até a cabeça.

- A ressaca tarda, mas não falha! – Marília comentou com a voz rouca de sono. – Bom dia, morena!

- Cê anotou a placa do caminhão?

- Não, só o nome da motorista... Maraisa, cê conhece? – disse sorrindo e fazendo carinho na minha perna.

- Tô ficando véia pra ter ressaca... – comentei prendendo meu cabelo em um coque. - Eu só queria o chambari pra curar essa ressaca! – comentei manhosa fazendo bico.

- Isso é um desejo de grávida? – Marília perguntou me fazendo olhá-la confusa.

- O que? – perguntei rapidamente ainda perdida.

- Ontem cê me pediu igualzinhos... Ou igualzinhas... Até falou pra gente tentar naquela hora, mas com o Diego do nosso lado não!

Abri a boca para falar, mas nada saiu, então apenas escondi meu rosto com as mãos a ouvindo gargalhar alto. Eu estava morrendo de vergonha, não acredito que pedi isso pra Marília... E na frente do Diego! Será que a Larissa e Maiara também ouviram?

- Eu nunca mais vou sair desse quarto! – comentei ainda tampando meu rosto. – E a gente tentou? Quer dizer, eu sei que não tem como, mas a gente... – perguntei receosa por não lembrar.

- Não, a gente não transou porque você estava muito bêbada! – respondeu sorrindo e fiquei quieta me forçando a lembrar aquele momento. - Espera, cê realmente não lembra disso? – Marília perguntou tirando minhas mãos do rosto e parando de rir. Apenas neguei com a cabeça. – Não lembra de nada do que falou ontem? – insistiu um pouco mais séria.

- Eu lembro de poucas coisas, Lila! Lembro da gente compondo, brincando, começando a beber, lembro de ficar com muito frio no chuveiro...

- Então lembra das coisas importantes! – me cortou forçando um sorriso. – Vou pegar um remédio pra você, fica aí... – respondeu se levantando.

- Deixa eu terminar de falar! – reclamei e continuei, tendo seu olhar sobre mim. – E lembro de falar que eu te amava quando tava deitada... – Marília nada disse, apenas sorriu de lado. – Não falei só porque estava bêbada, eu te amo!

A loira que estava em pé se aproximou de mim novamente e se inclinou para ficar da minha altura, ela depositou um selinho demorado em meus lábios sorrindo em seguida.

- Eu também te amo! – disse acariciando a minha nuca. – Agora fica aí que eu vou pegar os remédios pra essa ressaca e pedir para fazerem chambari de almoço!

- Hm, assim eu vou querer sempre estar de ressaca! – comentei mordendo o lábio inferior.

- Não abusa também, só tô indo porque também quero chambari! – disse teimosa e apenas levantei as mãos em rendição.

Marília desceu e resolvi levantar para escovar os dentes, ao chegar no espelho do banheiro percebi a minha péssima cara de ressaca. Eu ainda estava enjoada e a dor de cabeça não passava, então apenas fiz a minha higiene matinal e corri novamente para a cama cobrindo meu rosto com o edredom por conta da fresta de luz que entrava no quarto e que estava incomodando minha visão.

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