Maiara point of views
Senti meu corpo pesado, minha cabeça doía um pouco e tentei abrir os olhos, mas uma luz branca muito forte me incomodou então permaneci imóvel e com os olhos fechados por mais alguns segundos, confesso que estou um pouco confusa, pois não me lembro muito o que aconteceu e nem onde estava. Permaneci ali até que me senti um pouco mais consciente e fiz esforço para abrir os olhos. Com dificuldade virei minha cabeça para o lado e eu estava... Em um hospital? Olhei rapidamente para o incômodo em meu braço e percebi que estava com um acesso, comecei a me desesperar, eu estava grávida. Comecei a tentar levantar assustada e levei minha mão até ao acesso, mas fui impedida rapidamente por uma mão forte que afastou a minha e em seguida segurou meus ombros forçando meu corpo para se deitar novamente. Olhei em direção a pessoa e identifiquei Henrique.
- Calma, Maiara, tudo bem... - disse afobado. - Vai ficar tudo bem!
- As minhas filhas... - respondi chorando em desespero. - Eu perdi as minhas filhas? Por que vai ficar tudo bem? As minhas... - disse de uma vez só, estava doendo tanto, eu mal conseguia respirar. Não podia ser, não podia!
- Elas estão bem, se acalma, por favor! - disse me abraçando e eu desabei em seus braços, não conseguia parar de chorar. - Não aconteceu nada com elas! - contou baixinho em meu ouvido tentando me acalmar e ao fundo eu ouvia o barulho irritante do aparelho ao meu lado indicando meus batimentos cardíacos disparados.
- Não mente pra mim, por favor! - respondi tentando parar de chorar.
- Elas estão bem... e você também! - disse se afastando para olhar em meus olhos e enxugar minhas lágrimas. Finalmente fui me acalmando e comecei a fazer técnicas de respiração para tentar me acalmar.
- O que aconteceu? - Perguntei um pouco mais calma, acariciando minha barriga.
Henrique se sentou na cama ao meu lado e suspirou ajeitando meu corpo sentado na cama também com cuidado, por causa do acesso. Minha cabeça ainda latejava.
- Eu não sei o que aconteceu direito porque só cheguei depois, mas você caiu da escada e teve uma leve contusão na cabeça, também levou uns pontos no supercílio porque fez um corte na queda, mas nossas filhas estão bem... Por pouco não aconteceu nada com elas, mas tiveram alguns riscos, Deus é bom demais! - Disse fechando os olhos por alguns segundos e soltando o ar, aproveitei para levar a mão até acima do olho direito sentindo os pontos e o curativo. - Maiara, quando cheguei na sala a Amanda também estava lá, você se lembra? - apenas assenti e ele continuou. - Me diz a verdade, ela te empurrou da escada?
- Que? Não, ela não me empurrou! - respondi rapidamente arregalando os olhos. - A gente discutiu, ela começou a jogar algumas coisas na minha cara, me xingar e eu senti meu corpo desfalecendo aos poucos. Senti um nervoso muito grande, uma sensação estranha e só me lembro de bater em algo.
Maraisa point of view
Eu não aguentava mais ficar naquela sala de espera, estava com Maiara no quarto a esperando acordar, mas Henrique quis trocar comigo... Na verdade, me expulsou, então voltei para a sala de espera para ficar com a tia Ruth e Marília que permaneciam sentadas ali enquanto eu não conseguia parar de andar. Meus pais e irmão tinham ido comer alguma coisa há pouco tempo e depois César filho levaria meus pais para casa, pois não sabíamos quanto tempo demoraria. Paulinha estava agitando tudo pelo celular, gerenciando crise na mídia, resolvendo as questões do hospital e falando com Marília pelo celular já que eu não tinha condições de acompanhá-la. Não aguentava mais de preocupação.
- Maraisa, cê vai furar um buraco no chão, senta aqui! - Marília se manifestou depois de um tempo. Ouvi a Tia Ruth sussurrar para que ela me deixasse.
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Learning To Love
أدب الهواةMaiara Carla, aos 29 anos está no auge da sua carreira com a sua irmã gêmea Maraisa. Em uma de suas aventuras por Goiânia, numa noite regada a muito álcool e modas sofridas, algo acontece. Maiara se vê completamente perdida ao se dar conta de que o...