•ʀᴇᴇɴᴄᴇᴛᴏ•

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Maiara point of view

Despertei-me aos poucos e com dificuldade abri meus olhos, minha cabeça parecia dez vezes mais pesada. O quarto estava frio, passei a mão ao meu lado e percebi que estava sozinha, eu não fazia ideia de que horas eram e nem de como vim parar em casa, não me lembro de nada.

Passei a mão em meu corpo e percebi que eu estava vestida com uma camisola então me sentei com cuidado na cama e encostei-me na cabeceira, pois estava sentindo um enorme desconforto deitada, a ardência no estômago era constante e uma leve náusea começou a me incomodar.

- Ai meu Deus do céu, por que eu fui beber ontem? - resmunguei levando a mão até a cabeça pela fisgada.

Levei a mão até o abajur e liguei a luz, forçando os olhos incomodada quando a claridade atingiu a minha íris. Procurei por ali o meu celular e o achei carregando no móvel ao lado, logo liguei para Henrique e ao constatar que ele estava em casa pedi para o moreno subir até o quarto.

- Boa tarde, amor! - falou ao entrar no quarto e rapidamente pedi silêncio, então ele abaixou o tom de voz e continuou. - Como 'cê tá?

- Parece que passou um trator em cima de mim! - resmunguei fazendo cara de choro. - Por que vocês deixaram eu beber tanto?

- Acredite em mim, ninguém conseguiria convencer você de fazer o contrário ontem... - respondeu se sentando ao meu lado na cama.

- Quero vomitar! - respondi com os olhos fechados.

- Eu te ajudo a ir no banheiro, vem! - disse se levantando, mas neguei respirando fundo. - Vou descer e pegar algumas coisas pra curar essa ressaca. Não se preocupe com as meninas hoje que eu estava com elas até agora e sua mãe está nos ajudando.

- Meu deus, as meninas... Eu tenho que cuidar delas e amamentar. Como que eu vou fazer? Vou lá agora! - respondi colocando os pés pra fora da cama desesperada.

- Ei, relaxa... Elas estão lá embaixo de banho tomado, trocadas e já mamaram o leite que você tirou ontem. Como saímos muito tarde de casa e elas só mamam uma vez de madrugada então ainda tem até sair o álcool do seu organismo!

Senti uma queimação subindo em meu corpo e um incômodo gigante em meu estômago, me levantei da cama e corri para o banheiro com a mão na boca. Pensei que não chegaria a tempo até o vaso, me ajoelhei e abri a tampa, quase não tive tempo de segurar meu cabelo e coloquei tudo pra fora. Henrique segurou o meu cabelo em um rabo de cavalo improvisado e se abaixou ao meu lado esperando que eu terminasse.

- Porra... - reclamei me sentando no chão ao lado do vaso e limpando a boca com a mão. - Pega meu estômago, acho que vomitei ele aí dentro!

- Não senta aí, vem lavar a boca e as mãos! - Henrique disse baixo me ajudando a levantar.

Me apoiei na pia enquanto ele desajeitadamente tentava prender o meu cabelo com um elástico. Coloquei as mãos na água para lavar e senti um leve incômodo, quando olhei o meu dedo estava com um pequeno corte, ignorei e lavei as mãos escovando os dentes em seguida.

- Caralho, isso é muito difícil! - reclamou irritado enquanto tentava passar o meu cabelo pelo elástico para prender e comecei a rir.

- Você é pai de meninas, vai ter que se acostumar. - respondi o olhando através do espelho.

- Ainda bem que elas são carecas! - resmungou quando finalmente conseguiu e lhe dei um tapa.

- Para de falar do cabelo delas! - reclamei o repreendendo.

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