•ғʀᴀᴛᴇʀɴɪᴢᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ•

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Maraisa point of view

Henrique foi embora sem falar com ninguém e mentalmente agradeci, pois Larissa tinha acabado de chegar e foi para a cozinha se desencontrando do moreno que passou como um furacão pela sala. Me segurei para não subir e ver como Maiara estava, sei que ela precisava de um tempo para digerir o que quer que tenha acontecido lá em cima.

Poucos minutos depois, Marília abriu a porta da sala e seu olhar cruzou com o meu, sorri e me levantei para recebê-la. Estávamos sozinhas na sala então assim que cheguei perto da loira a puxei para um beijo cheio de saudade, sua língua não demorou para entrar em contato com a minha e meus braços foram direto para o redor de seu pescoço. O beijo era intenso, lento e firme. Sua mão se prendeu entre meus fios de cabelos e nossas cabeças se movimentavam de acordo com a dança das nossas línguas tornando tudo mais gostoso e intenso. Nos separamos com alguns selinhos e ela sorriu.

- Espera aí que eu vou entrar de novo pra ver se sou recebida assim sempre! – brincou se afastando e tentei lhe dar uma tapa, mas ela segurou meu braço me puxando para mais um selinho. – Espero que não atendam todas as pessoas assim aqui na casa de vocês.

- Só as loiras! – Retruquei entrando na brincadeira e sorri ao vê-la ficar emburrada. – Vem, o povo tá pra lá! – comentei a puxando pelo braço.

(...)

Depois de trabalhar em algumas músicas resolvemos parar para beber, pois já estávamos levemente alterados e já era de madrugada. Maiara era a única que não podia beber ali, mas estava se divertindo tanto quanto a gente.

Minha irmã levantou ao escutar um barulho baixo no aparelho em sua mão e eu virei um shot da cachaça que estava em minha mão a observando, Lari me entregou o outro pequeno copo já que o combinado eram dois shots. Minha cabeça já parecia girar e tudo parecia mais engraçado, porém eu ainda estava animada para continuar bebendo. Eu não estava bêbada, nem tinha bebido muito!

- Vou ver as iguaizinhas!- Maiara comentou sumindo da nossa vista indo para o quarto.

Ao escutar isso, uma lâmpada pareceu se acender en minha cabeça, com um bico nos lábios me aproximei da loira que estava jogando baralho com Diego.

- Lila! - gritei me aproximando. - Oh meu amor... amor, olha aqui! - insisti cutucando seu braço até que ela me olhasse. Segurei seu rosto em minhas mãos e sussurrei em sua frente. - Eu quero iguaizinhos! - disse sorrindo e ela me olhou confusa arqueando sua sobrancelha. - Vamos fazer, meu amor, por favor! - Diego pareceu segurar a risada o que me fez lhe lançar um olhar bravo, qual era a graça? Eu estava criando uma família!

- Maraisa, você quer o que? - Marília perguntou desacreditada segurando o riso com uma cara engraçada.

-Iguaizinhos! Pode ser iguaizinhas também... vamos fazer, eu nunca te pedi nada! - choraminguei um pouco mais baixo.

- A gente tenta e nunca consegue, né? - Marília disse gargalhando e olhando pra Diego que também estava rindo. - Por que será, bebê? - perguntou me olhando de novo.

- Não sei... - respondi perdida. - Vem, vamos tentar agora! - Puxo sua mão, mas a loira me puxa de volta, o que me faz cair em seu colo. - Marília, aqui não, né amor... olha a Lari e o Diego! - digo envergonhada.

- Maraisa, sossega! - ela responde vermelha de tanto rir. - Não vamos tentar ter iguaizinhos agora! - comenta e fico emburrada. - Diego, pega um doce pra ela, por favor!

(...)

Confesso que queimei a largada, pois estava me sentindo tonta e já era a segunda garrafa de água que Marília me obrigava a beber.

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